Aracaju, 13 de maio de 2024
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Luciano expõe na Câmara Federal situação difícil das empresas de construção no NE

Luciano Barreto

O presidente da Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas (Asseopp), empresário Luciano Barreto, proferiu palestra na quarta-feira (11), n Câmara Federal, em Brasília, como convidado da Comissão externa de Obras Inacabadas no País. Luciano disse que a Asseopp, que atua há dez anos, sempre buscou um objetivo que é tem um pilar, “que é lutar por preço justo, obra concluída e sociedade atendida”.

Segundo Luciano Barreto, “esse pilar, fortíssimo, parece óbvio em qualquer País do mundo. Acho que nos países mais atrasados, em termos de engenharia, esse é um pilar fundamental. No Brasil, o que é que acontece? Passamos muito longe disso, infelizmente. Eu quero incorporar, concordando com a pauta dessa Comissão, que tenho acompanhado pela TV-Câmara e pela imprensa o papel importantíssimo dessa Comissão”.

Pela experiência que tem com 24 anos a frente de sua empresa, a Construtora Celi, Luciano Barreto admitiu que pode falar de “cátedra da situação da pequena e média empresa do Brasil, porque ela se apresenta mais grave no Nordeste e no meu Estado (Sergipe)”. Luciano disse que não falaria da ‘Série A’, que são as grandes empresas: “essas não posso me referir porque não conheço, não é a realidade da minha região, Eu falo das ‘Series B e C’. Essas empresas estão destruídas”.

– Hoje, no Brasil, especialmente no Nordeste, não há capacidade técnica e financeira de 95 por centos das empresas para executar uma obra do valor em torno de 10 milhões de reais. Na Asseopp começamos em torno de 50 associados, hoje temos em torno de 12 e alguns deles sequer podem pagar uma mensalidade de R$ 150. Essa é a realidade. Destruiu-se a engenharia e é necessário, nesse momento, que os órgãos de engenharia e arquitetura se unam para salvar uma atividade que foi muito importante e já construiu grandes obras para a Nação, além de gerar emprego, com custo baixo e maior rapidez, apelou Luciano.

Diante de toda a pauta já posta em discussão, o engenheiro Lucianos Barreto incluiu elementos novos: “Surgiu uma política no Brasil que só interessa o preço, não há nenhuma preocupação com a qualidade e prazo. Um senador falou aqui da obra do câncer, todos os órgãos de controle dos estaduais, federais e TCU intervieram do preço. O orçamento justo, que era R$ 85 milhões, na última revisão feita pelo TCU aquela obra era de R$ 75 milhões, ganhou um consórcio por R$ 59 milhões e eu disse ao secretário que a obra não seria executada”.

Depois de fazer uma série de relatos em que esses órgãos de controle terminam prejudicando a conclusão das obras, o engenheiro Luciano Barreto sugeriu que todos os itens para participação de concorrência fosse analisados antes de iniciar a obras, para que fosse corrigida algumas exigências desses órgãos para evitar paralisações o que eleva o preço de empreendimentos importes para os Estados, porque terminam por ampliar custos e dar prejuízos.

 

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