Aracaju, 19 de abril de 2024
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ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS DA PM SÃO EXPOSTOS A “CASTIGOS”

A ASPRA/SE (Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Sergipe) e o blog Espaço Militar receberam denúncias de alunos do curso de formação de soldados da Polícia Militar do Estado de Sergipe, dando conta de uma situação que deixou não só alunos, como também monitores, acerca de uma atitude de um oficial no referido curso.

Os alunos estão numa fase que cada semana estudam um hino. Na semana passada, um oficial mando os alunos estudarem o hino do CFAP, entretanto, outro oficial de posto superior suspendeu o estudo de tal hino, devido às provas que se iniciaram no último dia 11 e também, por estarem estudando o hino da bandeira.

Já no dia de ontem, 13, um oficial mandou os alunos cantarem o hino que estava suspenso, onde quase ninguém cantou, visto que não tinham estudado o hino devido a suspensão do mesmo, mas, infelizmente, segundo os alunos e monitores, o oficial não quis saber.

Os monitores chegaram a ponderar com o oficial, explicando a este estava equivocado, porém o mesmo não deu ouvidos. Teve monitor que chegou a fazer a observação de que, durante o tempo que tem de policial militar, nunca passou por um vexame deste.

Foi então que o oficial determinou que todos, ou seja, um pelotão inteiro, fizesse flexão na quadra quente, no horário das 13h20 aproximadamente, como forma de castigo, onde alunos ficaram com bolhas nas mãos, fato presenciado por alunos e monitores que ficaram estarrecidos com este castigo físico que jamais se pode aceitar.

Vejam o que disseram alguns alunos à ASPRA/SE:  “Tem um aluno no meu pelotão que fez bolha na mão…”; “Eu mesmo não aguentei terminar as flexões naquela temperatura…”; “E outra coisa: isso foi uma forma de punição, por um ato que os alunos não tiveram culpa”; “Os monitores e instrutores tentaram explicar ao … (preservamos o nome para as investigações) que o mesmo estava equivocado, mas ele não ouviu ninguém…”

Vejam também o que foi dito por um monitor:  “Pense na vergonha, XX (omitido para preservar a fonte) anos de policia e nunca passei por isso. Imagine como monitor de um pelotão e passar vexame ao tentar mostrar um possível erro e nem ser ouvido. Minhas mãos estão quentes até agora”.

Avisamos que as fontes foram e serão sempre devidamente preservadas.

A ASPRA/SE, sempre diligente, através da sua assessoria jurídica, já encaminhou ofício ao Promotor de Justiça Dr. Deijaniro Jonas, da Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial, solicitando uma apuração rigorosa referente ao fato em tela, pois é inadmissível castigos desta natureza que causem lesões corporais a alunos.

Matéria do blog Espaço Militar

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