Aracaju, 25 de abril de 2024
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SE É O 3º ESTADO COM MAIOR TAXA DE CRESCIMENTO DO MEI DURANTE A PANDEMIA

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Número de empreendedores cresceu 14,2% entre os meses de abril e agosto

Um levantamento realizado pelo Sebrae mostra que Sergipe ocupa o terceiro lugar no ranking dos estados com o maior crescimento, em termos percentuais, de formalizações de microempreendedores individuais (MEI) durante a pandemia. Entre os meses de abril e agosto 6.284 pessoas aderiram ao MEI, número 14,2% maior que no mesmo período do ano passado quando foram realizadas  5.504 formalizações.

Esse índice coloca o estado como primeiro no Nordeste e atrás somente do Amazonas e Pará entre as unidades da federação no país com maior taxa de registro de microempreendedores. O MEI é categoria jurídica direcionada as pessoas que trabalham por conta própria, faturam até R$ 60 mil ao ano, não possuem participação em outras empresas como sócio ou titular e empregam no máximo um funcionário recebendo o salário mínimo ou o piso da categoria.

Entre as atividades que concentram o maior número de profissionais atualmente estão o comércio varejista de artigo de vestuário (6.122), cabeleireiros (5.903), promotor de vendas (2.598), comércio varejista de mercadorias em geral (2.298) e lanchonetes (1.993).

Segundo a gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae, Ana Teresa Silva Neto, uma das razões que explicam essa alta é o aumento do desemprego. Números do Ministério da Economia indicam que desde o início do ano já foram fechados 15.240 postos de trabalho em Sergipe.

“ O que estamos presenciando é um fenômeno bastante comum em períodos de crise, que é o chamado empreendedorismo por necessidade. Quem perdeu o emprego vai em busca de uma alternativa que possa garantir o seu sustento imediatamente e um dos caminhos escolhidos é a abertura do próprio negócio. O MEI se consolida como uma alternativa viável porque ele é o caminho mais fácil para esse público garantir alguns benefícios sociais, como o direito à aposentadoria”.

Preparação

Mediante o pagamento de uma taxa mensal de no máximo R$ 58,25 o trabalhador que se formaliza como MEI passa a contar com auxílio doença, salário maternidade, aposentadoria após 15 anos de serviço e pensão por morte. Outros benefícios importantes são poder vender para o governo, ter acesso facilitado aos serviços bancários e linhas de crédito.

A gerente do Sebrae indica que a alta no número de formalizações deve continuar ao longo dos próximos meses. “É uma tendência que permanecerá. Como a recuperação da economia provavelmente acontecerá de maneira mais lenta, presenciaremos um crescimento de registro de MEI durante os próximos meses. Muitas pessoas precisarão de uma nova fonte de renda e devem optar pelo empreendedorismo.

Para aqueles que pensam em abrir o próprio negócio, Ana Teresa dá algumas orientações. “Coloque a sua ideia no papel e reúna todas as informações possíveis sobre o mercado em que você deseja atuar para que seja possível estruturar melhor esse futuro empreendimento. Não hesite em buscar capacitações, sobretudo nas áreas que você não domine. Quanto mais preparado estiver o empresário, maiores são as suas chances de sucesso”.

Por Wellington Amarante

Foto assessoria

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