Aracaju, 19 de abril de 2024
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Profissionais de saúde são capacitados para manejo clínico do aleitamento materno

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A capacitação que faz parte das ações do Agosto Dourado, mês dedicado ao fortalecimento do aleitamento materno

O Banco de Leite Marly Sarney, unidade vinculada à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e referência junto à Secretaria do Estado de Saúde (SES), iniciou na manhã desta segunda-feira (19), no auditório da Fundação Estadual de Saúde (FUNESA), o Curso de Manejo Clínico do Aleitamento Materno destinado a profissionais da área da saúde que atuam nas Unidades Básicas dos 75 municípios sergipanos, como enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. A capacitação que faz parte das ações do Agosto Dourado, mês dedicado ao fortalecimento do aleitamento materno, será realizada nos dias 19, 20, 21 e 22 de agosto, das 8h às 17 horas, com duas turmas de 30 pessoas.

De acordo com a gerente do Banco de Leite Marly Sarney, Magda Solange Dória Vieira, o curso é decorrente de um encontro com a Rede Amamenta e Alimenta Brasil e do compromisso da Rede de Bancos com a capacitação em aleitamento materno, conforme o novo desenho da política de aleitamento materno do estado de Sergipe, a fim de que, através do conhecimento, haja a melhoria na assistência à mulher de forma que ela não desista de amamentar e a criança não deixe de mamar.

“O leite materno é um alimento ouro, um alimento que o mundo todo entende, e está provado cientificamente, que salva vidas, que faz com que haja redução das desigualdades sociais e a gente tem que trabalhar para que as crianças não morram. Ainda hoje há crianças que morrem por causas preveníveis como diarreia e infecção respiratória, e o leite materno é o que vai evitar que as crianças tenham isso. Hoje a responsabilidade do aleitamento materno não é só do enfermeiro, é uma política de saúde, é do agente comunitário que está na ponta, é do Conselho da Criança, é de Dona Maria que é presidente da associação, de todos nós. O aleitamento materno precisa se tornar um assunto da família”, disse Magda.

Para a enfermeira e referência técnica do Banco de Leite Humano Marli Sarney, Patrícia Farias, o acolhimento e as orientações são dos trabalhos mais importantes que o profissional da saúde deve ter com as mulheres que apresentam mais dificuldade em aleitar e amamentar.

“A mulher não amamenta sozinha, ela precisa de uma rede de apoio onde ela possa ser acolhida, ouvida e orientada em relação ao aleitamento. A gente sabe que não é fácil, as mulheres têm dificuldades, algumas delas apresentam mais dificuldades do que outras, e se a gente não tiver uma rede de atenção fortalecida com profissionais capacitados para estar acolhendo essas mulheres nas Unidades Básicas, essas mães podem desistir de amamentar, e o objetivo é não deixar que isso aconteça. É importante que quando essas mulheres procurarem ajuda, os profissionais de saúde estejam capacitados para acolhê-las e orientá-las”, comentou Patrícia.

Já para a enfermeira Maria Consuelo Resende Torres, o curso tem uma importância muito grande para a população de Poço Redondo, região em que ela atua. “Eu trabalho num município muito distante da capital e com um índice de pobreza muito grande, e ai, incentivando os profissionais da Atenção Básica sobre a importância do aleitamento materno, vai contribuir para um desenvolvimento melhor das crianças, diminuir o índice de mortalidade infantil que ainda é grande no alto sertão, reduzindo também a desnutrição que ainda é presente, então para mim é um curso de extrema importância”, concluiu.

Fonte e foto SES

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