Na tarde desta terça-feira, 02, a Gestora Administrativa do Centro Médico do Trabalhador, responsável por gestão administrativa na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva, Jória Dias, concedeu entrevista ao programa “Batalha na Jornal 91,3 FM” com apresentação do radialista Carlos Batalha.
Em pauta, o fechamento e restrições de outras unidades situadas na Grande Aracaju: (Fernando Franco/Aracaju, Barra dos Coqueiros, Zé Franco/Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão) do interior sergipano: (Pacatuba, Salgado, Porto da Folha) e de outros estados: Garanhuns (Pernambuco) e Porto Real do Colégio (Alagoas) que tem provocado a superlotação do Nestor Piva.
De acordo com Jória, por ser uma unidade de porta aberta a UPA atende à todos, com isso, superlotando e ampliando as demandas. Que são acrescidas com as manifestações sazonais, por ex: paralização dos servidores da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS).
Some-se a isso, o fato da unidade está utilizando o sistema de classificação de risco que tem provocado a impaciência dos pacientes. Devido ao critério de atendimento que prioriza a situação de urgência e emergência.
Mas, em relação a esse procedimento, Jória fez questão de deixar claro. “Ninguém sai do Nestor Piva sem ser atendido. Minha superlotação é porque outras unidades não estão atendendo”, esclareceu.
Segundo a Gestora, antes da administração do Centro Médico do Trabalhador era realizado uma média de acompanhamento com 290 pessoas por dia. Atualmente, com a nova gestão, são realizados cerca de 530 atendimentos por dia (chegando com superlotação a atender 700 pessoas/dia). Inclusive, com a ocorrência nos finais de semana com atenção a 1300 pacientes.
Vale ressaltar, que em contrapartida à superlotação, o Centro Médico do Trabalhador ampliou os atendimentos disponíveis, com a disponibilização de 10 médicos: clínicos, estabilização, cirurgia, ortopedista, ultrassom, além de enfermeiros, equipamentos para a realização de exames, Raio X fixo e móvel, laboratório. Nestes 09 meses de gestão, já foram realizados mais de 130 mil atendimentos.
Para Carlos Batalha (âncora do programa) a Secretária de Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, realiza um excelente trabalho, principalmente após a decisão acertada de terceirizar os serviços. E aproveitou para questionar. “A prefeitura vai parar com esse trabalho? Claro que não, o prefeito não é burro!”, frisou Batalha.
A entrevista foi concluída com o apresentador destacando o absenteísmo e a coincidência muito estranha com a falta de cumprimento nas escalas da classe médica, que tem promovido o caos na saúde pública municipal.
Centro Médico do Trabalhador