Aracaju, 19 de abril de 2024
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As análises e os vínculos

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

A análise política tem que ser feita dentro de critérios lógicos e não ideológicos. Através de uma visão ampla, que se possa avaliar condições políticas que representem não apenas a mudança pré-anunciada, mas a capacidade de realizá-la através de projeto que passe à população bons sinais de condições e credibilidade, sem a criação de conjecturas visionárias absolutamente abstratas, ou de pensamentos renovadores com bons sinais de absoluta configuração.

Claro que o analista não tem que se ater exclusivamente aos personagens em confronto, mas à experiência comprovada, a prática revelada, o instinto de líder, a capacidade de evoluir no campo político administrativo e a coerência com exigências e modus que precisam se adotar para fortalecimento de uma estrutura que transmita seriedade e toda segurança de que o projeto administrativo e político vai progredir. O primarismo é fatal para o descrédito dos propósitos

Claro que, para os passionais, a isenção se dá quando a análise é feita em favor do grupo a que pertence e do candidato que apoia. O contrário é comprometido e vinculado ao que o passional classifica de oposição. A analise tem que ser feita dentro de uma realidade que passa desapercebida por quem define cores e bandeiras. É esse abstratismo que leva a acusações de vinculações a segmento que o apaixonado determina obediência e financiamento.

A inauguração da delegada Danielle Garcia (Cidadania) na política chamou a atenção de todos os segmentos que mexem as pedras para formação de cenários que projetem um futuro diferente no segmento que ela estava entrando. E por que seu nome surgiu tão de repente? Pelo seu reconhecido como delegada, porque esteve junto a Moro em Brasília e por ser amiga do senador Alessandro Vieira (Cidadania), que surpreendeu com sua eleição em 2018. O surgimento do seu nome para disputar a Prefeitura, teve um pouco de comparação: “se eu ganhei para o Senado sendo um ilustre desconhecido, por que Danielle não será prefeita de Aracaju com a minha força política?” Imaginou o senador.

E aí se deu o primeiro erro: certo de que sua estratégia era insuperável, Alessandro preferiu Danielle à vereadora Emilia Corrêa (Patriotas). Erro crasso de avaliação que provocou uma cisão, própria dos pretensiosos inexperientes. O seu segundo equívoco foi decantar o “novo” e anunciar que não faria composição com partidos que já estiveram em outras disputas, Entretanto teve que se amoldar ao estilo do PR, PSDB e PSB que traziam a concepção ‘gagá’ que os neófitos Alessandro e Danielle classificavam “do velho na política”. Mais um erro: a criatura deu um chega pra lá no criador, com Danielle escondendo o apoio de Alessandro, identificado como prejudicial à aceitação de sua candidatura à prefeita.

Danielle continuou a sucessão de erros: em seu programa de TV quis mostrar que era de uma coragem extrema como delegada, ao encenar postura violenta, de quem estaria em confrontos com bandidos, disposta a sacar do revólver e administrar uma Delegacia e não uma Prefeitura. Criticada pelos próprios aliados, Danielle exagerou nas mudanças no final do programa: passou a encenar uma mulher singela, sorridente, que gostava de crianças e amorosa. Uma pobre virgem à procura de um príncipe encantado. Não deu certo, porque o resultado final do primeiro turno manteve o que disseram as três pesquisas reveladas pelo Ibope.

Mas a candidata continua cometendo equívocos. Um deles é dizer que os partidos que a apoiam assinaram documento se eximindo de participação na administração. Isso lhe tirou apoio de vereadores eleitos e partidos que naturalmente querem “participar da feijoada que mexeram”. Quem vai eleger um Governo para não participar dele? Nem mesmo os partido que assinaram documento em cartório, se é que o fizeram. Danielle promete “congelar o IPTU” e diz que fará “mudanças na estrutura administrativa, apenas requentando promessas de velhas candidaturas que já passaram por Aracaju”.

A última delas é idosa na coleção de projetos impossíveis: subprefeituras administradas por moradores da região em que elas forem instaladas. Quer dizer: Aracaju terá uma prefeita, um vice-prefeito e 18 subprefeitos à sua frente. Apenas um adendo: Valadares, como vice, não terá direito de indicar ninguém do seu partido para ocupar cargos e o empresário Milton Andrade se contentará em ocupar um Secretaria.

Essa é uma análise que se faz no decorrer da campanha e, com toda isenção, pode-se chegar à dedução, através do trabalho realizado pelo adversário, que ele tem melhor posicionamento político-administrativo e que deve ser o eleito no próximo domingo. Percebe-se, entretanto, que Danielle tem futuro nesse campo, desde que deixe de lado pruridos que não condizem com a pratica da nova/velha política.

Livre, leve, solto e feliz

O governador Belivaldo Chagas (PSD) disse ontem que a partir do dia primeiro de dezembro vai dedicar uma semana para conceder entrevistas políticas à imprensa.

*** Belivaldo está evitando falar sobre política agora, mas neste momento ele se acha “livre, leve, solto e feliz”.

*** O governador se mostra muito satisfeito porque o seu partido, o PSD, se tornou o mais forte de Sergipe, com o número de prefeitos, vice e vereadores que elegeu nessas  eleições de 202o.

Homenagens a João

As homenagens não cessam ao ex-governador João Alves Filho que está em estado de saúde irreversível em Brasília, no Hospital Sírio Libanês.

*** A família fala em sepultamente, mas a maioria pensa em cremação em razão do Covid-19. Tudo muito triste com a situação “do homem que construiu Sergipe”.

Vai ou não vai a debate?

Já está em discussão a presença ou não de Edvaldo Nogueira (PDT) no debate que a TV-Sergipe programou para a próxima sexta-feira, a dois dias do pleito.

*** A maioria dos aliados acha que Edvaldo não deve comparecer. Sua presença seria uma desfeita com a TV-Atalaia que suspendeu o debate em razão de sua ausência.

*** Mas tem que admita a presença, porque em apenas 48 horas ninguém muda de posição. A possibilidade maior é de Edvaldo não ir.

Marcio pede voto

Márcio Macedo (PT) agora faz campanha para os seus cândidos de Recife, Vitória, Porto Alegre, São Paulo e Belém.

*** Pede aos seus amigos e amigas dessas capitais que votem, “neste domingo”, nos candidatos de esquerda.

*** E sugere: “caso você tenha algum amigo ou parente que more nestas cidades, faça sua parte e conquiste mais votos”.

Polícia em partido

Um dos melhores quadros do PT, que pensa e respira a ciência política, admitiu ontem que a delegada Danielle Garcia (Cidadania), que segue a escola do senador Alessandro Vieira, não conseguiu transforma a Polícia Civil num Partido Político.

*** Admitiu que a delegada Catarina Feitosa não tenha o mesmo comportamento e se revela politicamente sem utilizar sua profissão, mas veiculada a um trabalho voltado para  município.

Horizontalizar força

O PT vai se reunir depois das eleições para fazer uma análise ampla da situação do partido após o pleito de 2021, já com vistas às eleições de 2022.

*** Na avaliação de alguns petistas, o partido não teve nenhuma tática eleitoral nas eleições municipais e agora precisar fazer uma análise profunda, recompor a unidade e “horizontalizar sua força”.

Candidato a federal

Heleno Silva (Republicanos) , depois de fazer uma análise do resultado das eleições em primeiro turno, já lançou sua pré-candidatura a deputado federal para o pleito de 2022.

*** Disse que não vai repetir erros cometidos em 2018, quando tentou um mandato majoritário. Acha que sua região perdeu com isso.

Boatos sobre Rogério

Em conversas de bastidores, que vem ocorrendo entre parlamentares, a informação mais quente era que o senador Rogério Carvalho trocaria o PT pelo PSB e assumiria o partido em Sergipe.

*** Rogério estaria conversando muito com o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

*** Político diretamente ligado a Rogério Carvalho desmentiu imediatamente e disse: “não existe essa possibilidade em razão da vinculação direta do senador com a história do PT”.

Luciano majoritário

O deputado Luciano Bispo (MDB) permanecerá até 2022 presidente da Alese. O primeiro na história a presidir o Legislativo por oito anos.

*** Não será mais candidato a deputado. Pensa em mandato majoritário e vai discutir com o grupo se será o Senado, a vice ou o Governo.

*** O deputado Francisco Gualberto também tentará a Câmara Federal em 2022 e tende filiar-se ao PDT.

Georlize diz não

Observação feita nos bastidores da Assembleia: Até mesmo a delegada Georlize Teles, colega de Danielle Garcia, não quis apoiá-la à Prefeitura de Aracaju.

*** Georlize é do DEM, e o partido resolveu apoiar a candidatura de Edvaldo Nogueira.

Um bom bate papo

Oposição reconhece – Membros de partidos da oposição fazem homenagens a João Alves Filho (DEM) e reconhecem a sua importância para Sergipe. João convalesce…

Vacina nos EUA – A vacinação contra a Covid-19 nos Estados Unidos já tem data para começar: 11 de dezembro.

Não tem registro – Mulher indiciada por ofender e agredir funcionários e clientes de padaria em SP não tem registro de advogada na OAB.

Fim de festa – Os dois candidatos no segundo turno em Aracaju têm pouco público nas carreatas que realizam. É fim de festa…

Correio Brasiliense – Bolsonaro fala de dificuldade em montar Aliança pelo Brasil e cogita alternativa de se filiar a um outro partido.

UOL Notícias – Ex-fiscal diz à polícia que uso de violência era autorizado no Carrefour. É preciso investigar isso.

Capitão Samuel – Se liberar aborto e as drogas é ser progressista? Então não serei nunca. Sou defensor da família brasileira.

BR Política – Candidatos apoiados pelo presidente tiveram desempenho aquém do esperado no primeiro turno da eleição

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