Aracaju, 29 de março de 2024

Policiais penais estão insatisfeitos com a decisão da Sejuc

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Estado vai permitir preparo da alimentação fora das unidades prisionais; policiais penais entendem que medida põe em risco a segurança do sistema prisional

Os policiais penais de Sergipe foram pegos de surpresa com a decisão da Secretaria de Estado da Justiça e Defesa ao Consumidor (Sejuc) de implantar mudanças no fornecimento de alimentação para servidores e detentos nos presídios de Sergipe.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Sejuc (Sindpen) teve acesso exclusivo a um extrato de contrato referente a um pregão eletrônico, no qual a Sejuc contratou uma empresa para prestação de serviço de nutrição, cocção (cozimento) e fornecimento de refeições transportadas destinadas aos apenados e servidores lotados no Presídio Regional Juiz Manoel Barbosa de Souza (Premabas), localizado em Tobias Barreto.

Atualmente, a alimentação é preparada dentro das próprias unidades prisionais. O almoço é servido entre 11h e 13h. O jantar fica disponível entre 16h e 18h, e o lanche às 19h. Pelo novo formato, uma empresa contratada pelo Estado deverá preparar as refeições em outro ambiente, entregando o almoço às 11h, e jantar e lanche juntos, às 14h.

A decisão da Sejuc de permitir o preparo dos alimentos em outro ambiente deixa os policiais penais extremamente insatisfeitos, pois impossibilita qualquer tipo de supervisão e põe risco à segurança no sistema prisional sergipano.

“No formato atual, no qual a empresa prepara as refeições dentro da própria unidade prisional, nós fiscalizamos o manuseio dos alimentos e o preparo da comida. Porém, com essa mudança, que permite o preparo fora do presídio, nós ficamos sem controle algum, o que traz bastante risco, pois essa comida pode chegar com material ilícito ou até mesmo estragada devido ao traslado, o que implicará em grande prejuízo, não apenas financeiro, mas na estabilidade no interior das unidades prisionais. Essas refeições podem, inclusive, conter soníferos para desestabilizar policiais penais, trazendo risco à segurança e podendo acarretar até em fuga”, destaca o presidente do Sindpen, Wesley Souza.

Por Nara Barreto

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