Preocupado com os quatro decretos que ampliam armas e munições para a população, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) em entrevista ao site Brasil 247, nesta segunda-feira (15), fez um alerta às instituições de que Bolsonaro tentar armar a população para manter o seu projeto de poder.
Bolsonaro vai tentar intimidar a população e constranger as instituições democráticas para preservar seu projeto de poder. Enquanto o decreto vigora, ele arma a população. Precisamos ser rápidos! – disse o senador. Segundo Rogério, a ideia do presidente é promover uma ação de força caso não consiga êxito nas próximas eleições. Os decretos, de acordo com o senadr, promovem o fortalecimento de milícias políticas.
– Bolsonaro está reeditando os embates que criou no início do governo, mas temos espaço para o enfrentamento, disse o senador Rogério ao apresentador Leonardo Attuch.
Outro ponto que esteve em destaque durante a entrevista, foram as declarações expostas à imprensa pelo general Villas Boas, que deixaram evidente a participação das Forças Armadas na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, num público constrangimento ao STF.
– A força dos generais e as manobras da operação Lava Jato atuaram em conluio para subjugar as instituições brasileiras e afundaram o Brasil numa recessão que até agora não conseguimos sair, informou o senador petista.
Rogério Carvalho compreende que depois da exposição de tantas ilegalidades, é preciso que as instituições iniciem um processo de redemocratização do nosso país. “Pior ainda, é que condenaram e prenderam um inocente. Precisamos fazer justiça! E devolver os direitos políticos do Lula tem a ver com a retomada da democracia no Brasil”
O senador Rogério Carvalho articula uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Lava Jato, para investigar as ilicitudes cometidas pelos membros desta operação que, de acordo com o senador, destruíram milhares de empregos no Brasil.
“Foram muitos crimes! Crimes de lesa pátria, de desobediência institucional que colocam a democracia brasileira em risco. A Lava Jato criou um Estado paralelo em que este grupo se achava acima da lei. Havia uma conspiração contra a Petrobras e o nosso setor da construção civil, e que a nossa CPI precisa investigar”, explica o senador sobre o motivo de haver pedido a investigação.
A interação dos internautas provocou um outro questionamento ao senador petista. O apresentar Leonardo Attuch pediu a opinião do parlamentar sobre as reações que aconteceram porque o PT anunciou a possibilidade de Haddad ser o próximo candidato à presidência da República pelo partido.
“Precisamos admitir que o fato de o PT existir incomoda muita gente. Todos os partidos se movimentaram para deixar um nome disponível. O Haddad teve 47 milhões de votos, e há um sentimento junto ao povo de que: e se fosse com o Haddad?, que precisa de uma resposta. O PT tem esse direito”, defendeu o senador Rogério que deixou claro que a prioridade do PT é uma candidatura do Lula.
Liderança do PT -“Havia uma discriminação em relação à nossa bancada. Conseguimos, eu e os meus estimados colegas senadores, restabelecer uma interlocução com os partidos. E como resultado, tivemos conquistas importantes, como a aprovação de propostas contra o preconceito, evitamos pelo menos três tentativas de reformas trabalhistas, impedimos o fim dos fundos sociais, garantimos o Fundeb, entre tantas outras matérias“, finalizou ele com um balanço das atividades frente do PT na casa legislativa.