Aracaju, 28 de março de 2024

HENRI CLAY ANDRADE COBRA POLÍTICAS DE PROTEÇÃO ÀS PEQUENAS EMPRESAS

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
6

Ex-presidente da OAB/SE também criticou debate em torno de nova data para as eleições

O ex-presidente da OAB/SE, Henri Clay Andrade, vem cobrando do governo federal uma política de defesa das micro e pequenas empresas brasileiras. Em entrevista concedida ontem ao radialista Bob Júnior, na rádio Comunidade FM, de São Cristóvão, Henri Clay destacou a crise econômica gerada pela pandemia da covid-19 e suas consequências trágicas para os pequenos empreendedores. Ele ainda criticou o debate e mobilizações para definição de uma nova data para o processo eleitoral deste ano.

“Vivemos uma grave crise sanitária, de saúde pública. Já chegamos a quase 60 mil vidas perdidas e essa crise tem levado a uma forte crise econômica, com empresas falindo. E isso representa milhões de desempregos, mais de um milhão de trabalhadores já perderam os seus empregos, e não há uma política do governo federal para proteger as micro, pequenas e médias empresas. É preciso subsidiar as empresas que mais empregam”, apontou o advogado.

Ele criticou ainda o farto subsídio garantido pelo governo aos bancos (da ordem de R$ 1,2 trilhão). “Em 24 horas o governo concedeu R$ 1 trilhão e duzentos bilhões para os bancos, que não produzem nem um alface. E para as empresas que produzem e empregam, que fortalecem a economia nacional, que são as micro, médias e pequenas, nada. Esse segmento está aflito, falido e precisa de ajuda”, reforçou.

Para Henri Clay, o presidente deveria focar neste momento em estabelecer uma política de salvar vidas e empresas, ao invés de estar criando crises institucionais e políticas. “Ele cria crises institucionais e políticas completamente fora de hora, isso é completamente incompatível com o momento em que estamos vivendo”, reforçou.

Abertura

Dentro da preocupação com o segmento dos pequenos empresários, o advogado lembrou, durante a entrevista, que a abertura do comércio precisa ser bem avaliada, tendo em vista que em diversas cidades, isso levou a novo fechamento.

“O fato é: onde abriu, fechou. Cuiabá era a capital com menos contágio, porque fechou cedo. Hoje é uma das capitais com maior taxa de contágio, com hospitais lotados. Há pressão de discursos irresponsáveis, mas liderança é para liderar, não é para seguir qualquer pressão. E hoje está faltando ao Brasil um líder, um estadista, que conduza seu povo neste momento difícil”, concluiu HC

Eleições 2020

Questionado sobre a aprovação pelo Senado de uma nova data para as eleições municipais, Henri Clay considerou essa decisão temerária. “É temerário definir isso agora, porque estamos numa curva de ascendência de contágio e de mortos, não há perspectivas de melhoras. Não há um cientista no mundo que diga que o Brasil está tomando medidas suficientes para a saída desta crise, a perspectiva é de piora”, avaliou.

Henri Clay, que disputou as últimas eleições e foi o segundo candidato ao Senado mais votado em Aracaju, com mais de 50 mil votos, ainda destacou o crescimento dos casos da covid-19 em Sergipe: eram 14 mortes há dois meses e ontem o número já era de 654, além dos mais de 24 mil casos confirmados.

“Então é uma situação ainda muito indefinida, principalmente para aqueles que querem manter a eleição para 4 de outubro, o que considero completamente inviável. E mesmo pra 15 de novembro, não temos segurança de que nesta data vamos estar em condições de eleição, muito menos de campanha”, concluiu.

Por Max Augusto
Foto HC comunidade FM

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Leia também