A pesquisa do Instituto França realizada entre os dias 06 e 08 de abril, mostra que há grande apoio às medidas tomadas no sentido de manter a população em quarentena, reduzindo o fluxo e contato de pessoas, mesmo sendo exposto para todos os entrevistados as consequências do fechamento do comércio, escolas, bares, restaurantes e outros serviços.
68,2% das 710 pessoas entrevistadas responderam que a melhor medida era continuar com a quarentena e com o comércio fechado, o que vai causar muitas demissões e 26,8% que a melhor opção era reabrir o comércio e mais gente se expor ao Coronavírus, correndo o risco de mais contaminações e mortes. Em um questionamento sobre ser a favor ou contra o isolamento social, 71,0% foram a favor, 20,0% contra, 7,9% nem a favor nem contra e 1,1% não souberam ou não revelaram.
Sobre o sair de casa nesse período de isolamento social, 62,0% afirmaram que só sai de casa apenas em situações necessárias, 21,1% disseram que seguem saindo de casa somente para trabalhar, enquanto que 9,9% não estão saindo de casa de jeito nenhum e, por fim, para 7,0% a vida segue igual como era antes do Coronavírus.
Questionados sobre o impacto financeiro que o isolamento social causa em suas vidas, 51,0% dos entrevistados revelaram que esse evento causa muito impacto financeiro, 23,4% pouco prejuízo, 24,8% nenhum prejuízo e apenas
0,8% não souberam ou não revelaram. Entretanto, quando questionados sobre quanto tempo concordaria em fazer o isolamento social, 58,9% firmaram a posição de que ficam em isolamento pelo tempo que for necessário.
Em relação às avaliações das medidas dos Governos Estadual e Federal que, em alguns pontos, divergem entre manter e até aumentar a quarentena e o isolamento social, posição defendida pelo Governo do Estado, e abrir o comércio e isolar apenas os grupos de risco, defendido pelo Governo Federal, 53,5% avaliaram as medidas do Governo Estadual como ótimas/boas, 29,3% como regulares, 12,4% como ruins/péssimas e 4,8% não souberam ou não quiseram avaliar. Já as medidas do Governo Federal no combate ao Coronavírus foram avaliadas como ótimas/boas por 30,4%, regulares por 27,4% e ruins/péssimas por 38,0% dos entrevistados. 4,2% não souberam ou
não opinaram.
Diante dos dados apresentados, pode-se afirmar que a população apoia o isolamento social e o enxerga como a medida mais eficiente para evitar o contágio em massa pelo Coronavírus e, com isso, a superlotação dos hospitais
e leitos de UTI, provocando o colapso do Sistema de Saúde dos Brasil, como visto na maioria dos países onde o vírus se proliferou. O isolamento social é defendido como a melhor opção, mesmo quando apresentadas as suas
consequências como o desemprego e as perdas na economia, ou seja, para a maioria dos sergipanos, a vida vem em primeiro lugar.