Aracaju, 25 de abril de 2024
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Inclusão do autista na escola pede respeito e reconhecimento

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Preconceito exclui e inibe o desenvolvimento da criança na educação formal

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma síndrome caracterizada por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Costuma ser identificado entre um ano e meio e três anos de idade, mas alguns sinais já podem ser notados nos primeiros meses de vida. Tal processo pode ser percebido pelos pais, mas muitas vezes são revelados na escola. Alguns professores percebem o comportamento das crianças e chegam até a direcionar casos para um diagnóstico. No mês da criança, educar, ou não, o autista com formalidade entra em discussão.

A professora do curso de Pedagogia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Aracaju, Suely Cristina Silva Souza, explica o relacionamento do professor com o aluno e em especial com a criança autista, cabendo a ele entender as condições necessárias para acolher esse aluno e tornar o ambiente o mais confiante e agradável possível. “A criança autista pode ser inclusa na educação formal, mas defendo que o professor deve avaliar a realidade da turma e do aluno para diagnosticar quais os elementos de aprendizagem devem ser aplicados. Dessa maneira, ele será integrado na escola sem que haja a necessidade de utilizar metodologias diferenciadas durante seu ensino”, esclarece.

integrar as pessoas com necessidades especiais em diferentes espaços, respeitando sua realidade principalmente no ambiente escolar, favorecem a identificação de crianças com transtornos psíquicos. “Muitos estão em busca da educação formal e são tratadas como indiferentes, ao invés de serem motivadas à aprendizagem e a interação com os colegas de turma. A educação é uma arma poderosa em todos os aspectos, inclusive na inclusão. Pode e deve mudar essa realidade” afirma a pedagoga.

O aluno autista é capaz de aprender e possuir uma profissão como qualquer indivíduo dito “normal” e cabe aos mecanismos sociais o verdadeiro compromisso com as políticas públicas de acesso as diferentes áreas profissionais para as pessoas com necessidades especiais. “O discurso existe, mas na prática recusa a realidade”, alerta Suely.

Valorização

Suely adverte que a criança autista precisa ser amada e acolhida a todo momento, como qualquer outra, seja no seio familiar ou nos lugares que frequenta, atentando que ela não é diferente das outras crianças e consegue, sim, identificar as pessoas em que pode confiar. “A afetividade é o diferencial no processo de valorização. Os alunos autistas são muito sensitivos e inteligentes, cabendo ao professor a oportunidade de aprimorar suas faculdades mentais. Temos muitos famosos diagnosticados com TEA que trouxeram contribuições sociais importantes em termos mundiais, a exemplo de, Courtney Love, James Durbin, Daryl Hannah, entre outros”, exemplifica a professora.

Família – A família é peça fundamental para qualquer criança, seja ela diagnostica ou não com necessidades especiais, lembrando que é nesse ambiente que ocorre a primeira educação. “Em relação as crianças com TEA a educadora cita a confiança depositada nos pais, ou responsáveis, como de grande importância para o autista. “Os familiares precisam ser pacientes e reconhecer os prováveis avanços e limitações para ajudar a criança a seguir sua vida de uma maneira saudável e feliz”, conclui a pedagoga.

Fonte e foto assessoria

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