Aracaju, 19 de abril de 2024
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POSSIBILIDADES DO GNL NO ESTADO DE SERGIPE SÃO DESTAQUE EM ENTREVISTA

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Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico falou sobre o tema ao Poder 360

A posição de protagonismo ocupada por Sergipe no debate sobre o mercado do Gás Natural vem alcançando destaque nacional. Em recente entrevista concedida ao portal Poder 360, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia, José Augusto Carvalho, destaca o potencial de Sergipe no fornecimento de Gás Natural Liquefeito (GNL) a outros estados do Nordeste, além de abordar outros temas.

A reportagem salienta a presença, no estado, do primeiro terminal privado de regaseificação de GNL do Brasil, ressaltando a possibilidade tangível de que o combustível seja transportado a localidades em um raio de até 1000km – a exemplo de estados como Bahia, Alagoas, Pernambuco e Ceará.

Atualmente, a prioridade das operações do terminal está destinada ao abastecimento da Usina Termelétrica (UTE) Porto de Sergipe I, sob responsabilidade das Centrais Elétricas de Sergipe (Celse). A unidade tem capacidade de geração de 1.551 MW e pode atender a 15% da demanda de energia da região Nordeste. Durante a entrevista, o secretário frisa a importância dos chamados corredores azuis no processo de expansão e exploração desse potencial.

“O GNL deve ser transportado em caminhões para o interior do estado, para ser regaseificado. Este é um projeto pioneiro que já deveria estar em operação, mas que ainda não ocorreu por conta da pandemia. É um projeto que prevê o abastecimento de postos de gasolina e a implantação do corredor azul, que são caminhões movidos a GNL cuja ideia é substituir os movidos a diesel”, explica, acrescentando que a expansão das redes de gasoduto no estado deve ser executada com muito planejamento, contando com o apoio da iniciativa privada.

Destaques

Em se tratando da geração de energia, o secretário ressalta que a usina termelétrica funciona sob uma lógica de plantão, sendo sempre necessária por seu papel de suporte em caso de baixa dos reservatórios hídricos.

Outro destaque da entrevista é a discussão sobre os diversos segmentos propícios à exploração do gás natural em Sergipe, na qual o secretário lembra o setor de fertilizantes como uma grande aposta para o estado. “O Brasil é o país do agronegócio, um país com uma grande fronteira agrícola, e isso precisa da devida atenção. O gás natural é o único insumo necessário para fabricar a ureia. Outro ponto é que Sergipe é o único local do Brasil que tem uma planta de potássio. Ureia, potássio e fósforo são três componentes que são a base dos fertilizantes. Ou seja: Sergipe está muito bem nesse mercado”, pontua.

Os setores de cerâmica, vidro e cimento também foram lembrados por José Augusto Carvalho. “Na fabricação de cerâmicas de revestimentos, o gás natural entra com 35% do custo por metro quadrado. Outro ramo muito importante é o da fabricação de vidros, onde 30% do custo de produção de uma garrafa vem do gás. Mais uma planta que estamos incentivando é a de produção de cimento, já que Sergipe é um grande produtor de calcário, que é sua matéria prima. O Governo do Estado está incentivando essas indústrias a virem para Sergipe e se expandir”, lista o secretário.

Outra pauta abordada na entrevista foi a aprovação da Nova Lei do Gás (PL 6.407/2013), cuja tramitação foi recentemente alçada ao regime de urgência na Câmara para iminente apreciação no plenário. Na visão do secretário, a aprovação do texto representa benefícios não só para Sergipe, mas para todo o País.

A entrevista completa, concedida por videoconferência, pode ser acessada no canal do Poder 360 no YouTube. A íntegra da reportagem está disponível em https://bit.ly/2Xh64sn.

Fonte e foto ASN

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