Aracaju, 28 de março de 2024

O bloco aliado, o feito à ordem e o PT

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Diógenes Brayner diogenesbrayner@gmail.com

As declarações do governador Belivaldo Chagas (PSD), de que só trataria das eleições de 2022 a partir do segundo semestre de 2021, inclusive podendo manifestar desejo de disputar as eleições em março daquele ano, foi um chega para lá nas manifestações, já agora, dos que desejam expor seus nomes ao Governo e Senado. Todos concordaram e ninguém se manifestou contra, mas os sussurros foram longe e muitos queriam saber a quem caberia a carapuça de um recado explícito. Alguns nomes foram citados, mas sem observações críticas.

A maioria admitiu que o bom do “grito de atenção” foi encerrar exposições claras de quem parece estar com a campanha pronta. O que se captou de imediato da mensagem do governador, foi um pedido de calma e prudência na antecipação de fatos, porque este não é momento de se colocar à mesa, como prioridade, as eleições estaduais de 2022, logo após terminar o pleito municipal. Nesse momento, o que Belivaldo deseja é dar continuidade ao seu projeto de Governo, parte dele interrompido pela pandemia que também maltratou Sergipe.

Além disso, o governador quer ter a iniciativa de por à mesa a discussão para escolha do sucessor. Afinal é ele que lidera o bloco e não vai deixar que ninguém, mesmo os aliados, passem por cima do seu comando e decisão. Quem não concordar com isso tem o direito de abandonar o grupo, o que não pode é antecipar-se ao líder. A olho nu percebe-se que não haverá qualquer tipo de cisão, inclusive porque a maioria absoluta concorda com a posição de Belivaldo e tende a segui-la, inclusive para não tumultuar o processo.

Todos se revelam favoráveis a um bloco coeso e também deseja amplia-lo com outros partidos que tenham um perfil progressista, mas que não radicalize em relação a quem tenham pensamento liberal, desde que não seja extremista. O grupo tem um projeto definido e não uma obsessão ideológica, que pode enfraquecer sua estrutura e não ir longe do objetivo de fazer um Sergipe maior, melhor, mais democrático e vinculado a interesses da sociedade, sem idolatrar a quem se imagina “mestre de todos os mestres.”

E tudo isso passa pelo relógio do governador Belivaldo Chagas, que, como todo líder, sabe a hora exata de por em ação um processo que também defina o futuro de Sergipe, passando evidentemente pelo esboço de um projeto traçado, que conta com a aprovação do bloco e, claro, tem a sua participação. Trata-se de uma concepção normal, afinal, quem já esteve a frente de uma aliança sólida, também moveu as pedras, sem deixar de ouvir a cúpula desse bloco.

Além disso, há uma convicção que parece unanimidade dentro dessa aliança: a exclusão de vez do Partido dos Trabalhadores. A impressão é que o episódio deste ano, em que foi aberta uma dissidência municipal, se ampliou e atingiu a todos, principalmente em relação a uma ala que se revelou extremamente crítica, sem poupar a parte que o próprio partido se dizia aliado, mesmo sabendo do risco que isso representava, em razão da impossibilidade do apoio pela metade.

Vai ser complicado o retorno, embora as conversas possam continuar e algum segmento petista tenha chance de continuar. Isso é provável, mas talvez com a troca de legenda. Será difícil, mas nada é impossível e esse impedimento pode ser visto a partir de janeiro com reformas que serão feitas.

Belivaldo e saída

Repercutiu muito nos meios políticos a declaração do governador Belivaldo Chagas (PSD), de que só em março de 2022 decidiria se seria ou não candidato ao Senado.

*** A maioria concordou com ele, porque considera que a sucessão estadual tem que passar através de sua participação direta no processo.

*** Analistas de ocasião avaliaram nos grupos e alguns deles concluíram que sua saída beneficiaria o Partido dos Trabalhadores.

Edvaldo concorda

O prefeito reeleito Edvaldo Nogueira (PDT) concorda com Belivaldo Chagas em relação às eleições de 2022: “ele, como líder do bloco, é quem deve iniciar o processo para sucessão estadual”.

*** Para Edvaldo, o governador está correto e acha que “ninguém pode antecipar os fatos, antes dele tomar a iniciativa”.

*** – Eu mesmo vou ter reuniões com Belivaldo, mas só tratarei sobre 2022 se ele iniciar a conversa, porque isso tem que partir do líder, disse Edvaldo.

Silenciar apressados

Um parlamentar, que pouco se manifesta à imprensa, acha que Belivaldo Chagas falou sobre eleições de 2022, para dar um breque nas especulações. É que tem muita gente antecipando até chapa majoritária.

*** Admitiu que “a dois anos do pleito pode-se tratar sobre posições política e anunciar candidaturas, mas não definir chapas sem qualquer fundamento”.

*** – A hora é de levar adiante a administração, esquecer o pleito municipal e não definir as eleições de 2022, porque o Estado tem muito que fazer, sugeriu.

Leitor não acredita

Já o leitor discreto enviou e-mail à coluna dizendo que a vice-governadora Eliane Aquino (PT) se animou com a possibilidade de Belivaldo disputar mandato: “ela é que assume o Governo”.

*** – Eu não acredito nisso, disse e continuou: “porque Eliane à frente do Governo vai indicar alguém do PT para ser cabeça de chapa em 2022”.

*** O leitor informou que a própria Eliane pensa em sair para ser candidata a deputada federal.

Não muda equipe

Edvaldo Nogueira (PDT) vai reassumir a Prefeitura sem fazer alteração na sua equipe administrativa. Podem ocorrer algumas mudanças mais à frente em razão de novos projetos ou programas.

*** O seu objetivo é não alterar a equipe por questões políticas, mas dentro de critérios para maiores resultados.

PDT conversa

O presidente regional do PDT, deputado federal Fábio Henrique, disse que já começou a conversar com lideranças, para que se filiem ao partido.

*** – Nessa nova conjuntura política, que não tem coligação para deputado, nós temos que fazer uma boa chapa, disse Fábio.

*** O ex-governador Jackson Barreto pensa em filiar-se ao PDT, mas, segundo Fábio Henrique, até o momento não houve qualquer conversa.

Cidadania se reúne

A delegada Danielle Garcia e Valadares Filho (PSB) reuniram-se ontem com filiados e aliados ao Cidadania, para um agradecimento pelo trabalho durante as eleições.

*** Danielle passa a impressão que vai liderar o partido em Sergipe, visando 2022, para se tornar líder de uma composição futura, abrangendo outros siglas.

*** O pessoal prefere ela ao senador Alessandro Vieira por considerá-lo tímido e sem condições de avançar na conquista de novos integrantes para a sigla e para o grupo.

Bloco só para eleição

O presidente da Rede Sustentabilidade, advogado Henri Clay, disse que a composição com o PT “foi para formar um bloco visando as eleições municipais de 2020”.

*** – Agora cada sigla retome suas ações partidárias, o que não quebra o diálogo, disse Henri Clay, ao considerar que a Rede “obteve grande vitória nas eleições, ao eleger o vereador Ricardo Vasconcelos, com boa votação”.

*** Henri Clay vai ao congresso da Rede, que se realiza em janeiro, para uma análise sobre o desempenho da sigla no pleito. Clay será membro da Executiva do partido.

Encontro com Daniel

O presidente do PT, João Daniel, conversou com Henri Clay, terça-feira, e o convidou para filiar-se ao partido, em razão do fortalecimento da chapa para 2022.

*** Disse-lhe que Henri poderá disputar o Senado ou vaga de deputado federal. Mas ele vai preferir se manter na Rede e ampliá-la em Sergipe. Ele negou qualquer conversa sobre composição com a base aliada ao Governo.

Reeleição no Congresso

Senador Alessandro Vieira (Cidadania) lembrou ontem que em 2019 analistas políticos apontaram ao STF, Maia e Alcolumbre como garantidores da democracia brasileira contra um suposto golpe que partiria do Executivo.

*** – Em 2020: parte do STF, Maia e Alcolumbre articulam um golpe com a reeleição inconstitucional, disse.

*** E deduziu: “O Brasil realmente não é para amadores”.

Rogério sobre Moro

O senador Rogério Carvalho (PT) pergunta: “Até quando o Moro vai tripudiar do nosso sistema de justiça, com tantas evidências da sua atuação política, na condenação indevida e ultrajante, e a prisão injusta de Lula?”

*** – A empresa que hoje Moro é sócio tinha os documentos que provam que o triplex era da OAS e fecharam os olhos, disse.

Pressão psicológica

O deputado Capitão Samuel denunciou que o Desipe convocou ex-detenta, com pretexto de apertar sua tornozeleira.

***Segundo Samuel, o Desipe faz pressão psicológica por ela ter denunciado as condições de alimentação do Presídio Feminino.

*** – Hoje cobrarei do secretário de Justiça abertura de sindicância para esclarecer este fato, disse.

Laércio e Fábio

Os deputados federais Laércio Oliveira (PP) e Fábio Reis (PMDB) almoçaram ontem em Brasília e trataram sobre futuro de Sergipe, com planos para 2022.

*** também participou do encontro o ex-deputado federal Sérgio Reis.

Uma boa conversa

Agora os jovens – A preocupação maior das autoridades da saúde com a transmissão do coronavírus e com os jovens. Eles vão às festas, contraem o vírus, ficam assintomáticos e transmitem para os pais e avós.

Sobre vacina – Um País sério não discute aplicação de vacinas contra o Covid, principalmente em um momento que a doença parece incontrolável.

Ampliar quadros – Diretórios estaduais dos partidos políticos começam a se reunir para ampliar quadros que possam formar chapas de deputados.

Sobre Câmara – Os vereadores eleitos e reeleitos vão discutir questão da Presidência da Câmara para 2022. Três são cotados.

FHC e Huck – O ex-presidente FHC admite que tem “desejo pessoal” de contar com o apresentador Luciano Huck entre os tucanos para 2022.

Revista Fórum – Boulos e Manuela avaliam que, apesar da derrota nas urnas, campanhas criaram novo movimento político.

Túlio Gadelha – STF derruba projeto do governo federal que incentiva a separação de alunos deficientes de salas de aula.

Vera Magalhães – PGE pede quebra de sigilo de Luciano Hang e quatro empresas em ação sobre irregularidades na campanha de Bolsonaro em 2018.

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