Pré-candidato defende união de partidos de esquerda com foco na repaginação de projetos já desenvolvidos pelos governos do PT
Em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quarta-feira, 09, o pré-candidato a prefeito de Aracaju, Márcio Macêdo (PT), discorreu sobre algumas definições que já foram tomadas pelo Partido dos Trabalhadores em relação ao pleito deste ano. Entre os pontos apresentados está a certificação da aliança com o PROS, o diálogo com outros partidos, a exemplo do REDE e PSOL, e o pai do ex-presidente Lula.
“Para nós foi muito importante essa aliança, além de aumentar nosso tempo de televisão, que nos deixa próximos a 13 minutos, possibilita que a gente possa dialogar no momento adequado, com programa eleitoral de TV e rádio com a população aracajuana. Nós temos uma atuação em nível nacional. Estivemos juntos em 2018, para pré-campanha e campanha de Fernando Haddad, e já estamos discutindo sobre a continuidade dessa aliança em 2022. Dentro dessa linha de construção dos dois partidos, que prioriza um projeto democrático e popular para o Brasil, nós nos aproximamos muito em Aracaju. Além disso, a relação histórica que Robson e Sérgio Viana têm com os projetos liderados pelo PT, iniciados lá com o ex-governador e ex-prefeito Marcelo Déda, nos dão mais certeza dessa união. Estou muito feliz que são partidos que têm uma grande tradição de campanha de rua, de relação direta com o povo, de organização popular, e isso nos deixou bastante satisfeitos com esse processo”, disse.
O nome de Henri Clay, de acordo com Márcio, continua em alta nas discussões do partido. Contudo, ele assegura que aguarda a decisão dele e de seu partido. “O REDE também é um partido irmão do PT e que tem entre os seus dirigentes pessoas que militaram ao lado do PT. Então estamos dialogando em cima de um programa e de um projeto partidário. Eu estou aguardando com muito respeito nesse momento. Se for possível, ótimo, nós vamos juntos, se não for, a gente segue o caminho e vamos para o debate e o PT, junto ao PROS, define quem será o vice. Eu espero que a gente possa avançar e consolidar e ampliar essa cena de esquerda que nós já consolidamos com o PROS”, pontuou.
“Mas Henri Clay e eu temos muitas coisas que nos unem. A democracia, a luta contra a redução de direitos da classe trabalhadora feita pelo governo desse presidente Jair Bolsonaro, a luta em defesa dos servidores públicos, a luta por uma cidade com participação popular justa. Isso tudo nos une e nós estamos dialogando, estamos conversando. Estamos amadurecendo, avançando no diálogo e vamos discutir ainda essa semana, para que ele e o REDE possam fazer essa reflexão”, acrescentou.
Lula
Em outro momento da entrevista, Márcio Macêdo ressaltou a importância do nome de Lula como combustível motor para toda a militância. Ele acredita que o pronunciamento do ex-presidente, no último 07, trouxe de volta à esperança pela luta em favor das mudanças sociais – reforçando a forte influência dele na condução dos projetos da sigla e, também, do pleito deste ano.
“Foi um pronunciamento muito responsável com o país e muito afinado com o que está acontecendo com a nossa gente. Se você comparar o pronunciamento de Lula com o de Bolsonaro, você vai ver a diferença entre o estadista para um aventureiro. E o que eu não quero que aconteça na minha cidade, que ela não caia em mãos aventureiras, mas, sim, cair na mão do povo que é o que nós estamos propondo com a nossa pré-candidatura. Mas o Lula deu uma aula de gestão, de política e de cidadania, e de chefe de estado. Ele falou como um chefe de estado num momento de crise do país, apontando um caminho, sendo fiel a maioria do povo brasileiro, fiel ao lado que ele defende, que é o lado do povo e apontando para uma pacificação, visando ultrapassar esse processo de intolerância e fazer o Brasil voltar a ser feliz de novo”, declarou.
Além disso, Márcio também pontuou a capacidade de Lula apontar saídas para o Brasil, sobretudo pelo momento delicado que a nação tem vivido. “Ele colocou o boeing chamado PT na pista para poder decolar. Ele sinalizou que tem um projeto para o país, que tem um diagnóstico real do que nós estamos vivendo. O presidente Lula foi muito preciso na defesa da soberania nacional, de um país justo com seus filhos e isso nos inspira muito, nos dá coragem, nos dá ânimo e vontade de prosseguir a nossa luta e enfrentar esse momento com todas as adversidades, mas com a certeza de que estamos do lado certo da história”, reforçou.
Ainda na temática Lula, Márcio disse que o intuito da convenção partidária, no próximo dia 16, é não promover aglomeração e que, por isso, a ideia é realizar a formalidade que a legislação permite. “Estamos decidindo se vamos fazer alguma atividade de ordem política ou se será apenas algo formal. A partir disso, vamos programar atos políticos subsequentes, levando em consideração esse novo normal e essa nova realidade na pandemia. Dentro disso está previsto que, assim que as autoridades sanitárias permitirem, teremos a presença do presidente Lula nas cidades em que o PT tem candidaturas. Entre elas, Aracaju está incluída, sim. Então tenho certeza que ele vai estar na nossa campanha”.
Ele ainda revelou uma conversa que tiveram recentemente. “Falei com ele para parabenizar pelo pronunciamento e tivemos uma longa conversa. Ele estava muito consciente do que fez e me disse ‘Marcinho, estou aí para o que der e vier com você, o que precisar de mim estou à disposição. Vou aí e estaremos juntos nessa luta, porque Aracaju precisa voltar a ter uma administração compromissada com o povo, competente, uma administração que possa resolver os problemas das pessoas’. Isso foi muito importante, porque, com essa conversa, percebi o quanto ele continua disposto a ajudar o país e muito afim de nos ajudar a ganhar essa eleição. Tenho certeza que ele vai dar a contribuição dele aqui”, proferiu.
Fonte e foto assessoria