Aracaju, 24 de abril de 2024
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O voto certo depende da isenção do eleitor

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

Chegou à hora! Neste domingo o eleitor é quem resolve. Aliás, de forma simples: basta teclar o número do seu candidato e passar a ser o responsável pelo que vai acontecer de janeiro de 2021 a dezembro de 2025. O erro é de quem preferiu votar com o coração, ou por antipatia a algum nome, por parentesco ou em caso de ter interesses pessoais, pouco se lixando para o desenvolvimento da cidade e os cuidados com sua gente, incluindo cada eleitor, principalmente os passionais, ou rancorosos. Ainda aquele que faz do voto uma arma para fazer florescer o pior e disso se locupletar.

Quem vai hoje às urnas, no mínimo conhece o histórico dos seus candidatos a prefeito e a vereador, Deve ter consciência de que eles são bons administradores, responsáveis, honestos e que ofereceram propostas capazes de cumprir. Vale também a experiência política, posicionamentos e realizações de obras, benfeitorias, ação social, planejamento e crescimento urbano, caso já tenham sido gestores. Analise bem toda sua cidade e tire conclusões do que ela precisa de mais urgente nas áreas da saúde, na recuperação das avenidas, no cuidado com a sua gente e na harmonia entre Poder e povo.

Há necessidade de uma análise ampla, apartidária, sem sentimentos pessoais de amizade, de ódio ou rancor. Quando não funciona a consciência cidadã, o resultado final da administração pode se tornar um fracasso e o responsável será cada um que não votou com a certeza de quem seja o melhor para atender às demandas da cidade. Não pretenda se sentir culpado por isso, escolhendo exatamente aqueles que podem atender às suas exigências como cidadão, como morador, como eleitor coerente com a escolha que faz.

Pela última pesquisa do Ibope o quadro é que haverá segundo turno entre o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) e a delegada Danielle Garcia (Cidadania). Mas que, dentro de cálculos de um estatístico, distante das pesquisas atuais, o pleito também pode chegar ao fim hoje mesmo, com Edvaldo sendo reeleito em primeiro turno. Fez avaliação de que a chance de adiar a decisão do pleito até dia 29 vai de 60% a 70%, mas encerrá-lo neste domingo com a reeleição do prefeito é de 30% a 40%. Quer dizer: tudo vai depender do comportamento dos eleitores. O estatístico lembra que nos votos válidos, expostos pela pesquisa, a diferença entre o prefeito e a delegada sobe e “ele ganha no primeiro turno”.

Há uma verdade que não dá para negar: a frieza absoluta do eleitor em relação ao pleito. Não há grande interesse. Pessoalmente circulei ontem por vários bairros, durante aproximadamente quatro horas. Não deu para enxergar um único movimento em favor de algum candidato. Poucos carros plotados, um ou outro com som alto de algum candidato a vereador e poucas casas expondo cartazes com fotos. A informação que colhemos nos bairros Santos Dumont e Industrial foi que “os vizinhos só saem às ruas no momento que a carreata está passando”. É uma eleição atípica e medrosa com o risco de um retorno da pandemia.

Entre os candidatos, à exceção de Edvaldo Nogueira, que se põe em boa posição nas pesquisas, a delegada Danielle Garcia é que mostra condição de chegar ao segundo turno, mas o deputado Rodrigo Valadares (PTB), com 10% nas pesquisas, também se coloca na disputa final e o candidato do PT, Márcio Macedo, com 6%, ainda se sente com fôlego para chegar lá. O seu partido acredita que Aracaju sempre votou na esquerda e geralmente manifesta isso quando está diante das urnas.

Mas há dois detalhes que chamam atenção em todo o País: o Psol cresceu muito neste pleito municipal e pode liderar a esquerda, através de suas posições nas Capitais, notadamente São Paulo, onde Boulos está à beira de disputar o segundo turno. Um outro detalhe é que nem o presidente Jair Bolsonaro e nem Lula da Silva conseguirão eleger candidatos importantes em todo o Brasil, sinal de que direita e esquerda radicais precisam repensar as suas teorias, posições, estilos, formatos e concepções.

Pronto! Agora a bola está com o eleitor. De frente para a urna tecle o voto certo para não se arrepender depois.

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