Aracaju, 26 de abril de 2024
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“Luta pela reconstrução da democracia passa pela libertação de Lula”, diz João

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No dia que os olhos do país se volta para a retomada do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) para a votação que pode alterar condenações em que os réus delatados apresentaram considerações finais antes dos réus delatores no processo, o deputado federal João Daniel (PT/SE) fez discurso no plenário da Câmara, na sessão desta quinta-feira, dia 26, para dizer que há uma grande expectativa e esperança de que se faça justiça e respeito à Constituição no julgamento referente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar ressaltou que neste caso não são apenas as denúncias da oposição e dos advogados de Lula que colocam em xeque o julgamento do ex-presidente, mas as revelações feitas por um dos maiores jornalistas da atualidade no mundo, Glenn Greenwald, do site Intercept Brasil, que tem mostrado as articulações para a condenação de Lula.

“Aguardamos que o STF, a nossa Corte maior, faça justiça. Precisamos que a justiça seja feita e que haja a libertação do presidente Lula. Nada mais importante do que as denúncias que foram feitas pelo presidente Lula, seus advogados, pelos partidos de oposição e por aqueles que fazem neste Congresso Nacional e no Brasil a defesa da democracia que exigem e que a nossa Constituição sempre seja respeitada e cumprida”, disse.

Segundo João Daniel, o Intercept Brasil, junto com outros veículos de comunicação, todas as semanas tem revelado o que foram, verdadeiramente, as conversas e as ações dos procuradores federais, sob a liderança de Deltan Dallagnol e o ex-juiz e hoje ministro da Justiça Sérgio Moro. “Moro e Dallagnol orquestraram, organizaram todo um processo criminoso contra o presidente Lula. Por isso ele precisa, urgentemente, que o seu processo seja extinto e haja um novo julgamento imparcial, justo”, afirmou.

O parlamentar lembrou que, desde o primeiro momento, o presidente Lula não aceitou nenhum tipo de negociação – ele poderia ter ido para uma Embaixada, se exilado –, ele tinha compreensão do processo político vivido no Brasil, mas não se recusou, em nenhum momento, a dar qualquer depoimento que a justiça brasileira quisesse. “A única coisa que o presidente exige é que a justiça e a Constituição sejam respeitadas”. No entanto, acrescentou João Daniel, vê-se claramente os motivos pelos quais houve a prisão do presidente Lula: para retirá-lo da candidatura à presidência da República.

Golpe continuado

Para ele, o Brasil precisava completar um grande golpe, iniciado com a retirada à força da presidenta Dilma Rousseff, o grande golpe aprovado no plenário da Câmara. “Três das grandes medidas contra o povo brasileiro, que foram os grandes objetivos de todo coração no impeachment da presidenta Dilma: a reforma trabalhista, que destruiu os direitos sagrados da classe trabalhadora; a emenda constitucional 95, essa vergonhosa emenda aprovada pelo Congresso Nacional que faz com que, durante 20 anos, os investimentos em saúde, educação e todas as áreas sociais sejam congelados, tendo apenas a correção da inflação; e a reforma da Previdência, que é a destruição do direito à aposentadoria sagrada do povo brasileiro”, analisou o deputado.

Na avaliação de João Daniel, o Governo Bolsonaro vem implementando todas essas maldades contra o povo trabalhador brasileiro porque está a serviço da elite brasileira, da Fiesp e dos bancos, que continuam cada vez mais crescendo. “E para o povo trabalhador apenas se discute duas coisas: cadeia e mais leis, E aí vem com Pacote Anticrime, com tantas fantasias para tentar enganar o povo brasileiro para manter esse atual modelo concentrador, que é o modelo capitalista, com grande parte do Congresso Nacional apoiando, levando ao aumento das desigualdades e da miséria no país”, ressaltou.

Para o parlamentar, a luta do povo brasileiro pela reconstrução da democracia passa pela liberdade imediata do presidente Lula, pela extinção e anulação deste processo e por um novo julgamento isento, imparcial, por uma Justiça justa. “E passa também por um projeto de desenvolvimento nacional e de respeito às empresas e aos bancos estatais e de um novo projeto para o Brasil”, frisou João Daniel.

Por Edjane Oliveira

Foto assessoria

 

 

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