No enfrentamento à pandemia da Covid-19, o Brasil não vai bem. Já são mais de 100 mil vidas perdidas, mais de 2,8 milhões de infectados e 12,4 milhões de desempregados, um cenário devastador para a maioria das famílias brasileiras. Assim, em defesa da vida, do emprego, da renda e dos direitos, o movimento sindical e social em todo o País organizou protestos e ocupou as ruas nesta sexta-feira, dia 7 de agosto, Dia Nacional de Luto e Luta em memória das vítimas da Covid19 no Brasil.
Em Sergipe, as trabalhadoras e trabalhadores fincaram cruzes na Pça General Valadão, no Centro de Aracaju e penduraram bandeirolas pretas pela praça em sinal de luto. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Roberto Silva falou sobre a incompetência do ‘desgoverno’ Bolsonaro diante da pandemia da Covid-19.
“O fora Bolsonaro é mais do que urgente no país. É um governo que não gastou nem 30% do ‘orçamento de guerra’ para o enfrentamento à pandemia, portanto são mais de 100 mil vidas perdidas e a gente entende que só Bolsonaro saindo da presidência (ele e toda a sua equipe de governo), só assim, poderemos ter uma política séria para proteger a vida das pessoas, proteger a economia, gerar emprego e renda para todas e todos os brasileiros”, observou o presidente da CUT/SE.
Várias categorias de trabalhadores e quase todos os dirigentes da CUT/SE participaram do protesto e relataram os cenários de contaminação, exposição à Covid-19 e perda de familiares e colegas em diferentes locais de trabalho.
Moradoras e moradores despejados da Ocupação Mangabeira denunciaram a forma truculenta, a violência psicológica contra as crianças e o ato desumano de mandar várias famílias para a rua sob o risco de contaminação e morte pela Covid-19. O padre Givanildo, Capelão da Saúde, também participou do ato e falou sobre a indignação de ver o Brasil sendo destruído pelo governo Bolsonaro.
A manifestação foi construída pela CUT, CTB, CSP-Conlutas, UGT, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Fórum Negro, Comitê Sergipano Popular pela Vida e UNE.
Por Iracema Corso
Foto assessoria