Aracaju, 24 de abril de 2024
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Como será a pós pandemia?

Diógenes Brayner diogenesbrayner@gmail.com

Com o adiamento das eleições para novembro, há um alívio para a pré-campanha. Caso fosse mantida para outubro, haveria dificuldade em fazer o corpo a corpo, assim como as carreatas, os abraços, apertos de mão e melhor relacionamento com o eleitor. Mesmo com a transferência de data, a maioria começa a acreditar que haverá um limite entre a população e os candidatos, exatamente em razão do Covid-19. Há uma visão de que não existe perspectiva para o prazo em que se possa declarar “fim da pandemia”.

O Covid-19 só deixará de se expandir depois da aprovação de uma vacina eficiente e reconhecida em todo o mundo. Como se percebe que o vírus ganha força, e há até quem diga que ele está muito mais forte, não será daqui a seis meses que todos estarão livres para o que der e vier. Como já foi falado neste espaço, as novas eleições [se em novembro] não terão as mesmas características das demais. Até agora ninguém tem certeza de como será, mas se imagina que não haverá entusiasmo e nem vontade da popular em promover mudanças de prefeitos e vereadores.

O que interessa, nesse momento, é o controle do vírus, para que a vida volte ao normal, independente da campanha eleitoral, que não trará solução imediata para o grave problema, mas promessas e mentiras de que cada um tem a “melhor vacina”, para acabar com a pandemia e a vida voltar à realidade. Quem estiver à frente das Prefeituras pode mostrar trabalhos de combate ao Covid-19, os adversários criticarão e vão dizer que farão melhor, além de denúncias de algum tipo de corrupção, e o eleitor ficará na escolha entre quem já fez e aqueles que dão garantia de que farão.

Nesse momento já tem políticos defendendo adiamento das eleições para 2022. Não será fácil. Muita coisa precisa rolar para uma mudança que mexe com a constituição. Para avaliar, a transferência de data para o pleito acontecer em novembro, o centrão cantou de galo. Uma coincidência de pleito, onde se vota de vereador a presidente da República, será muito complicado, mesmo com o risco de ainda ter que se vencer traumas da pandemia ou ainda buscar conviver com ela.

O ano de 2020 passou a ser um marco na vida das gerações que chegaram ao século XXI e, sinceramente, ninguém estava preparado para tudo isso que vem ocorrendo. Não apenas os políticos, mas a população como um todo, que sentiu a vida revirar em poucos meses, sem saber quando isso vai acabar e muito menos como será o comportamento de todos quando o mundo voltar ao normal… É tudo muito difícil!

Covid-19 em crescimento

O índice do coronavirus cresce em Sergipe e também em todo o Brasil. As medidas de abertura podem recuar, em razão da desobediência da população na questão do isolamento social.

*** Não há obediência e o sistema de saúde está em asfixia, inclusive nos setor privado, onde os hospitais podem chegar a uma triste realidade de não poder atender por lotação.

Toque de recolher

O governador Belivaldo Chagas está muito preocupado com o crescimento e lamenta a desobediência da população, em relação a permanecer em casa.

*** Na próxima segunda-feira, o Governo pode tomar medidas em relação à abertura do comércio e até toque de recolher a partir das 19 horas.

Aliança programática

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) disse ontem que o seu partido ainda não fechou a coligação com PSDB até o momento: “Será uma definição do grupo, no momento oportuno”, disse.

Diante da pergunta de que “seria a nova política se unindo com a velha: Aécio Neves, José Serra?” Alessandro foi objetivo:

*** – Até onde sei, essas figuras não fazem parte do diretório municipal de Aracaju, disse.

*** Alessandro admitiu que “vocês (?) precisam decidir se o Cidadania está errado por ‘ser isolado’ ou está errado por conversar com outros partidos.”

*** Disse ainda que há possibilidade de apoiar a composição com o PSDB, “mas dentro de uma aliança programática”.

Conversa dura

Um membro do Cidadania, que atua na Secretaria da Segurança, amigo da pré-candidata à prefeita Danielle Garcia, disse que ela teve conversa firme com Alessandro Vieira.

*** Teriam tratado sobre dificuldades de composição, em razão da sisudez do senador e pouca disposição para relacionamento.

*** Teria deixado claro que iria iniciar contatos com outros partidos, independente da participação do senador e realmente “começou a atuar”.

Deve recuar

A mesma fonte disse que nessa questão de composições, Alessandro e Danielle divergem e só não chegará a um afastamento porque o senador recua em nome da unidade.

*** Acrescentou que Danielle Garcia não tem o estilo de se deixar comandar, quando sente que vai se prejudicar.

Perda de espaço

A Executiva do Republicanos vai questionar os dirigentes do partido em Sergipe sobre a perda de espaço dentro da administração, se a legenda vai apoiar o candidato a prefeito Edvaldo Nogueira (PDT).

*** A Executiva vai lembrar do apoio dado em 2016 e agora o de 2020, com uma perda de espaço muito grande.

Defende pleito único

O ex-prefeito de Estância, Ivan Leite (PSDB), acha que a pandemia não permitirá a eleição neste ano e admite que se acontecer será como “comer o bolo sem tirar da embalagem”.

*** Ivan Leite é favorável à mudança das eleições para 2022 e diz que “não tem nexo ter um pleito artificial só para cumprir uma tabela”.

*** Defende que os fundos que seriam gastos nas eleições sejam aplicados no combate ao coronavirus. Defende ainda a unificação eleitoral, “acabando com a reeleição”.

Aliado a Edvaldo

O presidente estadual do PP, deputado federal Laércio Oliveira, disse que o seu partido está aliado com a candidatura à reeleição do prefeito Edvaldo Nogueira.

*** Diz que o PP quer participar da discussão sobre indicação do vice e sugere um nome que tenha experiência administrativa e conhecimento sobre Aracaju.

Henri candidato

O ex-presidente da OAB-SE, Henri Clay (Rede), diz que agora que o congresso definiu as datas das convenções partidárias e das eleições, o partido começou a tratar de suas posições em Aracaju.

*** São elas: priorizar a viabilização política de candidatura própria e apresentar uma chapa qualificada, completa e competitiva para a Câmara de Vereadores.

*** E conclui: “sou pré-candidato a prefeito. Essa é a prioridade do partido”.

Rogério Alerta

O líder do PT, senador Rogério Carvalho, fez um apelo forte: “É importante que as pessoas saibam que a pandemia não está controlada, não tem vacina e nem remédio. Cuide-se e cuide de quem você ama”!

*** E pôs o banner: “O próximo pode ser você”. Lembrou que falta leito de UTI nas cidades do Brasil.

Pede afastamento

Simpol está fazendo documento para denunciar delegados que estão exigindo que os policiais com risco de contrair o coronavirus entrem de férias.

*** A diretoria do Simpol quer que todo esse pessoal de risco seja afastado, como acontece com os demais servidores estaduais.

Uma boa conversa

Melhor condição – Deputado Fábio Reis (MDB) estaria agora em melhores condições de disputar a Prefeitura de Lagarto. Mas não deseja deixar a Câmara Federal.

Nom trabalho – O ex-governador Jackson Barreto (MDB) acha que o prefeito Edvaldo Nogueira faz um dos melhores trabalhos no combate à pandemia do coronavirus.

Aliados bem – Jackson Barreto, da sua quarentena, faz um balanço dos municípios sobre as eleições e vê que os seis aliados estão bem.

Remédio de verme – O Ivermectina, remédio de verme, não chega para quer em Aracaju. Está sendo usado contra o coronavirus.

Lá para 2022 – Muitos políticos já contando como certo o adiamento das eleições para 2022. Mas será muito complicado…

Escola treina – Um colégio no bairro Jabotiana treina os alunos todos os dias na quadra. Vôlei, basquete e futebol de salão.

Fôlego a negócios – Com muitos comércios e serviços fechados, locação de equipamentos e produtos dá fôlego a negócios e movimenta quem está em casa.

Redução de salários – Presidente Jair Bolsonaro sanciona MP que permite redução de salários e suspensão de contratos.

Discurso maluco – Roda Viva com Haddad: Vera Magalhães diz que Bolsonaro fez “discurso maluco sobre mamadeira de piroca”

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