Aracaju, 16 de abril de 2024

POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMBATE AO CALAZAR SÃO DISCUTIDAS NA ALESE

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Com o objetivo de orientar e conscientizar a população sobre o direito e a proteção animal, além de alternativas no combate à leishmaniose, popularmente conhecida como calazar, a deputada estadual Kitty Lima (PPS), realizou na manhã desta segunda-feira,14, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Audiência Pública com a palestra do médico veterinário, especialista em doenças tropicais e saúde internacional, André Luis Soares Fonseca.

Com o tema “Direito e Proteção Animal- Métodos Alternativos no Combate à Leishmaniose” o especialista explicou desde a origem da doença leishmaniose, até a forma de como acontece a proliferação. O especialista disse que a doença é cíclica e se prolifera no período quente. E o resfriamento climático permite o controle da doença, e políticas de castração fundamentais.  No que tange à tutela animal, o especialista afirma que é de responsabilidade da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

Ainda de acordo com o médico veterinário, André Luís, no mundo são 400 mil casos/ano registrados com leishmaniose visceral e 4 mil casos no Brasil, com 500 óbitos ao ano. E em relação à leishmaniose tegumentar, o índice é de 1 a 1,5 milhões de casos/ano no mundo e 28.568 caso/ano registrados no período de 1985 a 2005. Em Sergipe, menos de 1%, devido ao diagnóstico precoce.

O especialista explicou ainda que o calazar é um dos problemas de saúde pública, e historicamente o assunto é mal abordado no Brasil, e suas políticas são datadas da década de 60, além de ser uma doença sexualmente transmissível “O enfrentamento da leishmaniose evoluiu. Hoje é possível tratar o animal, além de ser uma doença de mamífero”, afirmou André Luís acrescentando, “A mulher tem leishmania e não sabe. Os mamíferos de uma maneira geral são reservatórios da leishmaniose”.

Segundo André Luís, existe vacina para leishmaniose para os animais que, inclusive, foi desenvolvida para seres humanos, e por uma questão de economia resolveram fazer primeiramente o tratamento em animais. Segundo ele, futuramente as vacinas irão passar para seres humanos.

Para a deputada estadual Kitty Lima, a audiência pública também pretende capacitar os municípios para uma melhor atuação, no que diz respeito ao animal em situação de rua. Segundo ela, eutanasiar um cachorro não é a melhor opção, além do custo ser bem maior do que a castração, pautada na lei de nº 8.367/17, que dispõe do controle populacional de cães e gatos em todos os municípios do estado. “Eu quero que todo município cumpra a lei!”, disse Kitty

De acordo com a parlamentar, 12 veículos castramóveis, fruto de solicitação de sua autoria a membros da bancada sergipana no Congresso, serão disponibilizados e distribuídos por regiões a fim de atender à demanda dos 75 municípios do estado.

Recentemente Kitty Lima esteve reunida com o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana, tratando sobre a implementação e atuação de um castramóvel na região, através da participação da Associação de Municípios da Barra do Cotinguiba e Vale do Japaratuba, que possibilitará o atendimento da demanda de 11 municípios que integram a região.

Composição da mesa e participação

Participaram do evento, representantes de órgãos representativos, secretários de saúde de municípios sergipanos, OAB/SE, veterinários, profissionais da área e estudantes. Fizeram parte da mesa de trabalhos, como presidente a deputada Kitty Lima, o deputado estadual Samuel Carvalho (PPS), a presidente da Comissão de Direitos dos Animais na OAB/SE, o secretário de Saúde do município de Nossa Senhora do Socorro, Enock Ribeiro e a secretária do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Sergipe, Cristiane Lemos Ribeiro.

Sobre a doença

A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários parasitários do gênero Leishmania transmitidos pela picada de insetos da subfamília dos flebotomíneos. Existem dois tipos principais: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calaza.

Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.

Com informações : http://bvsms.saude.gov.br

Foto: Jadilson Simões

Por Luciana Botto- Rede Alese

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