A decisão do Senador Rogério Carvalho (PT/SE) em deixar claro o posicionamento dele em relação à reforma da Previdência veio porque a votação se aproxima e a população brasileira precisa saber quem está ao lado do povo.
O vice-líder do PT no Senado afirma que a reforma previdenciária é danosa por aumentar as desigualdades sociais. Rogério Carvalho entende que o texto constitucional traz uma série de prejuízos à população.
Em entrevista ao programa Linha Direta da Rádio Cultura em Sergipe nesta segunda (19), o Senador sergipano falou para o apresentador Jairo Alves que houve uma grande conquista social com a Constituição Federal.
“A conquista que tivemos com a Constituição de 88 acabou com a extrema pobreza e a miséria entre os idosos. O povo brasileiro pode contar comigo que serei um defensor deste sistema de proteção social ”, anuncia Rogério.
O Senador Rogério Carvalho lembra que desde que começou a fazer discursos na tribuna do Senado Federal criticou as maldades que estavam no texto da reforma.
“Fui um dos primeiros Senadores a falar contra as modificações do BPC, da aposentadoria rural, levei a comparação para o plenário do Senado do que entra de recursos destes benefícios e do Fundo de Participação dos Municípios. O tempo todo me manifestei de forma crítica à proposta que o Governo mandou ao Congresso”, recorda ele.
Rogério Carvalho apresenta uma solução fiscal para a Previdência ao constatar que o Governo não pensa em outras saídas para melhorar a economia do país.
“A gente não vê nesta proposta de reforma, a busca de recursos para financiar o sistema previdenciário. Fontes de financiamentos através de cobrança de impostos sobre dividendos poderiam cobrir um pouco deste buraco que corrói o orçamento público”, aponta o Senador Rogério Carvalho.
E manifesta uma grande preocupação com o futuro de quem ainda vai se aposentar.
“No dia seguinte à promulgação, quem se aposentaria com R$ 2 mil vai se aposentar com cerca de R$1.300, R$ 1.200, porque a reforma da Previdência é de aplicação imediata. A redução do benefício acontece porque o governo só vai pagar 60% da média de contribuição, ou seja, haverá um corte linear para quem se aposentar”, conclui o Senador Rogério Carvalho.
Foto assessoria
Por Candisse Matos