Aracaju, 29 de março de 2024

Flexibilizar sem tirar o pé do freio

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

O Brasil vive uma das piores fases da pandemia. Registrou 474 mortes em 24 horas. Já supera a China em número de óbitos. Amedronta sim e há necessidade de cuidado e mais obediência às determinações do uso de máscaras, álcool 70 e distância de dois metros entre pessoas. Não dá para reconhecer que Sergipe está sob controle, em razão de o governador Belivaldo Chagas (PSD) ter adotado medidas rígidas a tempo de evitar que o Covid-19 se alastrasse e provocasse uma asfixia no sistema estadual de Saúde.

Não dá também para desconhecer que o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), arregaçou as mangas e ficou à frente de uma operação intensa para conter o corona, antes que provocasse maiores danos à população da Capital. Ambos agiram de forma “sincronizada”, digamos assim, e evitaram uma proliferação incontrolável. Como Sergipe não é uma ilha e fica difícil o controle individual de cada cidadão, não dá ainda para garantir que o índice de crescimento, visto hoje no Brasil, não chegue com intensidade em todos os Estados e provoque danos lamentáveis.

Belivaldo Chagas flexibilizou o decreto sobre a quarentena e autorizou a abertura de segmentos do comércio, indústria e serviços. Pode até avançar nesse funcionamento na próxima semana, mas se não for detectado um comportamento que oscile para maior índice de contaminação no Estado. Ainda não se chegou ao picos da doença, mesmo que a linha não seja ascendente, a ponto de retornar à rigidez anterior. É exatamente por isso que o governador não deve “tirar o pé do freio e engatar uma banguela”, porque ainda não há sinalização de que a pandemia estacionou ou está decrescente.

A população não cumpre rigorosamente as orientações para evitar contaminação. O cuidado é de alguns poucos que são vulneráveis ao vírus ou que têm medo de adquiri-lo. Hoje, também em todo o Estado, as aglomerações em frente às agências bancárias, principalmente da Caixa Econômica Federal, são o maior gargalo para contaminação, que merece cuidados tanto das pessoas, quanto de setores da segurança. O Governo Federal deposita, nessas agências, a ajuda financeira de R$ 600 para quem não tem renda fixa, além do Bolsa Família e do seguro desemprego.

A população mais carente se aglomera em frente às agências como se fosse salvar suas vidas [e pode até ser] e não há como atender a tantos em pouco tempo, mantendo certa rigidez para controlar distancias no interior delas. Além disso, as filas são intermináveis de muitos que não tiveram o dinheiro depositado, por problemas no CPF. Com toda essa balbúrdia, quem controla a contaminação? Tudo isso sem contar com supermercados, feiras livres e tudo o mais que reúne pessoas, a maioria sem obedecer às orientações sanitárias.

Lógico que há necessidade de se encontrar um meio de evitar a proliferação sem implodir a economia. E isso está sendo feito de forma que não crie clima favorável à proliferação do vírus, o que só acontece se todos entenderem a necessidade de um controle rígido nas regras de convivência social, para que não se chegue ao caos no sistema de saúde e se passe à triste situação dos sepultamentos coletivos.

Belivaldo reage

O governador Belivaldo Chagas (PSD), apesar de flexibilizar na abertura de segmentos do comércio, demonstra preocupação com a propagação do coronavirus.

*** Ele reforça o pedido para que pessoas evitem aglomerações e fique em casa.

*** O governador deixa claro que o decreto que flexibiliza alguns setores pode ser mudado a qualquer momento se a população não colaborar.

Colapso na Saúde

É verdade que parte da população não está atenta ao risco da propagação e mantém o pensamento exposto de que se trata de uma “gripezinha”, sem maiores consequências.

*** Mas o perigo está em vários Estados, onde o sistema de saúde entrou em pane e tem pessoas morrendo sem sequer chegar ao hospital.

*** Falta leitos, falta condições para atendimento médico, e os sepultamentos estão sendo feitos de forma coletiva. É bom ir devagar com o andor…

Cidades do interior

Prefeitos de cidades do interior também precisam reagir em suas cidades, porque a população não acredita na pandemia e transita como se não houvesse nada.

*** É bom lembrar que o número de infectados está aumentando em alguns municípios, mas poucos abandonam as reuniões nos bares e churrascos nos sítios. Não dá para minimizar a força do Covid-19.

Teste em farmácias

A Anvisa aprovou a realização de testes rápidos para diagnóstico de coronavirus em farmácias. Até agora, os exames eram feitos obrigatoriamente apenas em clínicas, laboratórios e hospitais.

*** A medida foi aceita por unanimidade e vale enquanto durar a situação de emergência.

Precisa gerar token

Senador Rogério Carvalho (PT) considera que os “relatos de descaso do Governo, com o pagamento do auxílio emergencial, são revoltantes. Cidadão chega para receber e é informado que precisa gerar token”.

*** Tokens são dispositivos físicos que auxiliam o usuário quanto à segurança pessoal ao gerar uma senha temporária de proteção para as contas que ele utiliza.

*** Segundo Rogério, “gente simples, que nem celular possui. Tem uma hora para pegar o auxílio ou o código expira. Burocracia criada para não pagar o benefício”!

Paralisar a PF

A promotora Maria Eugênia Deda diz: “nós já conhecemos o jeitinho pra paralisar a PF. Corta papel, falta de tinta pra impressora, deixa de pagar a conta de luz…”

*** – E continua: “na época da Lava Jato, Moro teve que liberar verba pra pagar a conta de luz da Polícia Federal em Curitiba…”

Comando da PF

Maria Eugênia explica que “a nomeação do Comando da PF é autorizada por lei ao presidente da república, mas não é cheque em branco para nomeações segundo interesse pessoal”.

*** – A escolha deve consultar o interesse público e não pessoal do presidente, parlamentar ou de sua família, conclui.

A perda de Moro

Nas conversas por telefones, lideranças políticas acham que a queda do ministro Sérgio Moro atinge, de alguma forma, a candidatura de Danielle Garcia (Cidadania), à Prefeitura de Aracaju.

*** – Moro era o patrono dela na disputa pela Prefeitura e, de alguma forma, ela ficou sem o Ministério.

*** – Concordaram que ele pode perder fôlego, caso não forme um bloco coeso na Capital.

Acha que dá discurso

O pessoal vinculado ao Cidadania tem outra opinião: primeiro acha que a saída de Moro prejudicou o Brasil e isso dará o discurso que Danielle precisa para tratar de corrupção.

*** Um deles disse que Danielle terá espaço para falar de Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula, através de “uma louvação a Moro”.

Harmonia entre poderes

O deputado federal Fábio Reis (MDB) disse que o seu partido defende a harmonia entre os poderes, em Brasília, principalmente em relação ao presidente Bolsonaro e o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM).

*** Não falou sobre o episódio Moro/Bolsonaro e endossa as palavras do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, de um entendimento nesse momento.

Trocaram ideias

Antes de participar de reunião com o presidente Bolsonaro, semana passada, Baleia Rossi tratou sobre a pauta com Fábio Reis e trocaram ideias.

*** Baleia sempre consulta Fábio nesses momentos políticos do MDB.

De carro a Brasília

O presidente regional (em exercício) do MDB em Sergipe, Sérgio Reis, é o candidato do grupo a prefeito de Lagarto e tem conversado, por telefone, com lideranças do município.

*** Ontem Sergio viajou a Brasília de carro para tratar de assuntos ligados ao MDB.

JB fica fora

O MDB não vai se distanciar do presidente Jair Bolsonaro, manterá vinculo político sem ser integrante de um bloco coeso e determinado a defendê-lo.

*** O ex-governador Jackson Barreto deixará o MDB logo após as eleições municipais e ficará sem legenda até 2022.

Prática de tiro

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) diz que não vê problema se Bolsonaro reserva tempo para praticar tiro: “é atividade lícita e ele quer se divertir”.

*** – Vejo problemas no poço de ineficiência em que o Ministério da Saúde foi transformado e na lentidão no atendimento aos cidadãos, que se acumulam nas filas da Caixa. Falta foco nos problemas reais, disse.

Sukita está preparado

O ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Sukita (Republicanos) está conversando com lideranças do município e se diz preparado para “ganhar as eleições a prefeito”.

*** Sukita também conta com o DEM e diz que sente que “Deus está nos devolvendo tudo”.

*** Sukita aproveita esse momento de pandemia para sugerir sobre atividades físicas, como pular corda, por exemplo.

Bloco estruturado

Dois articuladores avaliaram ontem que o coronavírus atrapalhou a formação de grupos políticos para a disputa das eleições municipais, principalmente em Aracaju.

*** A maioria dos pré-candidatos ainda na teve condições de formar alianças.

*** Concluíram que apenas o prefeito Edvaldo Nogueira, que tenta a reeleição, já tem um bloco estruturado.

Um bom bate papo

Sessão Remota – Assembleia Legislativa fará hoje a terceira sessão remota para votação de decretos do Governo do Estado.

Campanha por live – O pré-candidato do PT à Prefeitura de Aracaju, Márcio Macedo, tem feito lives para se comunicar com eleitores.

Dedicação total – O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, tem se dedicado exclusivamente ao combate do coronavírus e não trata sobre política.

Nova reunião – O Diretório do DEM em Aracaju volta a se reunir hoje à tarde e trata sobre as eleições municipais de outubro.

Ciro Gomes – Nesse ano de tragédia, o Brasil vai entregar R$ 482 bilhões de juros para os bancos, nenhum país do mundo faz isso.

João Campos – Exército admite que revogou portarias de controle de armas por pressão do governo e de redes sociais.

Clóvis Silveira – Políticos mau caráter é como a nuvem, toda hora muda de posição, depende tão somente do seu interesse!

Segundo a Folha – A fritura de Regina Duarte tem aval de Jair Bolsonaro, insatisfeito com sua atuação inexpressiva em dois meses no Ministério da Cultura.

Resposta triste – Perguntado sobre o número de mortes pelo Covid-19 acima de cinco mil, que superou o da China, o presidente Bolsonaro fez pouco caso: ‘E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?’.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Leia também