Após a rejeição dos destaques apresentados pelos partidos de oposição na CCJ, nesta terça-feira (01), o clima no plenário do Senado Federal para a votação da reforma da Previdência foi de pressão. Insatisfeitos com a falta de diálogo, um grupo de senadores cobrou da presidência do Senado Federal um posicionamento mais firme diante das tomadas de decisões na casa.
Houve a denúncia do Senador Rogério Carvalho (PT/SE) de que o governo Bolsonaro engana a população para atingir objetivos de interesse do mercado financeiro, e diz que esta reforma inicia o desmonte do nosso sistema de proteção social.
“Hoje (01) nós iniciamos o desmonte do estado de proteção social que o Brasil construiu ao longo do século XX. ”, discursou o Senador Rogério.
A fim de dar uma resposta ao Governo, que se mostrou intransigente, e que ainda pôs em dúvida um acordo que fez com os senadores em relação à divisão dos recursos da cessão onerosa do pré-sal, o Senador Rogério Carvalho convocou os colegas para interromper a votação.
“Eu queria conclamar os companheiros dos partidos para que a gente possa entrar em obstrução e não votar o relatório a reforma da Previdência”, pontuou o vice-líder do PT no Senado. Mesmo com todos os questionamentos, os senadores restabeleceram os debates, e o Senador Rogério Carvalho anunciou:
“Isso vai vir para a conta de cada senador. As ruas vão cobrar o empobrecimento do Brasil. O povo mais pobre vai sentir o golpe desta reforma da previdência.”