Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), assegura, diariamente, o trabalho dos agentes de endemias, que vão de casa em casa procurar focos do mosquito e, sobretudo, conscientizar a população quanto aos cuidados que se deve ter para que evitar criadouros do mosquito nas residências.
Cerca de 80% dos focos do Aedes são encontrados dentro das residências. Assim, além de identificar a presença dos criadouros em suas visitas, os agentes de endemias têm a missão de orientar às pessoas sobre como armazenar recipientes para que não acumulem água de forma incorreta.
De acordo com a supervisora do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, Edjeane Scarlet Figueiredo, Aracaju tem uma média de cerca de 28 casas visitadas ao dia, por cada agente de endemia, os quais atuam de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e tarde.
“Atualmente, não encontramos tanta resistência quanto antes. A que encontramos é em relação às residências, as pessoas ainda acumulam água de forma errada, não sabem acondicionar seus depósitos, ainda guardam água na lavanderia, deixam aquele brinquedinho fora, a plantinha cheia de água, então o nosso trabalho é mais educativo do que propriamente químico, com o larvicida”, explica a supervisora, ao enfatizar uma das principais frentes de trabalho dos agentes de endemias.
O supervisor deste trabalho no bairro Orlando Dantas, Jaquison Barroso, atua na área há 20 anos. Ele deixa claro que, no trabalho de conscientização, a ajuda da população no combate ao mosquito é algo de muito importante, assim como a persistência dos agentes durante suas visitas.
“Nós temos uma equipe muito boa, que trabalha com consciência e responsabilidade. No nosso trabalho de conscientização, contamos com a colaboração da população. Quando achamos um foco na casa, anotamos no boletim e voltamos no dia seguinte para conversar com o proprietário, caso este não esteja em casa. Nós vamos conversar com as pessoas, mostrar os perigos, o ue precisa ser cuidado, porque são doenças que matam. Algumas pessoas ainda são resistentes”, disse o supervisor.
A aposentada Janete Soares, 63, está bem ciente disso. Por ter acabado de se recuperar de uma dengue, sentiu na pele o que o Aedes pode causar. Dona Janete, que toma todos os cuidados para que não haja focos do mosquito em sua casa, foi infectada pelo vírus enquanto estava em outra cidade e salienta que o trabalho realizado na visita dos agentes é uma garantia de preocupação por parte do poder público.
“Eu moro no bairro há quase 30 anos. Acho que a visita rotineira dos agentes é algo muito bom, porque é uma garantia. Eu tomo cuidado para não ter foco, não deixo água parada, garrafa destampada, nada aberto que possa acumular água. Tive uma dengue bem forte e sofri um bocado”, relatou a aposentada.
Prevenida com relação aos cuidados necessários para evitar focos do Aedes em sua residência, a autônoma Genilza Carlos, que também mora no Orlando Dantas, afirmou tomar todas as medidas indicadas pelos agentes em suas visitas, destacando a importância do serviço.
“Eu acho esse tipo de serviço muito importante. É uma coisa que contribui com a nossa saúde. Eles fazem a visita, olham se tem água parada, esgoto e essas coisas. Aqui em casa nunca foi encontrado nenhum foco, porque eu não deixo água parada”, contou Genilza, enquanto um agente constatava seus cuidados.
AAN
Foto André Moreira