Diógenes Brayner – diogenesbrayner@gmail.com
Há três meses antes de fechar composições para as eleições, mesmo com a incerteza de que elas aconteceriam, em razão da pandemia, lideranças partidárias tentavam fazer composições amplas, para evitar um número excessivo de pretendentes à Prefeitura de Aracaju. Muita conversas, mas excessos de vaidades e conflitos, até injustificáveis, terminaram por influenciar na formação de um quadro equivocado para uma disputa eleitoral competitiva.
Depois de discussões severas, mesmo que estivesses próximas a um entendimento, tudo deu xabu, o que terminou por prejudicar um pleito mais competitivo ou com chances de ser resolvido em primeiro turno. Produziram-se, então, composições heterogêneas, onde parte dos blocos que se mostram unidos, internamente se comportam como água e óleo: jamais oferecerão um conteúdo homogêneo. A direita está dividida como jamais aconteceu e a esquerda, hoje desconstruída, não demonstra interesse em retomar unidade. Aparentemente um horror.
Um fato interessante: todo mundo da direita quer ser mais bolsonarista que o próprio presidente. Enquanto segmentos da esquerda se uniram a grupos de centro – direita e esquerda – para ampliar chances de ganhar o pleito. Talvez ninguém pensou em concentração de força para uma disputa igual e a tese da dispersão deixa claro o lapso político que se cometeu, com a divisão dos partidos e o lançamento de onze nomes na disputa pela Prefeitura de Aracaju. Está claro que o número excessivo de candidatos só favorece a quem disputa a reeleição, no caso o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), que pode ganhar até no primeiro turno, embora com o alto números de prefeituráveis fique bem mais difícil isso acontecer.
O Partido dos Trabalhadores, que há anos tem a simpatia do eleitorado de Aracaju, hoje pena até para unir militantes. Faz um programa de radio e televisão sem o entusiasmo que se via antes. A estrela petista ilumina os filiados mas simples e bronzeia aqueles que têm mais força dentro da sigla e/ou são privilegiados. Dois programas de TV recentes do candidato petista revelaram estranhezas. Um deles foi repetido e o outro, sucessivo, mostrou Márcio rabiscando uma carta, sem que houvesse um trabalho de produção convincente. Tudo muito simples e até sem propósito.
A primeira informação foi de que “houve uma greve na equipe de produção”. Mas isso não foi negado e nem confirmado. Entretanto, sem rodeios, uma fonte gabaritada do PT disse que há problemas sérios na área que comanda a campanha e no formato que vem sendo elaborada pelo baiano Edson Barbosa. Há uma queixa: dos recursos já liberados, pelo menos 70% foram para a produção, mas um grupo acha que esse montante deveria ser aplicado na mobilização da militância. E nesse caso se encontra controvérsias.
Também aconteceu fato constrangedor: uma jornalista indicada pela candidata a vice-prefeita Ana Lúcia, não foi contratada porque a coordenação preferiu convocar outra, mesmo que a anterior tenha permanecido como free lancer.
Percebem-se duas necessidades: mais diálogo para definir pontos divergentes e a presença mais firme de Márcio Macedo para traçar uma conduta que não prejudique a campanha. O candidato não está desanimado, mas já perde em popularidade para Danielle Garcia (Cidadania) e Rodrigo Valadares (PTB), que mexem mais com os eleitores. Embora, não há como esconder isso, não se pode deixar de desconhecer a força do PT em Aracaju.
Abuso do Poder Religioso nas Eleições
O promotor Peterson Almeida Barbosa lança (foto), dia 29, no museu da Gente Sergipana, o livro “Abuso do Poder Religioso nas Eleições – Atuação Política das Igreja Evangélicas”.
*** Peterson diz que o livro propõe a criação, na legislação eleitoral, do abuso do poder religioso. O autor faz um estudo do crescente interesse evangélico pela política.
*** Ele tenta explicar as razões que justificariam este fenômeno sociológico e os perigos que representa para a democracia (voto livre).
*** Propõe alternativas para conter este abuso, todas constantes da obra a ser lançada.
Tracking de Danielle
O ‘tracking’ do programa da candidata à prefeita Danielle Garcia (Cidadania) mostra uma ascendência de 0,5% por dias e já chegou até a 1%.
*** Segundo informação de um dos membros da equipe, “até amanhã ou sexta-feira a gente já passa o programa do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), candidato à reeleição”.
Continua a cobrança
Mesmo assim, ainda é muito cobrada e pouco explicada a ausência do senador Alessandro Vieira (Cidadania) nos eventos de Danielle Garcia, principalmente em público.
*** Membros do Cidadania, inclusive o senador, dizem que ele está cuidando do interior, embora tenha sido Alessandro o responsável pela candidatura de Danielle.
Avalia pelas redes
O candidato do PTB, Rodrigo Valadares, diz que não tem tracking tradicional, o que faz tem monitoramento das redes sociais: “É a única avaliação do programa que tenho”.
*** Diz que “essa avaliação nas redes mostra quanto o programa está crescendo, com as pessoas elogiando sua qualidade.”
*** Acrescenta que também que faz pesquisas de consumo interno, “mas os resultados não podem ser divulgados.”
Programa medonho
Para Rodrigo Valadares, o programa de Edvaldo Nogueira (PDT) já era de se esperar: “xarope”. E continua: “Agora o de Danielle está muito ruim. Não sei quem ela contratou, mas o programa dela está medonho”.
*** – Vejo nas redes sociais a repercussão, e como as pessoas também estão reagindo mal a esse programa dela.
*** Para Rodrigo, o “programa do prefeito Edvaldo Nogueira está estagnado. Está parado e acho que vai começar a cair”.
Avaliação diária
Já a produção do programa do candidato à reeleição, Edvaldo Nogueira (PTB), avalia diariamente como a população vê sua participação na televisão, mas prefere não divulgar.
*** Tem receio de algum problema futuro e admite que o melhor é avaliar internamente e tirar conclusões.
*** Não esconde, entretanto, que os programa estão bem e se mantêm em linha ascendente.
Lula pode não vir
De Brasília chega à informação de que o ex-presidente Lula (PT) pode não vir a Sergipe e a outros Estados. Em razão de precaução médica sobre a Covid e também por avaliação das campanhas.
*** Em Aracaju há perspectiva de que ele possa vir, mas ainda não há nada definido.
Pesquisa do Ibope
Os candidatos a prefeito já aguardam com ansiedade a nova pesquisa do Ibope que vai ao ar amanhã, através da contratada TV-Sergipe.
*** Será a segunda pesquisa do Ibope, depois de 10 dias com o programa de TV dos candidatos no ar.
Mantém ânimo
O presidente regional do DEM, José Carlos Machado, disse ontem que acredita e mantém o mesmo ânimo sobre a candidatura de Georlize Teles à prefeita de Aracaju.
*** Machado acha que “Georlize pode surpreender e se acontecer será muito bom para o povo de Aracaju”.
Volta às farmácias
Aumentou o movimento nas farmácias em busca de máscaras e medicamento como a Ivermectina, que foi muito utilizado para evitar a infecção pelo coronavirus.
*** Circula a informação que há um aumento de infecção por Covid-19 e os mais precavidos já estão se preparando, embora não haja qualquer indício oficial do retorno da doença.
Crédito orientado
Entre as propostas de campanha realizadas pelo candidato a vereador de Aracaju, Marcos Aurélio (PDT), está a linha de crédito orientada.
*** Marcos quer oportunizar as pessoas que desejam abrir seus próprios negócios. O valor para isso está entre R$ 2 mil a R$ 5 mil e um curso de capacitação.
Hora do vamos ver
O senador Rogério Carvalho (PT) pergunta: “você lembra quem esteve ao seu lado contra o fim da aposentadoria”? Você lembra quem esteve ao seu lado contra a retirada dos direitos trabalhistas?
*** – Você lembra qual foi o primeiro partido a dizer NÃO para o congelamento dos recursos da saúde e educação?
*** Pergunta mais: “Você lembra qual partido propôs o auxílio emergencial”? E responde: “Na hora do vamos ver, você conta mesmo é com o PT.”
Alessandro vota contra
Seis senadores do grupo “Muda, Senado” divulgaram nota pública, antecipando votos contrários à indicação de Kassio Marques ao STF. A sabatina será hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
*** Um dos seis é o senador Alessandro Vieira (Cidadania), que diz o seguinte: “A escolha de um juiz da Suprema Corte de um país não pode ser objeto de negociações políticas”.
Fato é curioso
Apesar de anunciar vota contra a indicação de Kassio Marques para o STF, o senador Alessandro Vieira esteve com o presidente Bolsonaro no início da noite de ontem. Conversaram a discutiram projetos para Sergipe.
*** Teve quem se perguntasse: “Alessandro está retornando ao ninho?”
*** Isso pode ser visto durante a sabatina e a votação do Kassio, que acontece hoje no Senado. Alessandro antecipou que vota contra.
Uma boa conversa
Obedece a protocolo – Canindé do São Francisco também passou a obedecer a protocolos para evitar o retorno do Covid-19 durante a campanha.
Não está fácil – A campanha está cada vez mais acirrada em Lagarto principalmente entre os Ribeiro e o Reis. Não está fácil segurar os grupos.
Difícil ser vereador – A maioria dos vereadores que tem mandato pode não retornar à Câmara Municipal porque dificilmente vai conseguir voto suficiente para isso.
De o Antagonista – MP do Rio de Janeiro acusa promotor de oferecer propina a desembargador para soltar miliciano.
Clóvis Silveira – Aquele momento quando você sente que algo está para acontecer e ao mesmo tempo não sabe se já aconteceu!
Prestação de contas – Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide que partidos devem prestar contas dos gastos em tempo real na internet.
De MPonte – A vacina já foi chinesa, o Pazzuelo disse que é do Butantã, mas o Allan Teta Livre diz que é do Dória. Estão que nem barata que cheirou baigon.
Fred Navarro – O Tribunal da Santa Lacração quer julgar e “cancelar” uma garota que soprou a vela do aniversário da irmã. O problema do Brasil é falta do que fazer.
Subtenente Edgar – Papa Francisco deve ser cacique de alguma tribo da Amazônia, ele reclamou das queimadas na mata e se calou em relação ao incêndio criminoso da igreja.