Aracaju, 10 de julho de 2025
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Em Aracaju, saúde disponibiliza serviço de vacinação durante todo o ano

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A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo finalizou, nesta sexta-feira, 25, a primeira etapa, que foi iniciada no último dia 7. Na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vacinou, neste período, mais de 2 mil crianças entre 6 meses e menores de 5 anos de idade, foco dessa primeira fase.

Por ser voltada à conscientização, essa campanha não possui meta determinada, ainda assim, a vacina é essencial, sobretudo quando se considera que já foram registradas quatro notificações de sarampo em Aracaju. A doença chegou a ser totalmente erradicada, em 2016, e voltou a crescer em todo o Brasil, em 2018, pela falta de adesão à cobertura de vacinal.

A coordenadora do Programa Municipal de Imunizações, Ilziney Simões, ressalta que devido às campanhas de vacinação desenvolvidas em todo o país diversas doenças foram erradicadas, o que comprova a eficiência do método.

“O Programa Nacional de Imunizações é desenvolvido desde 1973 e por conta dele muitas doenças já foram eliminadas do país e outras ficaram sob controle. Embora, desde 2016 a gente tenha um decréscimo dessas coberturas vacinais e infelizmente tivemos, como conseqüência, a entrada do sarampo aqui no Brasil”, explica Ilziney.

Ainda de acordo com coordenadora do Programa, em Aracaju, o serviço de aplicação de vacinas é disponibilizado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) localizados por toda capital, de modo a facilitar o acesso para a população. “Além das vacinas disponibilizadas nas UPAs, também oferecemos o soro antitetânico, que é imunobiológico e usado em caráter de urgência. Nas UBS, 19 vacinas imunobiológicas são ofertadas para a sociedade”, salienta.

Calendário de vacinas

O cronograma de vacinação que é executado pela SMS contempla todas as faixas etárias e grupos prioritários. Ao todo, mais de 10 tipos de vacinas são disponibilizadas para a população. Entre as mais importantes, estão as vacinas contra a caxumba, sarampo, rubéola, tuberculose, febre amarela, poliomelite, HPV e Influenza. Essa última deve ser tomada anualmente.

As crianças com até 12 anos de idade, de acordo com o cronograma planejado pelo Ministério da Saúde (MS), devem tomar as vacinas contra a tuberculose, conhecida como BCG, contra a paralisa infantil ou poliomelite (VOP), contra Hepatite B, contra Difteria, Tétano, Coqueluche e Meningite causada por Haemopilhus (Tetravalente), contra Sarampo, Rubéola e Caxumba (Tríplice Viral – SRC) e contra Febre Amarela. Em áreas consideradas indenes, locais onde o vírus não é registrado há décadas, como é o caso de Aracaju, a dose da vacina não é necessária, sendo opcional.

Apesar de todo o calendário idealizado para garantir a imunização de todos os cidadãos, nem sempre as pessoas acompanham e seguem o cronograma planejado pelo MS e, consequentemente, se tornaram vulneráveis a doenças que poderiam ser evitadas a partir das vacinas disponibilizadas à população pela Prefeitura.

Por isso, durante todo o ano, a Secretaria Municipal da Saúde oferece nas 45 UBS da e nas 2 UPAs localizadas em Aracaju todas as vacinas que podem ser tomadas por crianças, adolescentes e adultos, incluindo as vacinas que são ofertadas em períodos de campanha vacinal quando ainda estão em estoque.

O objetivo, de acordo com Ilziney Simões, é alcançar toda a sociedade, dos mais jovens aos adultos, porém, o calendário prioriza as crianças, pois é nesta fase em que a maioria das vacinas disponíveis são tomadas.

“Todo mundo é contemplado com as vacinas nas UBS. O maior calendário de vacinas é o das crianças, então, se os responsáveis conseguem cumprir com todo o cronograma que já é previsto para os seus filhos, muitas dessas vacinas serão poupadas no indivíduo adulto”, pontua.

A coordenadora do Programa de Municipal de Imunização reforça que é preciso acompanhar e registrar as vacinas tomadas pelas crianças, por isso a importância de não perder a cardeneta de vacinação.

“Há uma grande importância em os pais não deixarem de lado ou até mesmo perderem a cardeneta de vacinação das crianças, porque através desse cartão serão determinados quais vacinas serão administradas no individuo fora deste grupo. Quando o cidadão não tem essa caderneta, nós precisamos reaplicar as vacinas. É o recomeço de um processo que poderia ser evitado”, reitera.

Para adolescentes, homens e mulheres, as vacinas contra a Difteria e Tétano devem ser reforçadas a cada dez anos. Os jovens com até 19 anos de idade, que não foram vacinados quando crianças contra a Hepatite B, devem receber três doses da vacina com o seguinte esquema: a primeira; a segunda, trinta dias após a primeira; e a terceira, seis meses após a primeira.

Já para os idosos, pessoas com mais de 60 anos de idade, além dos reforços citados acima, o grupo faz parte das pessoas prioritárias em tomar a vacina anual contra a gripe. De acordo com o Ministério da Saúde, a definição dos grupos prioritários é realizada a partir da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fake News

Amplamente divulgadas e compartilhadas pela internet, especialmente nas redes sociais, as Fake News sobre as vacinas espalham diversos boatos que dificultam na adesão das campanhas que são promovidas para a população. Ilziney Simões esclarece que não há embasamento científico em afirmações que colocam as vacinas como um risco para a população.

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