Proposta é melhorar a cobertura da assistência com fortalecimento da rede básica através de ações integradas
A atenção primária à saúde é uma das mais acessadas pela população, tendo importante papel no controle e organização da assistência. No período da pandemia, esta área precisa ser ainda mais fortalecida. Uma das ações programadas pela gestão de Márcio Macêdo e Professora Ana Lúcia, do Partido dos Trabalhadores (PT), é organizar e melhorar a cobertura de atendimento da rede básica com ações integradas que contemplem um tratamento adequado, célere e seguro.
Um dos projetos previstos inclui a promoção do procedimento primário como estratégia norteadora da assistência, respeitando as demandas e especificidades de cada região de saúde, assegurando, assim, a organização da linha de tratamento para que a assistência chegue de forma eficiente para quem precisa, de acordo com o grau de vulnerabilidade e necessidades dos moradores nos bairros.
“Através dessa ação estruturante, a proposta visa garantir acolhimento ao usuário com organização da rotina das unidades e equipes de Saúde do município, com dispositivos de registro, monitoramento, avaliação e ordenança, objetivando a ampliação do acesso e resolutividade dos problemas de saúde dos usuários”, explica Márcio.
Além disso, a proposta busca requalificar as ações voltadas ao diagnóstico do território como forma de planejar as atividades na área, a disposição dos equipamentos e adstrição da população, fortalecendo as ações de vigilância em saúde. “Também será fortalecido o enfoque das linhas de assistência, articulando às redes de atenção à saúde ações programáticas e protocolos para mulheres a crianças, homens, idosos e pessoas com doenças crônicas (doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e câncer masculino e feminino)”, complementa a Professora Ana Lúcia.
Outra proposta, segundo a dupla petista, é tornar as unidades de saúde acessíveis às pessoas com deficiência (física, visual, auditiva, intelectual e outras) e melhorar a cobertura de assistência para elaborar política de tratamento para pessoas com transtorno de autismo.
“Dentro do programa de ação também está previsto investimento na manutenção da estrutura física da rede, de modo a garantir acolhimento e resolutividade do atendimento. Nesta lógica será feito o mapeamento da rede para identificar as áreas descobertas, em especial aquelas com maior crescimento demográfico e com maior vulnerabilidade. Com base nos dados será feita a ampliação das equipes e quando necessário, a construção de novas Unidades Básicas”, informa Macêdo.
Ainda segundo ele, os ajustes na rede assistencial também envolvem a reestruturação de processos de trabalho da Atenção Primária com foco transversal na vigilância sanitária, buscando a integração, organização e planejamento conjunto das ações. Algumas dessas mudanças envolvem a implantação das salas de situação nas unidades de saúde para fazer o controle de fluxo e direcionamento de demandas, evitando assim filas e demora no atendimento. “A implementação de um sistema de Atenção Primária inserindo novas tecnologias de acesso e adaptando o sistema ao período pós-pandemia. Universalizar a implementação do prontuário eletrônico, com o objetivo de conectar as redes de assistência e servir como base de dados para as ações de vigilância em saúde, incorporando a importância da tecnologia da informação na prática diária dos trabalhadores”, acrescenta Márcio.
A ideia é, ainda, preparar a rede no enfrentamento a novas patologias, a exemplo da Covid-19 e H1N1 e outras doenças, assegurando atenção especial aos usuários com zika vírus, chIkungunya e dengue. Fator que, para a professora Ana Lúcia, trazem mudanças que serão significativas na melhoria no atendimento da saúde da população aracajuana, que tem enfrentado grandes dificuldades de acesso à assistência em um momento crítico como o da pandemia.
Com pensamentos e posições em consonância às propostas do PT para capital, ela chama a atenção para o desmantelamento da saúde pública na capital sergipana. “O atendimento primário de saúde da família, que era um sucesso na gestão de Marcelo Déda, hoje está desmontado, com fragilidades que afetam a assistência. Além disso, temos o problema da perda de equipes de saúde em Aracaju que estão no enfrentamento à epidemia para salvar vidas, mas, sem recursos humanos suficientes, enfrentam sobrecarga de trabalho, sem condições trabalhistas para operar o sistema de assistência. De acordo com dados do sindicato dos médicos, quando Marcelo Déda deixou o governo, nós tínhamos 900 médicos na rede de saúde de Aracaju, mas, hoje, são pouco mais de 400, uma situação preocupante gerada pela falta de políticas de fortalecimento da carreira”, pontua.
Da assessoria
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