Os animais que circulam livremente às margens das rodovias que cortam o estado de Sergipe, deixou de ser um caso de polícia e se tornou responsabilidade dos congressistas, senadores e deputados federais, que precisam rever urgentemente as leis sobre essa situação.
Neste sábado (29), uma família chora a morte de uma jovem, começando a vida, prestes a se formar em medicina, e com certeza iria salvar inúmeras vidas.
O sonho da jovem médica e de seus familiares teve fim, quando uma pessoa irresponsável deixou um cavalo solto às margens da rodovia SE-270 que liga Lagarto ao município de Simão Dias.
Duas mortes por nada. Uma jovem inocente com um futuro brilhante pela frente e também um cavalo “inocente”, já que passou a vida aqui na terra, trabalhando e apanhando para ajudar no sustento de seu (s) dono. Vitima também.
O que chama a atenção é que diariamente, dezenas de animais são apreendidos por agentes da PRF e por policiais militares. Eles são recolhidos, o responsável paga uma taxa, responde a um procedimento que, nas maiorias das vezes, termina com pagamento de cestas básicas e, daqui a dez minutos, os animais estão soltos.
Além de tudo isso, muitos casos de atendimentos ortopédico no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) são de vitimas dessas colisões: motos X animais.
Não pode continuar assim. Não deve continuar assim. É preciso responsabilidade por parte do congresso no sentido de endurecer a lei, se possível com a prisão do responsável e a desapropriação, ou seja, que o animal seja confiscado.
Aos congressistas, o nosso pedido é para que nos ajude a não ter que noticiar mortes de inocentes por conta de animais nas pistas.
Só vocês podem mudar a Lei. A mim, só compete pedir para que vocês acordem: “evitem essas mortes desnecessárias”. Legislem.
Os assassinos estão soltos sem saber que estão matando inocentes. Os animais e as vitimas fatais são vitimas.
Munir Darrage, 64 anos
Defensor da vida e dos animais