Aracaju, 14 de julho de 2025
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Retorno pode ficar difícil

Diógenes Braynerplenario@faxaju.com.br

As conversas para rearrumação de um bloco de oposição que surja já a partir de agosto andam a todo vapor. Mesmo que alguns considerem isso apenas um sonho distante de inverno. Por que inverno? Por que há uma certa frieza em posições que devem ser adotadas com certa urgência, para aparecer já no primeiro mês do próximo ano robusta e bem cobiçada. A questão da política eleitoral – apesar de antecipada por quem deseja disputar mandato – não é a preocupação maior de grandes lideranças, mais atentas com a situação nacional e as crises nos Estados, principalmente do Nordeste.

O grande problema é que há uma necessidade de sobrevivência de segmentos da oposição, que não têm conquistado a admiração e expectativa da sociedade, ainda repensando atormentada com as ações sujas de alguns políticos. O resultado final de quem esteve à frente de mandatos nos últimos anos não foi positivo. Quer dizer, não apresentou resultados saudáveis e prósperos para quem deixou suas casas para enfrentar fila e teclar um nome que imaginava digno.

O eleitor hoje começa a ter outro perfil: quer resultados daqueles que passaram pelo Poder e dos que estão passando. Ontem mesmo ocorreram mais conversas. Muito papo com ideias velhas. O Estado sofre consequências drástica dos que passaram e nenhum dos que foram derrotados sugere solução, embora cobre duramente de quem pegou tudo “esbagaçado”, para usar o termo de um parlamentar do interior.

Ontem uma liderança preferiu apenas ouvir como seria montado esse novo grupo. O xis da questão é que a oposição foi “considerada desarrumada”. Não apenas isso, “mas sem um rumo traçado e bem definido para resolver tantos e quantos problemas apareçam, a partir das administrações municipais”. Sente-se falta de uma liderança que centralize as ações com “mão forte” e que chame para si a responsabilidade de mudar. Criticar apenas para provocar barulho, mas sem oferecer sugestão que mude o quadro, já não serve e nem convence o eleitorado.

De qualquer forma a conversa flui mais não convence, porque não há uma proposta que melhore, mas apenas que ocupe espaço. O líder que esteve na conversa ontem não acredita em possibilidade da rearrumação de blocos anteriores, porque não há nenhuma tendência voltada para a sociedade e seus anseios, mas, única e exclusivamente, para ganhar mandatos e espaços, e manter o status quo, o que só favorece a quem consegue votos suficientes para assumir os municípios e tudo continuar – ou se transformar – pior do que está.

Candidatura própria

O presidente do PSC, André Moura, disse à coluna via telefone que o seu partido terá candidato próprio a prefeito de Aracaju, admitindo que esse seja o objetivo da sigla.

*** Quanto a sentar com Edvaldo Nogueira, André Moura disse que não tem nenhum problema, porque fez isso durante anos anteriores.

*** Deixa claro que conversas até sobre política não indicam apoio e nem aliança.

Também com Valadares

André Moura disse que também pode conversar com o ex-deputado Valadares Filho (PSB): “nada impede de sentar com ele se houver interesse dos dois”.

*** – Não tenho nada contra Valadares e nada contra Edvaldo. Acho que política é diálogo sobre as circunstâncias do momento, disse.

Polyana e tia Luísa

Polyana Ribeiro (SD), casada com o prefeito de Salgado, Duílio Siqueira, vai assumir a Secretaria de Saúde de Lagarto, em lugar da tia Luísa Ribeiro.

*** faz parte dos planos da família Ribeiro lançar Polyana como candidata a deputada estadual em 2022.

*** Já Luisa Ribeiro está indicada para dirigir a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) em Sergipe.

Jackson e coração aberto

O ex-governador Jackson Barreto (MDB) disse ontem que pode falar de coração aberto em todos os municípios de Sergipe, sem ter qualquer problema com lideranças locais.

*** – Deixei obras em todos eles durante o meu período de Governo, disse lembrando que é bem recebido aonde chega.

Conversas com lideranças

Jackson Barreto está conversando com várias lideranças do interior. Ontem recebeu em sua casa o ex-prefeito de Japaratuba, Hélio Sobral, que está tentando unificar partidos de oposição no município.

*** Jackson lhe disse que se conseguir juntar o bloco pode dar certo. JB também esteve com o ex-prefeito José Nelson, de Estância.

Todos de cara no chão

Jackson Barreto fez críticas duras ao presidente Bolsonaro pelo “péssimo Governo que faz”. Disse que seus eleitores “estão todos com a cara no chão, envergonhados”.

*** – Principalmente essa elite que ainda o apoia, disse Jackson.

Fábio sobre reformas

O deputado federal Fábio Henrique (PDT) admite que a Reforma Tributária é bem mais importante que a da Previdência, porque ela é mais empactante no ponto de vista financeiro.

*** Fábio explicou que a Reforma da Previdência reduz despesas e lembrou que a PEC 51, que tem como relator Rogério Carvalho, se aprovada dará mais alento à arrecadação.

Esteve com Belivaldo

Fábio Henrique esteve com o governador Belivaldo (PSD) ontem à tarde. Disse que ele tem perfeito domínio do que acontece em Sergipe e está preparado para enfrentar os problemas.

*** Segundo Fábio, Belivaldo está correndo atrás de soluções para aumentar a arrecadação. O deputado colocou o mandato à sua disposição em Brasília.

Conversa da boa

O deputado federal Bosco Costa (PL) e o ex-deputado federal Valadares Filho (PSB) se encontraram ontem e tiveram uma “conversa boa”, como considerou um deles.

*** O assunto foi sucessão municipal e trataram sobre provável composição para disputar a Prefeitura nas eleições do próximo ano.

Lei para todos

Ex-prefeito Manoel Messias Sukita, preso na penitenciária de Nossa Senhora da Glória, está requerendo o direito de conceder entrevistas à imprensa junto à Justiça.

*** Assim como Lula da Silva pode conceder entrevistas, por que Sukita não tem o mesmo direito? A lei não é para todos?

Samuel vai conversar

O deputado Capitão Samuel terá uma conversa com Gedalva Umbaúba, na sede do PSC, hoje. Vai tratar sobre pré-candidatura à Prefeitura de São Cristóvão, unindo toda a oposição.

*** Gedalva foi candidata em 2016 e teve boa votação. Este ano ela pretende disputar mais uma vez, mas há necessidade de unidade na oposição.

Como está o turismo?

Cada vez pior e de causar dó. O turismo nunca explodiu em Sergipe, mas a informação que chega é que está a maior disputa pelo comando da Pasta no Estado. Coisa de louco!

*** Um político disse que “lá não tem nada. Apenas cargos em comissão”. É nisso que primeiro se pensa, quando o turismo não se reduz a cargos em comissão.

Botijão a varejo

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) avalia liberar venda de botijão de gás ‘parcialmente cheio’ e sem marca de distribuidora.

*** Quando deputado, José Carlos Machado apresentou na Câmara Federal um projeto permitindo esse comércio. A resistência das envasadoras foi muito grande.

Um bom bate papo

Chuvas e ventos – Segundo previsão da meteorologia, hoje será dia de mais chuvas e ventos no litoral do Nordeste e Aracaju não foi citada, mas Maceió e Salvador sim.

Banese cresce – Considerada importante a expansão do Banese para representação em todos os Estados do Nordeste. Muito bom para Sergipe.

Mesmo pé – A troca do PCdoB pelo PDT, que vem sendo tratada pelo prefeito Edvaldo Nogueira, continua no mesmo pé que estava antes.

Bloco se reúne – Políticos de Sergipe estão se reunindo em Aracaju para a formação de um bloco de oposição com lideranças mais fortes.

Conversa marcada – O ex-governador Jackson Barreto (MDB) tem conversa com o ex-deputado Sérgio Reis, marcada para sexta-feira.

Edvan atua – O empresário Edvan Amorim continua presidente do PL e tem conversado política com lideranças do Estado.

Estará atento – A informação é de que Edvan tem se empenhado mais às suas atividades empresariais, mas estará atento ao pleito de 2020.

Silêncio sepulcral – Felipe Francischini: Silêncio sepulcral da galera que se deliciava com os vazamentos ilegais. Vai ter vigília na cadeia? Estou esperando as hashtags.

Tabata Viapiana – O ex-senador Edison Lobão virou réu da Lava Jato por envolvimento com corrupção no contrato de construção da Usina de Belo Monte.

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