Márcio Macêdo (PT) apresenta exemplos de diversas cidades que, junto a parcerias importantes, conseguiram manter empresas e empregos
De 17 de março a 15 de julho deste ano, 335 empresas fecharam as portas em Aracaju. Os dados são da Junta Comercial do Estado de Sergipe (Jucese) e representam um dos efeitos devastadores da pandemia na capital. E isso tudo torna-se pior por uma dolorosa constatação: enquanto empreendimentos encerravam as atividades, diversos pais e mães de famílias, completamente esquecidos pelo PODER público municipal, perderam seus empregos, ficando, assim, sem nenhuma perspectiva de renda, sem qualquer alternativa de sustento e sem esperança.
Em todo o estado, desde o início da pandemia, 31.931 pessoas ficaram desempregadas. Se comparado ao total de número de colocações no mercado de trabalho neste mesmo período, que foram 22.445, o saldo é -9.486. Um número negativo e que, trazendo para a realidade da capital, que concentra mais de 60% das vagas de emprego em Sergipe, significa mais de 5.600 cidadãos desempregados, conforme apontou a previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números trazem preocupação. Sobretudo porque a atual gestão, conforme apontado pelo pré-candidato a prefeito, Márcio Macêdo, não criou nenhum programa de atenção aos trabalhadores e trabalhadoras da capital.
“Temos diversos exemplos no Brasil de municípios que criaram renda mínima para matar a fome do povo. Aqui em Aracaju a população carente foi esquecida. E o pior de tudo é perceber que, mesmo com os recursos que têm em caixa, a Prefeitura não ajuda os mais carentes. Em Macaé, Lorena e Araraquara, por exemplo, os prefeitos agiram com responsabilidade, e têm se empenhado em estender as mãos aos micro e pequenos empresários. Eles têm se sensibilizado com a classe trabalhadora. Edvaldo, não. Ele não pensa naqueles que, realmente, necessitam”, pontua o petista.
Em alguns municípios brasileiros, prefeitos firmaram parcerias com entidades de fomento econômico para dar suporte aos microemprendedores e pequenos empresários. O objetivo foi oferecer orientações sobre planejamento, gestão de pessoas, logística, gestão de conhecimento, sustentabilidade, valores, políticas da empresa, inovação digital e aporte financeiro a fim de auxiliá-los nesse momento de pandemia.
Em Alagoas, por exemplo, uma parceria entre o Centro Universitário Mario Pontes Jucá (UMJ), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e prefeituras, têm feito com que estudantes do curso de Recursos Humanos, Logística, Marketing e Administração têm atuado em ações de consultoria com diversos MEIs. A prática, além de colaborar com o suporte de gestão a esses trabalhadores e trabalhadoras, contribui, diretamente, com a formação desses estudantes. Dando a eles vivência prática ao que aprendem em sala de aula.
Outro exemplo de apoio aos microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas vem do município de Campo Bom, no Rio Grande do Sul. Lá, a prefeitura desenvolveu um estudo que tem viabilizado, mensalmente, o montante de R$ 315 mil que têm sido destinados a esses empreendimentos com foco na manutenção de negócios e de empregos na cidade e região circunvizinha. Os recursos, que são oriundos do próprio tesouro municipal, foram gerados a partir da suspensão dos eventos públicos. Com isso, a prefeitura tem destinado os valores através do Programa de Incentivo à Geração de Emprego (Pige). Além disso, as empresas também contam com o apoio do Programa Supera, que é uma parceria da prefeitura com o Sebrae.
Neste projeto, conforme anunciado pela gestão local, fica estabelecido o acesso a subsídios entre R$ 1,5 mil e R$ 4,5 mil por empresas, sendo destinado a depender do porte da empresa. Porém, é preciso cumprir uma determinação: só tem acesso quem não demitir funcionários.
Também no Rio Grande do Sul, a gestão do município de Venâncio Aires, localizado no Vale do Rio Pardo, criou o Plano de Recuperação Econômica Pós-Pandemia, com o apoio do Sebrae. A ideia, de acordo com a prefeitura, é desenvolver ações que possam acelerar o desenvolvimento local, sobretudo no âmbito dos MEIs e pequenos empreendedores.
Já em São Bernardo do Campo, estado de São Paulo, a prefeitura, através da Sala do Empreendedor, criou uma série de cursos online voltados a gestão de negócios, de forma gratuita aos usuários. Nele, conforme anunciado, os participantes têm acesso ao programa de crédito com juro zero, além de 5 horas de consultoria individual.
“São vários os exemplos de boa gestão e compromisso com a manutenção de empregos e renda em todo os Brasil. E isso independe de sigla partidária. É preciso, neste momento, que a gestão tenha sensibilidade e responsabilidade. Pois, existem recursos que podiam ser aplicados na manutenção de micro, pequenas e médias empresas, como também parcerias criadas com entidades para auxiliar esses empreendimentos. Mas nada foi feito. As pessoas não podem continuar a mercê da Covid-19 e, também, da fome. É preciso olhar humano. Atenção. Amor ao próximo. Mas, infelizmente, até agora, não foi feito nada. Mas o dinheiro continua em caixa, sem nenhum uso”, afirma Márcio Macêdo.
Fonte e foto assessoria