Aracaju, 28 de março de 2024

Vulgarizando a morte

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Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

As conversas interpartidárias foram reduzidas nos últimos dias. A política vem sendo um assunto de segunda ordem. O Covid-19 volta com toda a intensidade e provoca medo à população, responsável pela contaminação por absoluta irresponsabilidade. Ontem ouvi desabafo de um dos mais ilustres homens de comunicação do Estado: “não dá para controlar o povo e mantê-lo em recolhimento social”, disse e exagerou: “não dá para segurar mesmo. E quem não quiser obedecer, que morra!” A situação fica cada vez mais difícil em razão do absoluto definhamento do sistema de saúde. Não há leitos nos hospitais públicos e privados, principalmente de UTI.

A sociedade não é capaz de captar as consequências graves de uma situação que ela mesmo provoca. A rua pode ser o caminho do final de vida, mesmo assim todos saem à vontade e se põem em risco, além de colocar até familiares na mesma linha de vulnerabilidade à infecção. Não se consegue captar a razão dessa teimosia mortal, mas certamente é o descrédito, falta de convencimento de que a mortalidade é provocada pelo Covid, ou vontade mesmo de um desafio ao teoricamente abstrato. Enquanto isso, quem adquire a doença está sofrendo em leitos hospitalares, com chances reduzidas de se sobreviver.

Tem um fato muito grave acontecendo e que precisa ser levado em consideração: os leitos de hospitais particulares e públicos estão se esgotando. Não vai demorar a se assistir, impotente, pessoas morrendo à frente desses hospitais, exatamente por falta de vagas ou por absoluta exaustão dos médicos. Quando isso for registrado, cada cidadão que se aventurou em saídas desnecessárias, tem que se sentir culpado e pedir perdão pelo gesto inconsequente e até criminoso. Não dá mais para cruzar os braços diante de atos insolentes quanto o de sair às ruas: uma multa alta pode provocar um repensar, mesmo que não pague pela vida perdida.

Outras medidas podem ser adotadas, mesmo que não seja fácil controlar ímpetos e rebeldias. O toque de recolher a partir das 19 horas até a manhã seguinte, inclusive com prisão para quem desobedecer, pode ser uma boa decisão para reduzirem as saídas e evitar qualquer aglomeração. Pode-se até clamar pelo direito de “ir e vir”. Mas, quando esse gesto democrático pode causar contaminações e lever à morte, o melhor é imprimir um regime de exceção. Há muitas medidas a adotar, mas precisa ter coragem de exceder ao máximo, sem que pese na consciência um ato que se pratica para salvar vidas.

Sinceramente nada é fácil, mas não se pode vulgarizar a morte, mesmo que se tenha absoluta convicção que ela será o destino de todos.

Covid ou a mingua

O jornalista e biólogo César Gama diz que “hoje no mundo não há muitas opções: ou se morre de Covid-19, ou se morre a mingua. Você escolhe”.

*** – Tenho saído para tentar sobreviver, mas está muito perigoso tudo isso, disse.

Enfermeira está mal

César Gama conta que uma enfermeira chefe de Capela obteve o vírus há 40 dias e ficou boa. Há cinco dias teve uma reinfecção.

*** Está agora na UTI do Cirurgia, em estado grave, praticamente desenganada, “e os médicos receitando um medicamento para verminose, a Ivermectina”.

Sem contra indicação

A Ivermectina tem sido um medicamento consumido como água em Sergipe e em todo o Brasil. Segundo alguns médicos,  coronavirus tem menor potência e desaparece rapidamente.

*** O uso do Ivermectina é receitado com antibiótico e vitamina. É realmente um remédio para verme, mas os médicos explicam: “não tem contra indicação. Se não cura, também na mata”.

Resistência no MPF

Deu no Relatório Reservado, a proposta apresentada pelo vice-procurador geral da República, Humberto Jacques, de criação de uma Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Unac) enfrenta forte resistência dentro do Ministério Público Federal.

*** Primeiro, porque a nova estrutura tiraria poderes das forças-tarefas, como a Lava Jato. Segundo, porque todos sabem que o verdadeiro pai do projeto é o procurador geral da República, Augusto Aras, que amarga crescente índice de reprovação entre os demais procuradores.

Henri faz correção

O ex-presidente da OAB-SE, Henri Clay, corrigiu ontem parte da nota publicada na coluna em relação ao PT. Diz que “é falsa a informação de que eu teria proposto ser candidato a prefeito pelo PT, e o partido não havia aceitado”.

*** – A verdade é que o presidente estadual do PT, deputado federal João Daniel e o senador Rogério Carvalho formularam o convite para eu ser candidato a prefeito pelo partido, disse.

*** E continuou: “além deles, também recebi convite no mesmo sentido de Joel Almeida e a garantia do apoio integral da ex-deputada Ana Lúcia e do deputado estadual Iran Barbosa”.

Marcio apareceu

Henri Clay conta ainda que “as conversas não avançaram porque Márcio Macedo manifestou a sua decisão de ser candidato a prefeito, e, pelo seu histórico no partido, foi reconhecido por todas as lideranças o seu direito precedente”.

*** E conclui: “estabelecemos com todos uma conversa política clara, cordial e sincera. E foi encerrada sem qualquer aresta”.

Definição sobre vice

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) volta a afirmar que a definição do vice para a pré-candidata à prefeita do partido, Danielle Garcia, será feita pelo grupo político, com toda transparência.

*** Alessandro diz que “estamos conversando com diversos partidos, buscando uma composição baseada no programa de Governo”.

*** Para o senador, o Cidadania terá cerca de 30 candidaturas majoritárias e “vamos buscar sucesso em todas”.

PT e Cidadania

Em Estância fala-se pouco em composições políticas e mais na proliferação do Covid-19, mas podem acontecer algumas alianças políticas que devem surpreender.

*** Hoje o pré-candidato e prefeito de Estância pelo PT, José Domingos Machado (Dominguinhos), vai conversar com Sueli Barreto, pré-candidata pelo Cidadania.

*** Não há nada decidido, mas não é difícil ocorrer um entendimento, já que os dois partidos vão sair sem alianças com outras legendas.

Fica incontrolável

No município de Estância há medo com o aumento de pessoas contaminadas e pela dificuldade para leitos de enfermaria e UTI.

*** Dominguinhos, do PT, acha que o prefeito Gilson Andrade está perdendo todo o controle e que se até dia 15 não houver um bloqueio na cidade, à situação ficará incontrolável.

Um nome forte

Um forte líder e bom articulador da oposição acha que é preciso se ter nome certo, em condições de disputar as eleições municipais em Aracaju, para que se faça uma aliança segura para apoiá-lo.

*** Admite que é preciso saber em quem os eleitores de Bolsonaro votam a prefeito de Aracaju, Acha que isso será importante…

Os nomes vetados

Um integrante dedicado de grupo que apóia o presidente Bolsonaro em Sergipe, disse ontem que o bloco ainda não fala em quem vota a prefeito de Aracaju. Vetam Márcio Macedo (PT), Danielle Garcia (Cidadania) e Edvaldo Nogueira (PDT).

*** O grupo tem verdadeiro pavor ao senador Alessandro Vieira (Cidadania). Acha que ele se aproveitou dos bolsonaristas quando quis ser eleito, depois “nos traiu”.

Três nomes citados

Segundo ainda a mesma fonte, apesar de não haver qualquer decisão, três nomes podem ter apoio do grupo: Georlize Teles (DEM), Emília Correa (Patriotas) e Valadares Filho (PSB).

*** Acrescentou que o nome do delegado Paulo Márcio (DC) ainda não foi comentado.

Uma boa conversa

André em Sergipe – O ex-deputado federal André Moura (PSC) está em Sergipe permanentemente e viaja por cidades do interior para fazer política.

Perda grande – Morte do poeta Amaral Cavalcante repercute em Sergipe, nas áreas culturais e jornalísticas. Amaral foi uma perda grande nessas áreas.

Operação policial – Vários políticos aliados a Edvaldo Nogueira foram levar-lhe solidariedade, ontem, e repudiaram a operação no Hospital de Campanha de Aracaju.

Segundo G1 – Investigação aponta assessor de Bolsonaro como responsável de página de fake news derrubada pelo Facebook.

Otávio Fernandes – O presidente, filhos e bolsonaristas estão sendo desmascarados todos os dias. Ontem foi o Facebook, já tinha sido o Twitter.

Depende da vice – Em Estância, segundo informações locais, se Adriana Leite for candidato à reeleição na chapa de vice do prefeito Gilson Andrade, fica tudo bem.

Pesar no bolso – O novo aumento da gasolina anunciado pela Petrobras deverá pesar no bolso de quem usa muito o carro. O preço médio do litro voltou pra casa dos 4 reais.

Clóvis Silveira – Consciência é aquilo que dói, enquanto todas as outras partes do seu corpo se sentem muito bem!

Diz a Folha – Juiz que não suspendeu nomeação de Weintraub ao Banco Mundial é tio do advogado de Queiroz.

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