Aracaju, 25 de abril de 2024
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Arquivo Público de Sergipe dá início ao Projeto Café com Memória

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Evento contou com a posse da nova diretora da instituição, professora Lícia Cristina Souza Santana

Por Ítalo Marcos

O Arquivo Público de Sergipe (APES) iniciou na tarde de quinta-feira, 25, o Café com Memória, uma das ações do projeto Arquivo Vivo, que tem como objetivo trazer para o espaço público a discussão de temas através de intelectuais dos diversos segmentos, como história, cultura e artes. O evento contou com a presença do secretário de Estado da Educação, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, além de servidores da Seduc, estudantes, universitários e pesquisadores. A abertura contou com uma apresentação do Grupo Independente Renantique.

O Café com Memória será realizado uma vez por mês, sempre com um convidado que ministrará uma palestra. A primeira ministrante foi a professora Beatriz Góes Dantas, que falou sobre o tema “APES: Guardião Memorável da História de Sergipe”. Durante o evento foi realizada a posse formal da nova diretora do Arquivo Público de Sergipe, professora Lícia Cristina Souza Santana. A leitura do termo de posse foi feita pela Chefe de Gabinete da Seduc, Rosilene Maria Santos.

O secretário de Estado da Educação, professor Josué Modesto, falou que o Arquivo é o principal depositário da memória de Sergipe, que ao longo da sua história, esteve ameaçado em vários momentos. “É com grande alegria que estamos com a sede reformada, com uma nova direção, com ânimo para retomar o período áureo de interesse de estudantes e pesquisadores na manutenção da consulta desses documentos. Acredito que, tão importante quanto manter a documentação antiga, é guardar a documentação recente que foi produzida e que não está organizada no Arquivo, que não são tão antigas, mas que ainda podem ser resgatadas e preservadas”, afirmou.

A diretora do Arquivo Público de Sergipe, Lícia Cristina, agradeceu ao governador Belivaldo Chagas e ao secretário de Educação, e acrescentou que um dos desafios que terá pela frente será a digitalização do acervo do Arquivo, uma ação que fará parte do bicentenário de Sergipe, em 2020. “As pessoas têm uma ideia de que aqui é um arquivo morto, um depósito de documentos. Mas a gente está discutindo a história e a cultura com a sociedade. O objetivo é que o APES não tenha apenas a função legal de ser o guardião institucional, mas estar desenvolvendo atividades educativas e culturais”, declarou.

Café com Memória

Nessa primeira edição do Café com Memória, a professora Beatriz Góes Dantas fez uma apresentação da história do Arquivo Público de Sergipe, mostrando as diversas fases da instituição por meio de páginas de jornais de época e de depoimento de pessoas da sociedade. Para ela, o Arquivo é mais do que uma instituição de guarda e conservação dos documentos. “O APES é uma instituição viva. Os documentos exigem trabalhos de reprodução, restauração e classificação, tudo isso à serviço dos pesquisadores. Então, na medida em que esse Arquivo tem vida, que tem essa função social, ele tem que se projetar para a sociedade”, disse.

Os participantes da primeira edição do projeto Café com Memória destacaram a importância do Arquivo Público para a sociedade sergipana. Foi o caso do estudante do curso de História da Universidade Federal de Sergipe, Lucas Macário. “A gente vê que o descuido fez com que vários documentos se perdessem com o tempo e, de certa forma, a nossa história também foi se perdendo. O Arquivo Público hoje tem essa função, de preservar os documentos para que as novas gerações possam ter acesso à história de Sergipe”, afirmou.

Flávia Klausing Gervásio, que é historiadora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), também esteve presente na primeira edição do projeto. “O Arquivo guarda um manancial de documentos que são muito importantes para nós estarmos fazendo novas pesquisas, revisitando a história e vendo-a sob a perspectiva do presente”, disse.

O professor universitário aposentado Ibarê Dantas falou sobre a importância da instituição. “O Arquivo Público é a principal instituição zeladora da memória de Sergipe. Um país e um estado que não têm história, tendem a decair. A história é o que dá a vida e ajuda a dimensionar a importância dos feitos do seu povo”, declarou.

Fonte e foto  SEDUC

 

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