Aracaju, 13 de maio de 2024
Search

Isis Valverde abre o jogo sobre a maternidade real: ‘Não é romântica’. De volta ao ar em ‘Amor de Mãe’, a atriz fala das dificuldades em se afastar do filho, Rael

15

Isis Valverde está de volta às novelas depois da maternidade. Após interpretar Ritinha em A Força do Querer, em 2017, ela se prepara para viver a enfermeira Betina, na trama Amor de Mãe, próxima novela das nove, criada e escrita por Manuela Dias, com direção artística de José Luiz Villamarim. E a nova fase vem recheada de desafios. Além de trabalhar o desapego com o filho, Rael, de 11 meses, a atriz está superando o pavor por agulhas e sangue. “Só de pensar, já fico nervosa”, admite, Isis, que também pode ser vista na reprise de Avenida Brasil, como Suellen. Linda, ruiva e magra, a artista teve um papo exclusivo e bastante franco com o Gshow, durante uma participação no Se Joga, e lembrou as dificuldades nos primeiros meses de vida do filho. Falou também das mudanças no casamento com André Resende, entre outras coisas.

Volta ao trabalho

“Eu achava que seria mais fácil, mas quando estou gravando, não vejo a hora de chegar em casa. É muito difícil, não vou ser hipócrita. Tem mulher que gosta de viver exclusivamente para cuidar da família. Se preenche assim, mas eu não. Durante os 11 meses do meu filho, não saia e não conseguia trabalhar. Mas chegou a hora e eu gosto muito do meu trabalho. Ficar sem atuar, acho que iria me entristecer. O negócio é saber se adaptar e se dividir entre maternidade e trabalho. É difícil, mas acho que é o caminho mais saudável”.

Medo de agulhas

“É complicado. Eu já trabalhei meu psicológico, mas só de pensar já fico nervosa. Nunca gostei de sangue, agulha, nada disso. Esta coisa de teste do pezinho, vacina, quem entra é o pai. Não consigo. Mas para a Betina, tive que superar. Já aprendi algumas coisas”.

Transformação

“Fiquei mais forte depois de me tornar mãe. Os primeiros meses foram bem difíceis, o medo tomou conta de mim. Me sentia frágil e incapaz. Chorei bastante e fiquei com muito medo de ser mãe. Achava que não iria dar conta. Senti o puerpério (período de 45 a 60 dias após o parto) muito intensamente. Mas depois desse período, surgiu uma leoa dentro de mim, parece um bicho que desabrocha e te faz acreditar que vai dar conta, vai conseguir”.

Julgamentos

“Sempre falei o que estava sentindo e percebia as pessoas me julgando, por eu não achar tudo perfeito. Costumo dizer que a maternidade é muito linda, eterna e dolorosa. É um processo infinito de aprendizado e construção. Dói sentir culpa por ter que deixar seu filho para trabalhar. Agradeço todos os dias pelo Rael, mas não posso deixar de falar que a maternidade não é romântica. Ela é real e linda do jeito que é. Olho para meu filho e choro o tempo inteiro. Acho ele a coisa mais incrível que já fiz no mundo até hoje. Fico até emocionada quando olho para ele saudável e em plena condição de viver”.

Raio de luz

“O nome surgiu de repente. Eu e André estávamos viajando pela Praia do Rosa (Santa Catarina), no carro, trocando ideia e começamos a pensar como iria chamar nosso filho. Ele falava uns nomes bem esquisitos de brincadeira, e eu cogitei João, mas ele não gostou. Aí pensei em Gael, mas ele também não concordou. Eu queria um nome pequeno, iluminado, forte, que lembrasse raio. Tinha acabado de sugerir Gael, que André também vetou, quando surgiu o Rael. No momento em que o nome saiu da nossa boca, parecia até que o bebê tinha escolhido. Muito louco! Olhamos um para o outro e dissemos: ‘É isso!'”.

Casamento muito bem, obrigada!

“Em junho completo 2 anos de casada, mas eu e André estamos juntos há quatro. Quando descobri que estava grávida e até o Rael nascer, fiquei muito nervosa e afobada. Já meu marido, não sei, tomou uma espécie de ‘chá de amor’. Virou uma coisa derretida: olha para mim e chora, olha para o filho e chora. Ele vai comprar um pão e me liga: ‘Aí, me deu uma saudade agora. Conversa comigo um pouquinho? (risos)’. Nosso sentimento evoluiu e o amor aumentou. Todo mundo fala que a chegada de um filho afasta. Não vivi isso. Até essa história de que o sexo diminuiu, lá em casa não. Está tudo ótimo!”.

Por enquanto, não!

“Antes do Rael, pensava em ter dois filhos, hoje em dia não mais. Pode ser que eu mude de ideia, mas não tenho família aqui, sou filha única e preciso de uma rede maior de apoio. Carregar um no braço eu garanto, já dois, fico na dúvida”.

Aniversário de 1 ano

“Dia 19 de novembro, Rael completa 1 ano. Passou rápido. Já estou nos preparativos para a festa dele. Gente, vocês precisam ver a roupa que mandei fazer para o meu filho. Uma coisa! O tema já foi escolhido, será safári. Já fico imaginando ele todo de branquinho”.

Leia também