A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) revelou a sua preocupação com a alta taxa de desocupação (14,4%) registrada entre os meses de junho a agosto deste ano, no Brasil. O índice é o mais alto desde 2012 e representa um crescimento de 1,6 ponto percentual em relação ao período de março a maio, que foi de 12,9%; e 2,6 pontos percentuais a mais que o trimestre de junho a agosto de 2019.
“Não podemos ficar inertes. Precisamos abrir uma frente de diálogo junto ao Governo, entidades do terceiro setor e sociedade civil para buscarmos saída para o problema que afeta, com mais rigor, os cidadãos e cidadãs de países menos desenvolvidos ou em desenvolvimento como o Brasil”, disse Maria do Carmo, observando ser imprescindível e urgente a criação de uma política capaz de diminuir a incidência de pessoas fora do mercado formal de trabalho.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na última sexta-feira (30), no trimestre de junho a agosto, a quantidade de brasileiros desocupados subiu 8,5%, o equivalente a 1,1 milhão a mais que o registrado no trimestre anterior frente ao trimestre móvel anterior (12,7 milhões) e subiu 9,8% (1,2 milhão de pessoas a mais) em relação mesmo trimestre de 2019 (12,6 milhões).
“O desemprego se caracteriza como um problema de ordem social seríssimo e grave. Ele não represente somente uma fonte de renda e de sustento, mas é um elemento importante para a qualidade de vida e inserção social dos indivíduos. Sem ele, decorrem-se diversos problemas que vão da falta do alimento à mesa, à desordem familiar”, pontuou Maria do Carmo.
Os números, no entender da senadora sergipana, foram agravados pela pandemia que provocou sério dano econômico em todos os cenários do país. “Foram mais de cinco meses de empresas fechadas e milhares de micro e pequenos negócios não conseguiram se sustentar. Sem suporte financeiro e sem o devido apoio, a saída foi reduzir quadro de funcionário e, em inúmeros casos, fechar as portas, resultando no agravamento do desemprego”, afirmou Maria.