Aracaju, 7 de julho de 2025
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Memórias da Resistência

Diógenes Brayner plenario@faxaju.com.br

O escritor Jorge Carvalho lança hoje o seu livro “Memórias da Resistência” [será a partir das 17 horas no Museu da Gente Sergipana], em que trata da atuação do velho MDB em Sergipe, na luta contra a ditadura militar. A pesquisa é profunda e revela como setores de esquerda se organizaram nos dois anos após o golpe, até chegar à fundação da sigla, que passou a ser a frente que resistia ao regime de exceção no menor Estado da federação.

“Memórias da Resistência” cita nomes importantes para a formação de um partido que se opusesse a um regime que tolhia o direito à liberdade e reduzia a livre manifestação em favor da democracia, que fora esmagada pela força das baionetas e da prepotência dos que passaram a administrar um País batendo continência. São fatos relatados com emoção por alguns que resistiram e conseguiram sobreviver à violência que se pôs àqueles que não concordavam com o regime.

A ditadura atuou através de atos institucionais e no dia 27 de outubro de 1965, que impôs eleições indiretas e regulamentou o bipartidarismo, através do registro das legendas Aliança Renovadora Nacional (Arena) – de apoio ao golpe – e Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que fazia oposição. No período, segundo comentários, a criação de dois partidos, incluindo um de oposição, teria sido sugestão do general Golbery do Couto e Silva, com objetivo de camuflar a ditadura.

Segundo conta Jorge Carvalho em seu livro, a “Arena se compôs a partir de grupos que aceitaram o regime ditatorial, como meio de sobreviver e resistir às mudanças sociais que a população brasileira demandava”. O partido de apoio à ditadura reuniu a maioria, principalmente aqueles que se favoreciam de benesses e vantagens exatamente por ser favorável ao golpe. O MDB acomodou um número menor de políticos que tinham uma ideologia voltada para a igualdade social e o respeito à vontade soberana do povo.

O professo Jorge Carvalho faz citações importantes, principalmente daqueles que tiveram coragem de se contrapor e enfrentar um regime militar que prendia, torturava e até executava aqueles que se atreviam a “atuar fora do caco”. Destacou o líder José Carlos Teixeira que “materializou a ideia de fundar o MDB em Sergipe. Os riscos políticos assumidos por ele foram elevados e. algumas vezes, o ônus que assumiu foi muito alto”.

O comentário não faz análise da edição do livro, mas apenas o sugere para que se faça uma reflexão também sobre o momento político que se passa, hoje sem a vocação da luta ideológica para a construção de um Brasil melhor. Folhear “Memórias da Resistência” é conhecer a luta daqueles que pretendiam e conquistaram um Brasil democrático, apesar de todas as dificuldades que se impunham.

Todos vão constatar que Sergipe teve papel importante nessa luta árdua e que o MDB tem sua origem no período mais difícil de uma ditadura que ceifou a vida de muitos sergipanos sérios, honestos e bravos, que defenderam um povo abafado por um regime violento.

Sobre julgamento

Segundo um advogado que também atua no TSE, o julgamento de uma decisão como o de cassação da chapa liderada por Belivaldo Chagas (PSD) nunca acontece em menos de um ano.

*** – Geralmente em um período de dois anos, em razão dos trâmites processuais.

Julgamento adiado

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) adiou pela segunda vez consecutiva o julgamento do processo eleitoral do deputado federal Bosco Costa, marcado para ontem.

*** Bosco vem tendo mais sorte que o deputado Thalysson e o governador Belivaldo Chagas.

Comissão Climática

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) sofre uma derrota no Senado: não foi o indicado para presidir a Comissão Mista de Mudanças Climáticas, como ele mesmo já havia anunciado e concedido entrevistas.

*** A Comissão Mista de Mudanças Climáticas foi instalada ontem e o presidente é o senador Zequinha Marinho (PSC-PA).

Desgostou Vieira

Segundo informações que chegam de Brasília, o senador Alessandro Vieira não teria ficado satisfeito com a escolha e demonstrou insatisfação.

*** Chegou a declarar: “descumpriram um acordo”. Não revelou qual.

Conversas em Brasília

As conversas em Brasília sobre a transferência dos deputados Zezinho Guimarães e Luis Garibaldi Mendonça do MDB para o DEM foram consideradas “positivas”.

*** O prefeito de Tomar de Geru, Pedro de Balbino, que também participou do encontro, tende a retornar ao DEM.

*** Todos acompanharam o presidente regional do partido, José Carlos Machado, e tiveram conversa longa com a senadora Maria do Carmo Alves (DEM).

Com Onyx Lorenzoni

Garibaldi Mendonça e Zezinho Guimarães também tiveram conversa com o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), levados por José Carlos Machado, que se mostrou solícito e endossou o convite para filiação no partido.

*** No final da tarde foram recebidos pelo ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), no Palácio do Planalto e, pela receptividade, “se sentiram em casa”.

Segurança jurídica

Garibaldi e Zezinho estão consolidando o caminho para trocar o MDB pelo DEM e a mudança está praticamente certa. Ambos só vão mudar de sigla dentro de uma segurança jurídica.

*** O presidente nacional do DEM, ACM Neto, já os convidou para uma conversa em Salvador na próxima semana.

MDB com Garibaldi

O presidente regional do MDB em Sergipe, deputado federal Fábio Reis, disse que o partido tenta a permanência de Garibaldi Mendonça na sigla e vai buscar sempre o diálogo com ele.

*** – Garibaldi merece permanecer no partido e vamos estender ao máximo o diálogo com ele para que fique no MDB.

*** Quanto a Zezinho Guimarães, Fabio foi curto: “se ele quiser a desfiliação daremos agora”.

Candidatura de Júlio

Chega de Porto da Folha a informação de que o ex-prefeito Dr. Júlio, que está ‘em vôo’ para desembarque no Cidadania, ainda não pode disputar as eleições em 2020 “por problemas eleitorais”.

*** Explicou que pela jurisprudência do TSE de agora, Dr. Júlio ainda não pode ser candidato.

Júlio diz que pode

Sobre a inelegibilidade, Dr. Júlio explica que “isso é o que meus adversários estão dizendo”. E acrescenta: “os meus advogados já me avisaram que posso disputar a Prefeitura, porque o impedimento acabou dia 13 de abril deste ano”.

*** Disse que a sua aliança com Manoel de Rosinha tem preocupado os adversários.

Fortalecer a sigla

O deputado Dr. Samuel Carvalho (Cidadania) confirma que a sua pré-candidatura a prefeito de Socorro está consolidada: “estou disposto a aceitar esse grande desafio”.

*** – A partir de agora as conversas que serão tratadas terão em vista as composições locais, disse.

*** Dr. Samuel informa que a exigência do Cidadania é fortalecimento da sigla em Sergipe e, principalmente, na grande Aracaju.

Um bom bate papo

Partido forte – O ex-deputado federal José Carlos Machado, presidente regional do DEM, trabalha intensamente para montar um partido forte em Sergipe.

Estrutura do País – Alguns prefeitos que deixaram o partido estão animados para retornarem à sigla, porque sentem que ela se fortalece na estrutura do País.

Mais trabalho – Quando retornar a Sergipe, o ex-governador Jackson Barreto (MDB) terá trabalho para acomodar o partido em Aracaju.

Pode disputar – O ex-senador Eduardo Amorim (PSDB) está em silêncio, mas pensa em disputar a Prefeitura de Itabaiana, com apoio do prefeito Valmir de Francisquinho.

Sobre fake news – Câmara aprova pena de 2 a 8 anos para quem cria e compartilha Fake News. É o fim da inocência nas redes sociais e do auto ajuste das informações.

Lava toga – Ainda faltam duas assinaturas para que o senador Alessandro Vieira consiga as 27 assinaturas necessárias para pedir a abertura da CPI da Lava Toga.

Período eleitoral – Há uma preocupação nacional em relação a integrantes de grupos que postam toda espécie de mentira, principalmente em período eleitoral.

Sujeito ríspido – De Carlos Ayres de Britto: “Contraditar sem rispidez um sujeito ríspido é ter a grandeza de não descer à pequenez dele”.

Do subtenente Edgard – “O bom desse episódio da Amazônia, é que durante o pleito eleitoral, diziam que se Bolsonaro fosse eleito iria vender a Amazônia, agora sabemos quem realmente estava vendendo a Amazônia, aos poucos.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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