Aracaju, 7 de julho de 2025
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O fogo de monturo amigo arde

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

Parte da bancada aliada na Assembleia Legislativa está querendo conversar com o governador Belivaldo Chagas (PSD) mais à vontade. Todos desarmados dos seus títulos. Nada demais. Apenas questões políticas e algumas insatisfações com o quadro que se apresenta neste momento. Nada em relação à adaptação da reforma da Previdência ao novo modelo nacional. Apenas analisar que tem partido com muito espaço, sem ter mais de um voto na Casa, além de não se mostrar fiel ao que deseja o Governo a que serve.

Em relação à adaptação à reforma previdenciária, um dos deputados mantém o refrão de que “vai votar como a vice-governadora Eliane Aquino (PT) votaria”. Outro parlamentar, pessoalmente ligado a Belivaldo Chagas, diz que o voto nessa adaptação pode ser “desgastante, mas o deputado tem que defender a sociedade como um todo”. Diz mais que “ninguém deve pensar em ser Governo apenas pelos bônus, mas também pelos ônus”.

O governador Belivaldo Chagas não se manifesta sobre questões políticas. Acha que esse assunto deve ser colocado na “roda” a partir de fevereiro. O seu principal objetivo e fechar o ano e reiniciar o outro com perspectiva de crescimento na economia. Sergipe precisa sinalizar para cima e dá passos importantes nessa direção. Tudo indica que, através do gás, haverá um salto no setor mais à frente. Há aparentes insatisfações políticas, mas a emergência é colocar tudo nos eixos e depois partir para adequação de fortalecimento da aliança.

Ainda na Assembleia as conversas de bastidores convergem para críticas à posição do Partido dos Trabalhadores e a clara intenção de partir para novos projetos. Tem quem assegure que a oposição ao Governo não está no outro lado do Poder, mas dentro dele, muito próximo, “a um toque no botão do elevador”. Um experiente parlamentar acha que o governador Belivaldo Chagas, a partir de janeiro, deve chamar para si toda a responsabilidade do grupo e conduzi-lo ao caminho da unidade.

Percebe-se uma distonia, principalmente dos partidos que têm as melhores posições na estrutura administrativa. Além disso, tem aliados em pontos chaves, que “torcem pelo quanto pior melhor, porque obedecem aos chefes que estão olhando em 2022”. É preciso assumir o comando absoluto da aliança, segurar todas as rédeas e liberar aqueles que não se enquadrem no processo político que se vive no presente e se projeta para o futuro.

Chega de ignorar o fogo de monturo amigo, que queima por baixo e faz maior estrago.

Situação complicada

Vários municípios de Sergipe – do litoral ao sertão – tiveram o FPM retido desde o dia 18 de novembro e não foi liberado até o momento.

*** Inclui os FPMs de 20 e 30 de novembro, a liberação de 1% dia 9 de dezembro e o FPM do dia 10 deste mês.

*** O bloqueio se deu por dívidas antigas do INSS.

Calamidade pública

A maioria dos municípios entrou com mandado de segurança na Justiça Federal do Estado para desbloquear os FPMs e esperam decisão até no máximo terça-feira.

*** Com o bloqueio, os servidores estão com salários atrasados e décimo terceiro, além dos serviços e fornecedores.

*** Caso não haja o desbloqueio já, será decretada calamidade financeira em todos esses municípios.

Busca unidade

O governador Belivaldo Chagas (PSD) tem evitado falar em política publicamente. Fará isso no próximo ano, inclusive em Aracaju.

*** Belivaldo gostaria que o bloco se mantivesse unido e tratará sobre isso no momento mais adequado, buscando sempre a unidade.

Márcio silencia

O vice-presidente nacional do PT, Márcio Macedo, não está falando sobre eleições e até evita a imprensa quando é para tratar do assunto. Não esconde, entretanto, que colocará o seu nome para disputar a Prefeitura de Aracaju pelo partido.

*** Márcio disse, ainda, que em nenhum momento falou que “Edvaldo estaria formando aliança com políticos ligados a Jair Bolsonaro e Michel Temer”.

Reunião dia 10

Márcio Macedo confirmou que haverá uma reunião do PT dia 10 de janeiro, para tratar sobre candidatura própria à Prefeitura, porque essa é a vontade do partido.

*** Acrescentou que o seu nome estará à disposição, o que é um direito legítimo dele.

Segundo andar

Deputados da base aliada também reclamam da ocupação total do segundo andar do Palácio dos Despachos pela Vice-Governadoria, onde se montou uma estrutura jamais vista em outros Governos.

*** A maioria fala que é de lá que fazem as maiores criticas ao Governo hoje: “Belivaldo tem um grupo de oposição muito próximo a ele”, disse um parlamentar.

Fora do pleito

Um competente advogado disse ontem que o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Sukita, não pode disputar a Prefeitura do município no próximo ano.

*** Ele tem impedimento pela condenação no TSE, que impede registro de chapa com o seu nome.

Usa estratégia

Diz o advogado que a estratégia de Sukita é levar à frente uma candidatura a prefeito, mesmo sabendo que está impedido, para se fazer de vítima quando for rejeitado pela justiça eleitoral.

*** Vai aproveitar o clima de provável comoção e indicar um nome a prefeito. Tudo indica que será seu irmão o candidato, através da sua força eleitoral.

PEC da adaptação

Foi lida ontem, na Assembleia Legislativa, a PEC – Proposta de Emenda Constitucional – para adaptação da Previdência estadual à Estadual.

*** A PEC estabelece idade para aposentadoria, tempo de serviço e outros itens postos no projeto de reforma já aprovado pelo Congresso.

*** Até quarta-feira os deputados podem apresentar emendas e quinta-feira se dará à primeira votação. A aprovação final deve ocorre dia 26 deste mês.

Envolve só 3%

Um deputado da base aliada disse que a adaptação na Previdência, que será votada pela Alese, envolve apenas 3% da população. São os servidores ativos e inativos, “o que equivale a 60 mil pessoas”.

*** Se não for aprovada, para avaliar gastos com a Previdência, os dois milhões de sergipanos não terão direito à nada, em termos de ação do Governo.

Falta complementação

O Governo ainda não enviou a lei complementar que deve ser avaliada e votada pelos deputados. É a parte transitória sobre o que vai mudar na Previdência Estadual.

*** Será na lei complementar que virá percentual de pagamento e outras regras para que os recursos previdenciário possam cumprir a folha.

*** Tanto a PEC, quanto a Lei Complementar serão concluídas dia 26.

Câmara explica

A Câmara Municipal de Tobias Barreto informou, ontem, que a lei para o pagamento do 13º salário foi aprovada no ano de 2016, para ter início em 2017 e não este ano como foi noticiado.

*** Desmentiu provável aumento para os membros da mesa diretora.

*** Segundo a Câmara, este ano vereadores da base do prefeito Diógenes Almeida exigiram o cumprimento desta lei, que não vinha sendo cumprida pelo ex-presidente, vereador Luis Carlos, ex-líder do prefeito.

ACM e Heleno

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) encontrou-se com o ex-deputado federal Heleno Silva, em Brasília, e trataram sobre Edvaldo Nogueira.

*** ACM brincou com Heleno ao dizer: “tomara que Edvaldo saia do PCdoB.

Um bom bate papo

Mudança de partido – O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), viajou ontem a Brasília para tratar sobre mudança de partido.

Café com política – Ontem à noite políticos, jornalistas, radialistas e freqüentadores do grupo “Café com Política” se confraternizaram pelo final de mais um ano.

Café esquenta – No encontro aconteceu uma palestra com o economista André Quaresma. O café esquentou com a presença de integrantes de todas as tendências políticas.

Discute reforma – A Assembleia Legislativa está discutindo, com tranqüilidade, a adaptação da Reforma da Previdência. A sinalização é de que será aprovada.

Sobre viagem – Segundo Helena Patrícia, especialistas recomendam que se você estiver sem dinheiro para viajar, beba até não saber onde está.

Segunda instância – Ministro Marco Aurélio diz que placar de julgamento sobre prisão em 2ª instância deveria ter sido 11 a 0.

Operação Fafen – Governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, recebe direção da Proquigel/Unigel para tratar da retomada das operações da Fafen.

Salário mínimo – Saque imediato do FGTS será em 20 de dezembro; limite será de um salário mínimo, o que serve para dar uma folga no Natal.

Fundo eleitoral – É um absurdo o aumento do Fundo Eleitoral, tirando da Saúde. Deputados deveriam ser mais conscientes e não aprovar essa violência contra o povo.

 

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