Aracaju, 26 de abril de 2024
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Destaques na Asco 2019 sobre tumores ginecológicos é tema de palestra na Onco

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A oncologista clínica, Erijan Andrade, palestrou sobre os destaques da reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) 2019 em relação aos tumores ginecológicos e do sistema nervoso central, na noite de quarta-feira (7). Durante a palestra, foi apresentado estudo sobre novo medicamento para tratamento do câncer de ovário.

De acordo com a oncologista, o medicamento Olaparib é o grande destaque deste ano nos estudos do tratamento deste tipo de câncer. “A gente teve um grande ganho em novembro do ano passado com o lançamento do Olaparib, que é uma droga que vem para revolucionar o câncer de ovário em termos de manutenção de tratamento em uma paciente metastática. Ou seja, uma paciente que já fez muita quimioterapia, que já tem metástase, agora pode passar um tempo longe da quimioterapia, com um tratamento que gera poucos sintomas, apenas um pouco de náuseas e de cansaço, mas todos os outros efeitos da quimioterapia não vai ter”, explicou.

Para Erijan, a maior vantagem desse medicamento é que é um comprimido e evita que a paciente tenha que sair de casa para fazer o tratamento. “A paciente pode ter um tratamento com uma melhor qualidade de vida, fazendo o tratamento em casa tomando apenas o medicamento. Estamos no terceiro estudo da droga, que foi lançado esse ano, onde mostra o que pode ser feito não apenas no câncer inicial, mas também para as pacientes que já fizeram vários tipos de tratamentos. Então, essa droga veio para mudar a forma como tratamos o câncer de ovário. É um medicamento aprovado pela Anvisa, mas ainda não faz parte do rol dos planos de saúde da ANS, mas a análise do rol já começou e o resultado será no final de 2019 até início de 2020 e no início de 2021 será instituída”, salientou a oncologista.

Sistema Nervoso Central

Sobre os estudos do Sistema Nervoso Central, Erijan Andrade explicou que há uma tendência em reduzir o tempo do tratamento de quimioterapia. “Fazer menos quimioterapia. Há uma tendência de fazer menos adjuvância do que antes, ou seja, ao invés de fazer um ano de quimioterapia realmente parece que fazer seis meses é igual a fazer um ano. Isso só ficará definido em março do ano que vem com o novo estudo que será lançado. É uma tendência mundial reduzir o período de tratamento a longo prazo, que está cada vez mais diminuindo, e essa tendência também será usada para o sistema nervoso central”, ressaltou.

Erijan finalizou destacando que a oncologia muda todo dia, por isso que é preciso sempre realizar atualizações para os profissionais. “A Sociedade Brasileira de Oncologia indicou que entre no rol 26 solicitações de novos medicamentos, principalmente as medicações orais, que não entram no rol automaticamente, pois precisa de uma liberação especial, diferentemente das terapias venosas, que são liberadas automaticamente. Então, em 2021 teremos muitas medicações novas e precisamos estar acompanhando as novas formas de tratamento”, enfatizou.

Ascom/Oncohematos

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