Diógenes Brayner – plenario@faxaju.com.br
Este início de semana foi movimentado por sindicatos e deputados de situação e oposição, que viram na venda de ações do Banco do Estado de Sergipe (Banese) um prenuncio de privatização. O que houve de mais curioso não foi o fato de discursos acalorados sobre a mesma questão, mas a unanimidade na opinião. A oposição se mostrou contra, sindicalistas também, deputados chegaram até a se dividir sobre a venda ou não do Banese, e o governador Belivaldo Chagas (PSD), como fez em outros momentos, também se manifestou absolutamente contra a privatização, também de outras empresas públicas, como o Deso.
Ficou difícil entender toda essa ‘zorra’ que ecoou pelos quatro cantos de Sergipe, como houvesse alguma disputa em torno de um assunto que ganhou unanimidade favorável à permanência do Banese na estrutura do Estado. Havia discursos que se conflitavam apenas para ter razões de embate: era que a oferta de ações à venda pelo banco seria para uma abertura de capital. O próprio Banese, com endosso do governador Belivaldo Chagas, dizia que a compra de ações fortaleceria o banco, ajudaria na expansão, abriria maior condição para um projeto ousado, tudo isso sem que o Estado deixasse de ser majoritário.
O Banese está se revelando crescente. Pode-se até dizer que robusto. Em reunião realizada na última semana de julho, no “Museu da Gente Sergipana”, uma agência de marketing e técnicos da instituição exibiram para diretores e chefes de setores, um projeto de expansão que audacioso, em que expunha o crescimento do Banese, inclusive em todo o Nordeste, dentro de um organograma projetado para até 2022. Em nenhum momento houve algum tipo de receio em relação à própria situação econômica da região e do País.
Seria a implantação gradativa de representações do banco em todos os Estados, que vai da Bahia ao Maranhão, com objetivo de oferecer serviços dentro de um mercado competitivo. É claro que o Banese não ousará disputar lugar no ranking dos grandes bancos, mas pretende penetrar num segmento que abrange o setor público, junto aos servidores dos Estados que negociaram os seus bancos, em que o Governo era majoritário.
Apenas uma coisa precisa ser mantida para livrar o banco de uma queda fatal no setor: o veto absoluto da politização de suas agências, exatamente para que o Banese seja de todos e não sustente bandeiras que não seja a do crescimentos estável.
Está descartada
– A privatização do Banese está completamente descartada, a informação foi passada ontem por um assessor direto do governador Belivaldo Chagas (PSD), que já está em Recife.
*** Explicou que a venda de ações gera fortalecimento e abre portas para ampliar a capitalização, sem que o Governo deixe de ser majoritário.
*** O banco inclusive tem um plano de expansão com planejamento estratégico a médio e longo prazos.
Fortalece governança
Segundo a mesma fonte, a abertura do capital com a venda de ações fortalece a governança: “quem aplica acredita no crescimento do Banese e sabe que o seu investimento terá retorno”.
*** – Além disso, despolitiza o banco e, independente do governador do momento, ele será mantido, explicou.
Criar fato político
Na opinião do assessor do Governo, que atua na área econômica e falou em off, a venda de ações criou um “fato novo” para setores políticos que atuam contra atos do Governo, além de “tentar fazer incutir o achismo”.
*** – Há necessidade de se tratar desse assunto sem especulações um tanto quanto absurdas, disse.
Consulado da China
O governador Belivaldo Chagas chegou ontem à noite em Recife e hoje tem pauta no consulado da China, para tratar sobre investimentos em Sergipe.
*** À tarde estará com o presidente da Chesf, para que a empresa faça doação ao Estado de vários terrenos que tem em Sergipe. Com isso o Governo atrairá investimentos, principalmente em Canindé do São Francisco.
Impeachment de Toffoli
O senador Alessandro Vieira (Cidadania) recebeu ontem a deputada Janaína Pascoal (PSL-SP), que solicitou apoio para o pedido de impeachment contra o ministro Dias Toffoli.
*** A deputada aponta ilegalidade na decisão do ministro de suspender as investigações da Receita Federal contra 133 pessoas.
Reação à ditadura
Segundo Alessandro Vieira, este novo pedido de impeachment feito pela deputada Janaina Pascoal é mais uma reação à “ditadura da toga”.
*** – Integrantes de tribunais superiores têm agido de maneira tendenciosa e abusiva em favorecimento de uma facção criminosa que sequestrou o Brasil, diz o senador.
*** Caberá ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidir se dará início ao processo de impeachment apresentado por Janaína.
Não pede nada ao DEM
O deputado estadual Gilmar Carvalho (PSC) explica que não pediu nada ao DEM para a sua provável candidatura à Prefeitura de Aracaju em 2020. “O DEM também não prometeu nada”.
*** Segundo Gilmar, “ficamos, eu e ACM Neto, na presença de José Carlos Machado, de termos uma nova conversa”.
*** O deputado reproduz fala de Machado: “ACM Neto disse a Gilmar que se ele sair do PSC sem risco será tratado como prioridade pelo partido”.
Clóvis nos grupos
Presidente municipal do PSC, Clovis Silveira divulga nos grupos: “muitos têm me questionado sobre a minha posição quanto à saída de Gilmar Carvalho do PSC”.
*** Resposta de Clóvis: “ele é maior e livre para tomar a posição que melhor lhe convier, só não sou obrigado a pactuar com a decisão dele. Esse também é o meu direito”!
Almoço com Daniela
No restaurante do Senado, alocaram ontem o senador Alessandro a delegada Daniela Garcia e o empresário Milton Andrade
*** Fica a dúvida: Poderá Daniela ser candidata à prefeita de Aracaju pelo bloco do senador Alessandro?
Quer seguir delegada
Apesar das pesquisas colocarem Daniela Garcia em boa posição e aliados estimularem a sua candidatura à Prefeitura de Aracaju, ela resiste a qualquer possibilidade.
*** Diz sempre que é vocacionada e treinou para ser delegada.
Sem composições
O empresário Milton Andrade (Novo) disse ontem que o seu partido definiu que terá nome único para disputar a Prefeitura de Aracaju.
*** Há um detalhe: “o Novo não se coliga, mas aceita apoio de outras legendas”.
PEC para repasses
O senador Alessandro Vieira pretende apresentar e tentar aprovar uma PEC que faça repasses aos Estados, para que paguem suas dívidas e cubra o custeio.
*** O objetivo é condicionar o voto à Reforma da Previdência à aprovação da PEC que salvará os Estados.
Candidato a federal
O deputado Capitão Samuel viajou a Brasília para acompanhar a votação da PEC que permite militares voltar à ativa quando deixarem seus mandatos políticos.
*** A PEC foi retirada de votação, ontem, mas voltará a plenário até setembro.
*** Animado, Samuel bradou: “Se a PEC for aprovada, serei candidato a deputado federal pelo DEM em 2022”.
Gorete rumo ao DEM
A deputada estadual Gorete Reis está seguindo as trilhas para filiar-se ao DEM. Pode ser candidata a prefeita de Lagarto caso seja esse o desejo do grupo.
*** Caso não dispute a Prefeitura indicará um nome para vice que será filiado ao DEM.
Condições de se contrapor
Segundo o presidente regional do DEM em Sergipe, José Carlos Machado, o objetivo do presidente nacional, ACM Neto – prefeito de Salvador – é fortalecer o DEM no Nordeste, assim como foi há alguns anos.
*** Admite que o DEM seja o partido que terá mais condições de se contrapor ao PT.
Marcha das Margaridas
Acontece hoje em Brasília a “Marcha das Margaridas”. Aproximadamente 100 mil mulheres farão passeata na Capital Federal para exigirem direitos e cobrar ações do Governo em favor delas.
*** O deputado federal Fábio Henrique participa da marcha, ao lado de vária mulheres da cidade de Socorro que viajaram a Brasília para engrossar o movimento.
Um bom bate papo
Sobre Economia – Milton Andrade está em Brasília, Lá falou sobre a MP da Liberdade Econômica que desburocratiza a implantação e registro de empresas.
Bloco de oposição – Ex-deputado federal Valadares Filho (PSB) continua conversando com lideranças e pode ser o candidato de um bloco de oposição.
Mais competitivo – A maioria dos integrantes da oposição acha que o nome de Valadares Filho seria o mais competitivo na disputa com Edvaldo Nogueira.
Pode anular – Político experiente acha que Valadares Filho corre risco em disputar a quarta eleição para mandato majoritário. Pode se anular se perder mais uma vez.
Ainda em dúvida – O Partido dos Trabalhadores continua dividido entre lançar ou não candidatura própria à Prefeitura de Aracaju.
Caixa atende mal – Precisa melhorar o atendimento na agência da Caixa Econômica da Augusto Maynard. Lá só funciona bem o setor dos caixas.
Ainda sem destaque – Não há ainda um nome que se destaque como líder estadual que seja visto como provável candidato ao Governo em 2022.
Caixa dos Estados – Simone Tebet e Tasso Jereissati cobraram ontem compromisso do ministro Paulo Guedes com medidas que ajudem o caixa dos Estados.
De Gleice Queiroz – “Todos os dias, logo cedo, dou uma piscadinha de olho para Deus e agradeço pela força de vontade de continuar nesta luta”.