Diante da crise sanitária provocada pela pandemia do coronavírus e o estabelecimentos dos decretos estaduais e municipais, as aulas em todas as escolas no estado de Sergipe estão suspensas. Muitas dessas escolas estão desenvolvendo aulas no sistema online, contudo há uma enorme parcela da população, principalmente os estudantes de baixa renda que se concentram em sua maior parte na rede de ensino público, não tem condições sociais e econômicas para acompanhar as atividades escolares nessa modalidade online.
Baseado nesse cenário, estudantes, professores e organizações da sociedade civil criaram o movimento Adia Enem em Sergipe com o intuito de pressionar o Congresso Nacional e o Ministério da Educação para que possam adiar o Exame Nacional do Ensino Médio.
“Já existe uma movimentação nacional liderada por diversas organizações do movimento estudantil e da sociedade civil para o adiamento do ENEM e nós, aqui de Sergipe, estamos aderindo porque é uma pauta necessária o adiamento da prova para que haja condições de igualdade entre os estudantes de baixa renda em relação aos estudantes com melhores condições financeiras”, afirma Uilliam Pinheiro, um dos líderes do movimento.
Já há propostas de projetos de lei e decretos legislativos tramitando na Câmara dos Deputados versando sobre a possibilidade adiamento da prova. A proposta que tem mais força na Câmara dos Deputados é o projeto de Decreto Legislativo (PDL) 167/2020, assinados pelos deputados Professor Israel Batista (PV-DF), Tabata Amaral (PDT-SP), Eduardo Bismarck (PDT-CE), Célio Studart (PV-CE), Danilo Cabral (PSB-PE), Raul Henry (MDB-PE) e Tereza Nelma (PSDB-AL).
Aqui em Sergipe, a mobilização iniciou-se no início de maio e foi criado uma plataforma chamada Sem Aula, Sem ENEM que já disparou cerca de 1800 emails para a bancada sergipana na Câmara dos Deputados para que eles possam apoia o projeto de adiamento da prova.
“Nós, professores e estudantes, estamos mobilizando a sociedade civil para aderir ao movimento realizando uma campanha forte nas redes sociais para sensibilizar o ministro da Educação e os parlamentares que não há condições para manter a data da prova”, ressalta o professor Junior Lima.
Segundo os líderes do movimento, o próximo passo será buscar o diálogo com cada deputado federal e senador sergipano para apresentar a pauta e solicitar o apoio.
Fonte e foto assessoria