Aracaju, 18 de abril de 2024
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PREFEITURA DIVULGA NOVO LEVANTAMENTO DE INFESTAÇÃO DO AEDES NA CAPITAL

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Sendo uma das principais ferramentas utilizadas pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, no planejamento e execução das ações de combate ao Aedes aegypti, um novo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) foi realizado, entre 31 de agosto e 4 de setembro, e apontou que o índice de infestação geral de Aracaju foi de 1,4, valor considerado como médio risco para o aparecimento de surtos ou epidemias. Em relação ao último LIRAa, realizado em março, a capital apresentou a mesma classificação de risco, porém com uma queda no valor do índice de infestação de 12,5%.

Mesmo com a suspensão do acesso aos imóveis, entre os meses de abril e agosto, por conta da situação de pandemia, as ações de orientação junto à população foram intensificadas, assim como foram mantidas e adaptadas as estratégias que não colocam em risco os agentes e a população, a exemplo dos mutirões e aplicação de fumacê costal.

“O boletim do LIRAa apontou que dos 43 bairros da capital, 16 estão classificados em baixo risco, ou seja, 37,2% da cidade. Já o índice de infestação de 27 bairros registra situação de alerta, risco médio, o que equivale a 62,8% da capital. Também é importante ressaltar que nenhum bairro de Aracaju está com classificação de risco de epidemias, mas isso não é motivo para relaxar nos cuidados. A gestão seguirá com o trabalho intensificado, como tem feito ao longo de todo o ano, e a população também precisa colaborar fazendo sua parte”, considerou a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza.

E o alerta da secretária se faz necessário, visto que boa parte dos criadouros são encontrados nas residências. De acordo com o novo levantamento, 61,1% dos criadouros são reservatórios como lavanderias, caixas d’agua e toneis; 27,8% são vasos e pratos de plantas, ralos, lajes e sanitários em desuso; e representando 10,4%, o terceiro maior criadouro é encontrado nos lixos e entulhos das áreas externas das residências e comércios.

De acordo com a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Taise Cavalcante, os bairros com maior índice de infestação estão concentrados na mesma região.

“Nós observamos a zona norte como a zona de maior preocupação, porque o índice de infestação na maioria dos bairros está acima de 1. Os três principais bairros que deram 3,7 encontram-se nessa região, e quando a gente avalia os casos notificados das três doenças pelo Aedes, observamos que a maioria dos casos os bairros com maior notificação se encontram nessa região. Por isso é importante, a intensificação da comunidade, na eliminação de qualquer objeto que possa acumular água limpa e parada, porque é nesse, local onde tem o desenvolvimento do mosquito”, declarou.

Período de transmissão

Taise ressaltou ainda que, nos últimos dois anos o cenário epidemiológico do Aedes tem se modificado. “Essa transmissão sai do primeiro semestre e adentra o segundo. Temos maio, junho e julho, como os meses de aumento de casos, o que é preocupante porque são meses de chuva, e muita água fica acumulada, fazendo com que a gente tenha a manutenção da doença nesse período que não era esperado, para ter essa transmissão alta”.

Essa mesma alteração se reflete nos bairros com casos notificados. “No último ano todo, tivemos o Bugio como um dos bairros com maior notificação de chicungunya. Porém, agora em agosto, temos observado os bairros Santos Dumont e Jabotiana com um aumento no número de pessoas notificadas com a doença. Por isso precisamos redobrar os cuidados, porque esse ovo pode ficar na natureza por até 450 dias (um ano e meio) na natureza, esperando a água para se desenvolver. E se esse ovo já tiver o vírus, quando ele se transformar em mosquito adulto ele já inicia transmitindo a doença para a população”, explicou a diretora.

Ações executadas

No trabalho de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, em 32 dias de intervenções noturnas realizadas no início do ano, em 13 bairros da capital, resultaram em 3.637 imóveis visitados. Por conta da pandemia, as atividades foram suspensas em março e permanecem suspensas temporariamente.

Mesmo com as adaptações por conta da pandemia, as equipes concluíram dois ciclos de visitas domiciliares, e registraram entre janeiro e agosto 454.217 domicílios. O trabalho na coleta de pneus também foi realizado nesse mesmo período e já recolheu 33.352 pneus na capital.

De janeiro a agosto foram realizados 24 mutirões, em 18 bairros da cidade. Nesses 24 mutirões já realizados foi possível inspecionar 11.538 imóveis e eliminar e/ou tratar 777 criadouros e depósitos.

Paralelo ao trabalho desenvolvido nos mutirões também acontece, semanalmente, o bloqueio de transmissão nas áreas com casos notificados, por meio da aplicação do UBV Costal (fumacê) nos quarteirões dos bairros. Nos primeiros oito meses do ano, 33 bairros da capital foram contemplados pela atividade, totalizando 1.744 quarteirões tratados, alcançando um total de 90.366 imóveis.

Foto: André Moreira

Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju/SE

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