Aracaju, 25 de abril de 2024
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Produtores rurais participam de curso sobre uso de agrotóxicos em perímetros irrigados

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As atividades têm o objetivo de preparar o produtor rural para lidar com agroquímicos, sem provocar danos ao meio ambiente ou riscos à própria saúde, à da sua família, e a dos consumidores dos alimentos

Agricultores dos municípios de Itabaiana, Areia Branca, Campo do Brito, Malhador e Riachuelo participaram de um treinamento intenso, voltado para o uso adequado de agrotóxicos. Realizadas desde a última quarta até esta sexta-feira (05), as atividades têm o objetivo de preparar o produtor rural para lidar com agroquímicos, sem provocar danos ao meio ambiente ou riscos à própria saúde, à da sua família, e a dos consumidores dos alimentos. Uma das atividades ocorreu no Perímetro Irrigado da Ribeira, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), dentro do Programa Águas de Sergipe.

Segundo a técnica da Cohidro, Teresinha Albuquerque, o curso surgiu de uma demanda identificada através de pesquisa realizada nos perímetros. “Isso nos alertou para a grande necessidade de levar mais conhecimento para os agricultores sobre a questão dos agrotóxicos, pois é um mercado que está sempre mudando e eles precisam de atualização. Os instrutores estão repassando os aprendizados na linguagem do agricultor. E depois faremos uma avaliação dos resultados”, explicou.

Nesta sexta-feira, o dia de campo aconteceu no assentamento de reforma agrária Mario Lago, inserido do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Riachuelo. Além de agricultores que não foram capacitados em outras edições do curso, também participaram os técnicos agrícolas da Companhia e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

Responsável pelas capacitações, a consultora Paula Ismerim informou uma média de 150 participantes por dia de capacitação. “São 8h de aulas teóricas divididas em dois dias na semana, culminando com o dia de campo. Os técnicos visitaram aproximadamente 35 comunidades, lote por lote, mobilizando as inscrições para o curso. Foram feitas quase 1.600 inscrições, com participação de 80% das comunidades. Durante o curso sorteamos uma bicicleta por turma, e mais uma bicicleta a cada dia de campo”, revelou.

A agente comunitária de saúde do povoado Mangueira, Leia da Silva, foi uma das sorteadas com a bicicleta na quarta-feira. “Eu gostei muito do curso, porque vamos servir como multiplicadores do conhecimento para a população. O mais importante foi entender sobre os perigos dos agrotóxicos para a saúde das pessoas. Também pudemos nos aprofundar sobre as consequências do agrotóxico, que temos que fazer de tudo para diminuir, e que as pessoas têm necessidade de proteção quando for passar, com o uso adequado dos equipamentos de segurança”, contou Leia.

Agricultor irrigante do povoado Várzea das Cancelas há 20 anos, Luiz dos Santos trabalha com a esposa e o filho na lavoura produzindo batata-doce, amendoim e milho para comercializar em Itabaiana. Ele revela que aprendeu, no curso, que é preciso guardar os vasilhames dos agrotóxicos vazios para devolver à loja onde foi comprado. “Aprendi a usar a capa e todos os equipamentos necessários. Isso é muito importante e vamos começar a colocar em prática. Precisamos tomar cuidado e pensar mais em nossa saúde”, concluiu.

Fonte e foto assessoria

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