Em três dias de oficina, sindicalistas visam definir a diretriz de formação sindical e construir o Planejamento de formação para 2020
A Escola Nordeste de Formação da CUT realiza desde a quinta-feira (24/10), em Aracaju, uma nova oficina com a presença de dirigentes sindicais da CUT/Alagoas, CUT/Paraíba, CUT/Sergipe e CUT/Bahia. A formação vai até o sábado (26/10) concluindo três dias intensos de oficina e discutindo uma proposta para o processo de formação sindical que será executado em 2020.
O coordenador administrativo da Escola Nordeste de Formação da CUT, Messias Vale, afirmou na abertura da formação que a troca de conhecimento entre as lideranças sindicais é fundamental. “O complicado não é nem a saída nem a chegada, mas a travessia. O grande desafio é a travessia neste momento de ataque à classe trabalhadora, ao povo brasileiro, ao povo da América Latina. Temos este desafio e vamos aqui fazer este debate. Nós que sempre militamos na formação ficamos felizes de encontrar muitos companheiros que estão se engajando neste espaço. Façamos esta troca de conhecimento para o fortalecimento da nossa central e da luta sindical”, destacou.
Por falar em troca de experiência, o professor Roberto Silva, secretário de Formação Sindical da CUT/Sergipe, refletiu sobre os cursos de formação realizados em 2019 nas cinco diferentes regiões de Sergipe e que chegaram a conquistar novos militantes para o movimento sindical, além de mais capilaridade de atuação para a CUT. “A proposta que realizamos em Sergipe é exequível, sensata e possível de ser realizada dentro do cenário em que vivemos. Na Secretaria Nacional de Formação já havia o plano de assumir cursos mais longos e acreditamos que a partir do debate na formação da Escola Nordeste será construída uma ótima proposta de formação”, avaliou.
Para a secretária de Formação Sindical da CUT/Bahia, Cristina Brito, a formação sindical fortalece a resistência. “Resistir nessa luta, pois ela não é pequena, é uma luta grande. Nós já passamos por várias perdas com a retirada da Dilma e a retirada dos nossos direitos. Para resistir, a gente vai precisar se fortalecer na base, porque é na base através de processos formativos que a gente vai de novo se conectar com os trabalhadores e com a sociedade para retomar a democracia outra vez”, declarou.
O presidente da CUT/SE, Rubens Marques também destacou a necessidade de planejar a formação para atravessar o cenário atual. “A formação é o que vai qualificar o militante. Um sindicalista se educa na práxis, na luta do dia-a-dia, isso não deixa de ser formação, mas a formação teórica é imprescindível. É a leitura teórica que vai ajudar a fazer o diagnóstico correto da conjuntura e atuar com mais precisão. Você perde menos tempo e os resultados são mais positivos. A ausência da formação termina criando o militante exclusivamente ativista. O ativista tem um limite. Por exemplo, depois de sucessivas derrotas, ele não tem a compreensão de que ser derrotado acumula ideologicamente para as batalhas futuras, é imprescindível. Por isso a CUT nacional e as CUTs do Nordeste não abrem mão de fazer a formação de seus quadros”.
Foto assessoria
Por Iracema Corso