Segundo a coordenadora do HCamp, Carolina Lopes, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, estruturou o hospital de modo que, mesmo sendo voltado para casos de baixa e média complexidades, pudesse atender a casos que se agravassem. “Porque é próprio da covid-19 esse agravamento rápido”, explica Carolina.
Quando isso acontece e o paciente precisa de cuidado de alta complexidade, que não é o perfil do HCamp, a equipe solicita a transferência para a UTI, através do Complexo de Regulação do Estado. “O médico elabora um documento de solicitação de vaga, com todos os dados do paciente, exames, prescrição médica do dia e documentos pessoais, principalmente o resultado do teste para covid-19, já que é um leito específico”, relata a coordenadora.
Quem faz a solicitação é o Núcleo Interno de Regulação, que aguarda o médico regulador cadastrar o paciente, verificar a documentação e, então, colocar o paciente na fila para aguardar a vaga. “Enquanto isso, diariamente, nós acompanhamos a situação, elaboramos um relatório para informar o quadro do paciente, que é como uma renovação de pedido, com o quadro clínico atual”, esclarece.
Quando acontece de vagar o leito, o médico regulador informa ao HCamp, que comunica à família e verifica se o Serviço Móvel de Urgência já foi acionado (Samu). “Porque o paciente só pode ser transferido se tiver instável, pois o transporte em si já pode desestabilizá-lo”, afirma Carolina.
Segundo ela, a ordem da fila não é cronológica, já que, muitas vezes, um paciente tem a solicitação feita anteriormente, mas a vaga disponível é para outro paciente. “O que percebo na prática aqui no HCamp é que pacientes com disfunções renais, por exemplo, demoram mais para serem regulados. Acredito que, mais do que o critério cronológico, seja avaliado o quadro clínico do paciente e a vaga disponível”, analisa.
Os 26 leitos que podem ser adaptados para a estabilização de pacientes no HCamp estão na Ala Vermelha, mas a intenção é de ampliar esses leitos, já que tem havido aumento do número de casos e de agravamentos dos quadros clínicos dos pacientes. “A Prefeitura está se antecipando e estruturando melhor o Hospital para casos que se agravem, disponibilizando outros leitos, da Ala Laranja, para esse tipo de quadro”, revela Carolina Lopes.
Segundo a coordenadora da unidade, a Ala Laranja foi toda estruturada com equipamentos necessários para a intubação. “A esses 26 leitos da Ala Vermelha, outros poderão ser acrescidos pelos da Ala Laranja, caso haja necessidade de ampliar esse tipo de leito com condições de estabilização”, reforça.