Aracaju, 9 de julho de 2025
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PARA MILTON, RODÍZIO DE VEÍCULOS PODE CONTRIBUIR PARA AUMENTAR O COVID-19

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O empresário e advogado Milton Andrade demostrou a sua preocupação com a possibilidade de haver rodízios de veículos em municípios sergipanos, conforme anunciou o Governo do Estado ao ampliar, ontem, as medidas previstas no Decreto 40.598. “Certamente estamos diante de uma situação complexa e que pode ter um efeito desfavorável, pois impor rodízio de carros é empurrar a população para o transporte público, onde o risco de contaminação é muito maior. É no transporte individual que se evita o contágio”, afirmou Milton.

Ele ressaltou o alerta feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de que o distanciamento social é a medida mais eficaz para evitar a proliferação do coronavírus. Para Milton, estabelecer rodízio, além de não ter comprovada a sua eficácia, é uma decisão que pode contribuir ainda mais para a infecção de pessoas, uma vez que terão que se expor dentro de um ônibus, por exemplo, onde todos os passageiros estarão amontoados, sem a garantia mínima de distância, por mais que estejam usando máscaras. “Foi o que ocorreu em São Paulo, onde o Governo teve que recuar da decisão porque aumentou, substancialmente, o número de pessoas, especialmente, nos horários de pico”, afirmou.

No entender de Milton Andrade, toda e qualquer medida visando o enfrentamento ao Covid-19 “deve ser tomada com base em estudos e planejamento, mas não por achismo ou mecanismo de pressão, pois pode redundar num efeito contrário e alargar, ainda, mais essa curva pandêmica”. Ele defendeu campanhas mais incisivas e constantes no sentido de conscientizar os cidadãos a respeito da gravidade do problema e sobre os riscos da exposição que podem gerar contaminações nelas próprias e em pessoas próximas.

“Sem planejamento e sem estudo que demonstre a eficácia das ações, não se tem efetividade, pois as medidas tendem a ter efeitos devastadores”, destacou, acrescentando que impor rodízio de veículos é possibilitar o contágio de sergipanos que, por necessidade, terão que se aventurar num transporte coletivo de passageiros.

Por Kátia Santana
Foto assessoria

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