Estiagem, vento e vegetação dificultam total debelação do fogo
da Agência Brasil
O tenente Albert Lira, do 4º Grupamento de Bombeiros Militar do Pará informou que “a polícia já está em campo”. Ele não quis antecipar nenhuma conclusão ou apontar indícios sobre o que aconteceu. “Não podemos precisar o que houve”, disse à Agência Brasil.
Lira também evita declarar que a situação está sob controle. “O vento ainda pode levar o fogo”, disse ao descrever que no final da tarde ainda havia três focos de incêndio que estavam diminuindo.
Não há registro de pessoas feridas e nem de casas atingidas nos 10 quilômetros quadrados onde houve o incêndio. O balneário turístico de Alter do Chão está separado, pelo Lago Verde, da área que sofre com o fogo. “Não tem risco ali”, garante o tenente.
Lei e Ordem
O primeiro foco de incêndio foi visto no sábado (14), em área de mata conhecida como Capadócia, entre as localidades de Ponta de Pedras e a vila de Alter do Chão. No domingo, segundo os bombeiros, foram identificados sete novos focos.
Desses, três focos ainda permaneciam na manhã desta segunda-feira (16). O avanço da temperatura ao longo do dia, em época de estiagem, somado ao vento e a vegetação fina e rasteia, favoreceu o aparecimento de mais três focos de incêndio hoje.
Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), não deve chover em breve. “Os modelos de previsão numérica de tempo do CPTEC [Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos] não indicam chuva nos próximos dias”, diz nota encaminha à reportagem.
No domingo à noite, o governador do Pará Helder Barbalho solicitou ao governo federal apoio, por meio de operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), para o controle das queimadas. De acordo com o Ministério da Defesa, 115 militares do 8º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) do Exército, que funciona em Santarém (PA), foram deslocados para Alter do Chão.
Conforme o governo paraense, 227 homens estão trabalhando para conter o fogo no local. Além dos militares do Exército, há homens do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e brigadistas voluntários treinados.