Aracaju, 3 de julho de 2025
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SEGURANÇA IRREGULAR PERMITE BRIGAS EM BLOQUINHOS, DIZ SINDESP/SE

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Aracaju está vivendo dias de alegria com os bloquinhos de carnaval em vários bairros, levando milhares de pessoas à folia momesca, para se divertir com as bandas e artistas que animam a população. Contudo, a força policial está tendo um grande trabalho para conter as confusões que estão acontecendo nas festas organizadas para a folia. Em bairros das zonas norte, sul e oeste,  alguns blocos tiveram finais tristes para a diversão das pessoas. Aconteceram brigas generalizadas e tiros foram disparados no meio da multidão, provocando muitos feridos pelas agressões.

Esses eventos estão com um problema que deveria ser prioridade por parte de sua organização, a questão da segurança dos foliões. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Sergipe (Sindesp-SE), Sandro Moura, a segurança das pessoas está sendo colocada em risco por não estarem sendo feita por empresas especializadas no controle de multidões e resolução de conflitos.

“Temos visto vários bloquinhos na cidade e infelizmente temos acompanhado notícias de brigas, tiros, ataques com faca, assaltos, arrastões e confusões generalizadas. A segurança das pessoas está sendo posta em risco, porque os organizadores de bloquinhos estão contratando grupos de pessoas fortes para exercerem o trabalho de segurança, sem que tenham nenhuma especialização no tratamento de conflitos. Muitas das confusões que aconteceram e terminaram em brigas, poderiam ter sido evitadas se houvesse uma empresa especializada para garantir a tranquilidade da festa. Do contrário, só dão trabalho para a polícia, que tem que ser chamada às pressas para atender o que não deveria ser seu serviço, desviando a função real de proteção da população, para atender festas mal organizadas”, comentou o presidente.

Na cidade, nas últimas três semanas, várias festas aconteceram e grande parte delas tiveram ocorrências de agressão entre seus foliões. Nas delegacias de plantão, aconteceram vários registros feitos por pessoas que foram assaltadas, agredidas e assediadas nos bloquinhos. Sandro lembra que a organização dos blocos que contrata segurança irregular é corresponsável pelos danos que as pessoas sofrem na festa.

“Se um bloquinho é vendido, se a pessoa lucra com ele, é natural que deva ser responsabilizada pelas ocorrências que acontecem no seu curso. É dever da organização garantir a segurança dos foliões e zelar para que a festa seja tranquila. A segurança do bloquinho envolve além do controle das pessoas, o monitoramento de tentativa de entrada de armamento, mediar os conflitos provocados por alguém que bebeu demais, ou está agindo de modo mais exagerado. Tudo isso envolve treinamento, psicologia, capacidade de gerenciamento de crise e paciência. Não é somente bater nas pessoas. O papel da segurança é proteger e as festas que não procuram uma empresa regular para o serviço, também são judicialmente penalizadas em casos de danos acontecidos nas pessoas”, disse.

A empresa que presta segurança em eventos, deve ser regularizada e cadastrada junto à Polícia Federal, e seus profissionais devem ter treinamento de gerenciamento de crises em multidões, para que o evento transcorra com tranquilidade.

Foto assessoria

Por Márcio Rocha

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