A inversão acidental do acessório na face pode gerar a contaminação
O uso de máscara se tornou tão comum quanto usar uma farda de trabalho. Mas seu uso inadequado pode aumentar o risco de infecção. Cobrir completamente a boca e o nariz é essencial para a proteção, mas é preciso saber como manipular e higienizar o equipamento, evitando que haja vazamento pelas laterais.
A coordenadora de Biomedicina e Farmácia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Aracaju, Alyne Dantas, explica que manusear ou descartar o equipamento da forma errada pode aumentar o risco de contaminação. “A máscara precisa revestir completamente o nariz e a boca. Ela é uma barreira e quem já estiver contaminado não vai espalhar gotículas com o vírus ao falar, tossir ou espirrar”, lembrou a biomédica.
Ela observou, ainda, que o equipamento não deve se mover pelo rosto, mas moldar-se a ele. “Quem usa óculos sabe que é incômodo, porque as lentes embaçam. Mas não é possível mudar a posição da máscara, descendo o tecido para o meio do nariz. A fixação não vai ser perfeita”, afirma Alyne. Ela observa que alguns modelos têm um arame flexível por dentro, que deve ficar abaixo da região entre as sobrancelhas. “Essa é mais uma forma de moldar a máscara ao rosto”, ressalta a farmacêutica.
Alyne atenta que o acessório não pode ficar largo e deixar espaços nas laterais do rosto. “Com relação as máscaras de tecido, artesãos costumam perguntar se elas serão usadas por adultos ou crianças, justamente para fabricá-las no tamanho adequado. Mesmo assim, é possível que o equipamento fique largo nas laterais do rosto.
“A vedação precisa ficar completa. Mas é importante que o ajuste seja feito ainda em casa, com as mãos limpas. Não adianta fazer a adaptação no transporte público. Além de a pessoa ficar exposta ao vírus enquanto mexe na máscara, vai manuseá-la sem a higienização correta”, diz.
No momento de beber água, por exemplo, não é bom puxar a máscara para o queixo. “Ao fazer isso, você terá que encostar na parte do tecido, que pode estar contaminada. O ideal é só tocar nas cordinhas ou no elástico.
Além disso, há o risco de a máscara se inverter, ao ser tirada do queixo e posicionada novamente no rosto. “A parte externa, que talvez esteja com o vírus, pode virar para dentro e ficar em contato com a pele, justamente na área das mucosas, ocorrendo a contaminação”, adverte a professora.
As máscaras de tecido devem ser higienizadas com água e sabão ou podem ainda ficar de molho por cerca de 20 minutos, em uma solução com 10 ml de água sanitária e meio litro de água. Se quiser, pode usar um ferro quente para esterilizar o equipamento.
Fonte e foto assessoria