Aracaju, 18 de abril de 2024
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PMA contrata e capacita profissionais da saúde que atuarão no hospital de campanha

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A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), está contratando e capacitando os profissionais que atuarão no Centro de Atendimento Provisório para os casos de covid-19 na capital, o hospital de campanha. Os treinamentos estão sendo realizados pelo Centro de Educação Permanente da Saúde (Ceps/SMS).

Nas últimas semanas, os trabalhadores da saúde, de diversas áreas de atuação, têm passado por uma atualizações para aprender a abordar, identificar e fazer o manejo clínico dos casos suspeitos de covid-19, conforme Protocolo do Ministério da Saúde.

Esses profissionais têm sido orientados e trocam experiências também sobre o fluxograma de atendimento, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ao se paramentar e desparamentar sem se contaminar, e os tipos de casos suspeitos, de maneira que tanto aqueles que atuarão na área pela primeira vez quanto os que possuem anos de serviços prestados possam estar aptos para a situação desafiadora.

“A ideia é conseguir nivelar com os profissionais todo o conhecimento necessário para atuar neste contexto de pandemia. Seja para os mais experientes ou os mais novos esse momento será provavelmente o mais importante de suas carreiras”, explica o coordenador de leitos da covid-19, médico Flávio Arcângelis.

Atuar na linha de frente no combate ao coronavírus na capital será a primeira experiência profissional do médico recém formado Rodrigo Damásio, 26 anos, que mesmo apreensivo acredita que há um propósito nobre no que irá fazer.

“A pandemia teve um impacto muito forte e direto sobre a minha formação. Devido a ela os estágios foram suspensos, as atividades curriculares reduzidas, e em questão de dias recebemos permissão para colar grau e emitir registro profissional antecipadamente. Não há como fugir disso, guardar o diploma na gaveta e ignorar o que está acontecendo. A maior motivação foi a oportunidade de ajudar de maneira efetiva”, conta.

Por se tratar de uma situação excepcional no país mesmo, aqueles com décadas de experiência, como é o caso do técnico de enfermagem Allex Rohden, que trabalha há 25 anos no Sistema Único de Saúde (SUS), precisam se reinventar.

“É algo novo e o que eu faço como profissional é adotar as medidas que a ciência orienta, com base em evidências e estudos. Por isso os treinamentos são importantes, nos permitem nos apropriar do conhecimento para agir com segurança necessária para mim, meus colegas e pacientes”, afirma.

Nessa missão humanitária todos possuem um papel importante, alguns prestando o serviço essencial de cuidar dos enfermos outros respeitando a necessidade de quarentena, com o objetivo de achatar a curva de transmissão do vírus e, assim, evitar o colapso do sistema.

“Eu espero que essa situação passe logo, que a população se conscientize, porque ainda tem muita gente que não acredita na gravidade, no quanto pode matar. É uma guerra invisível, não é uma brincadeira. Todos precisam se cuidar, não apenas os profissionais da saúde”, ressalta a técnica de enfermagem Rose Mary Santos.

AAN
Foto: Marcelle Cristinne

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