Aracaju, 29 de março de 2024

Base aliada ao Governo admite que André Moura ingresse no bloco e dispute o Senado

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Por Diógenes Brayner

Uma conversa casual entre o deputado federal André Moura (PSC) e o governador Belivaldo Chagas (PSD), sexta-feira (12), provocada fora de pauta pela Sim FM, de Carmópolis, revelou que as portas estão aberta para uma composição política, que pode chegar a uma chapa majoritária para o Governo em 2022.

Belivaldo Chagas fazia inauguração na Serra do Machado e André Moura dava entrevista ao radialista George Magalhães, da Sim FM, quando um flash da inauguração no município, interrompeu a conversa para dar informações sobre o ato do Governo. A casualidade fez com que André e Belivaldo conversassem descontraidamente, revelando o um relacionamento político e pessoal de velhos amigos.

Na conversa, Belivaldo anunciou o asfaltamento da rodovia Pacatuba/Pirambu, “região do nosso querido André Moura, que está aí nos estúdios e aproveito para mandar-lhe um grande abraço”. André respondeu agradecendo e disse que “tinha certeza que muito em breve essa obra iria se iniciar nesse trecho e já tinha agradecido aqui no programa”.

Belivaldo disse ainda a André: “pena que eu não tenha estado governador nos seus tempos áureos de Brasília, quando você era deputado federal. Aí Sergipe seria outro”. A conversa terminou com André expressando agradecimentos e Belivaldo mandando um abraço para o “Rei” (Reinaldo Moura, seu pai).

André é fundamental – Ao tomar conhecimento do diálogo entre Belivaldo Chagas e André Moura, um líder política influente na base aliada, reconheceu, durante almoço neste domingo (14), em um restaurante na praia de Atalaia, ao lado de dois empresários, que “o melhor parlamentar deste Estado nos últimos anos, foi André Moura, porque ele praticamente sozinho resolveu por uma bancada, durante o período que esteve como deputado federal”.

Acrescentou que André Moura “é um nome forte e, digo honestamente, se eu fosse candidato à eleição, gostaria muito de ter André do nosso lado, pra gente dá uma arrumada neste Estado”. Admitiu que “Belivaldo Chagas tem encontrado sérias dificuldades e essa pandemia vai deixar sequelas que nós não sabemos o tamanho. Então vai precisar, depois de tudo passar, da união de uma bancada fortíssima para a gente poder recuperar Sergipe”.

– E nesse caso, André é fundamental, não sei se seria no Senado ou na Vice, não sei em qual posição, agora é imprescindível que ele esteja em nosso grupo, porque ele é extremamente preparado, tem acesso praticamente a todas as esferas lá em cima, no legislativo e executivo. Acho muito importante que ele esteja no nosso agrupamento. Não sei em que posição, ele seria o craque que jogaria no nosso time, disse.

– Agora é bom que o governador conduza essa coisa. É ele que vai comandar o processo, faço parte do grupo, sou extremamente disciplinado e vamos aguardar que ele descida, Mas acho que André é extremamente importante. Não vamos menosprezar as pessoas que estão em nosso bloco, mas acho que André Moura tem condições enormes de engrandecer nosso grupo, concluiu.

Sobre composição – Lideranças políticas da base aliada ao Governo, em sua maioria, com e sem mandatos, defendem a participação do ex-deputado federal André Moura (PSC) na base aliada, por considerar que ele é um dos nomes que pode formar a chapa majoritária como candidato ao Senado, exatamente em relação ao trabalho que ele realizou em Brasília para atrair recursos para Sergipe, independente da posição política do prefeito, assim como fez com o Edvaldo Nogueira (PDT), prefeito de Aracaju, e que o apoiou na reeleição.

Neste domingo (12), em uma casa de praia na região Sul, algumas lideranças políticas da base aliada se reuniram informalmente e trataram desse assunto. “Um deles disse que André Moura é um nome que o nosso grupo não pode dispensar, porque fortalece a chapa majoritária e liquida qualquer reação de partidos da oposição”.

Admitiu, em uma avaliação que classificou de “muito pessoal”, que o ex-deputado federal André Moura é  nome que a oposição conta para fortalece um bloco que está em formação. “Se ele for pode complicar”, disse. Lembrou, inclusive, que uma chapa formada por “Rogério Carvalho (PT), Valmir de Francisquinho (PL) e André Moura (PSC) circula em todos os municípios e anima a oposição, pela formação de uma chapa forte”.

Oposição deseja – Em janeiro, a coluna Plenário foi informada por uma liderança forte do interior, que uma chapa circulava em vários municípios. Seria exatamente a citada acima, formada por Rogério, Valmir e André. Ainda hoje lideranças da oposição mantêm a esperança de que ela seja decidida, porque seria a única opção para fortalecer o bloco e encorajar prováveis candidatos a deputados estadual e federal.

Segundo membros do PT, o senador Rogério Carvalho vai disputar o Governo e dizem que o fará com o apoio do governador Belivaldo Chagas. A maioria tem certeza absoluta que se o senador não for o indicado da base aliada, será candidato da mesma forma, através de um bloco de oposição liderado pelo Partido dos Trabalhadores. Rogério é uma liderança eleitoralmente forte em Sergipe, faz um bom trabalho no Congresso, tem influência no Senado e dentro de setores de esquerda em Brasília. Articula-se muito bem em Sergipe, é o líder maior hoje do PT. Não se pode abandonar por questões interna do grupo a que pertence no Estado.

Um líder político de forte estrutura política em Sergipe, já comunicou que será candidato a deputado federal em caso de Rogério sair candidato a governador em uma chapa majoritária com André Moura ao Senado. Admite que nesse cenário terá condições de eleger-se: “mas se André disputar o Senado pela situação haverá esvaziamento na oposição e tentarei vaga na Assembleia Legislativa, assim mesmo com receio de não emplacar”.

 

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