Aracaju, 16 de setembro de 2025
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Senador Alessandro vê ministro da Justiça negociar rendição de marginal sinalização de cumplicidade

Alessandro Vieira_PSDB
O senador Alessandro Vieira (PSDB), disse neste domingo (23) que “ministro da Justiça negociando rendição de marginal que atira na polícia está fora de qualquer abordagem técnica de Segurança Pública”.
Segundo ainda Alessandro Vieira, “um governo sério utilizaria o procedimento padrão de negociação. Esse tratamento diferenciado coloca o presidente Jair Bolsonaro no limite da cumplicidade”.
Um criminoso recebeu a tiros policiais que estavam em estrito cumprimento do seu dever legal. Não adianta tentar passar pano. Peço a Deus que os policiais retornem para as suas famílias em perfeita saúde. E que o criminoso sofra com máxima dureza as consequências dos seus atos.
Já o senador Rogério Carvalho (PT) disse que Roberto Jefferson é um dos coordenadores informais da campanha de Bolsonaro. “Que distopia é essa em que um político reage com tiros e granadas? Uma policial ferida na cabeça! Chega de desespero e violência. Nosso Brasil não é esse, queremos paz, queremos esperança”.
Jefferson se rende – Após resistir por horas e fazer ataques com granadas à Polícia Federal do Rio de Janeiro, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) se rendeu à prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no início da noite deste domingo, 23.
A rendição veio horas depois da primeira tentativa da organização de deter o investigado e contou com ajuda do ex-presidenciável Padre Kelmon, que realizou orações com Jefferson e o convenceu a se entregar. Ele saiu da sua residência escoltado em um carro da polícia. O ex-parlamentar irá realizou um exame de corpo de delito e depois foi encaminhado para uma unidade prisional.
– Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos, escreveu Moraes após a rendição.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) também comentou a prisão. “O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”, afirmou.

NOTA PÚBLICA

A Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), maior entidade sindical dos policiais civis do Brasil, manifesta repúdio ao ato de violência praticado pelo ex-deputado e ex-presidente nacional do PTB Roberto Jefferson.

• Entenda o acontecimento

Segundo Portal G1, Roberto jogou três granadas e deu tiros de fuzil em agentes que foram cumprir o mandado de prisão em sua casa, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.

– Jefferson cumpria prisão domiciliar, determinada no inquérito sobre uma organização criminosa que atenta contra o Estado Democrático de Direito.

– Ele descumpriu várias medidas da prisão domiciliar, como passar orientações a dirigentes do PTB, usar as redes sociais, receber visitas, conceder entrevista e compartilhar fake news que atingem a honra e a segurança do STF e seus ministros, como ao ofender a ministra Cármem Lúcia.

– Por causa de todos estes descumprimentos, Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar e determinou sua volta ao regime fechado.

• Posição da Cobrapol

A reação violenta contra policiais é um atentado contra o próprio Estado e uma ofensa incomensurável à ordem jurídica. Os policiais brasileiros esperam uma atuação firme do Estado, dos três poderes da República, que vá além das declarações públicas e chegue até o reconhecimento efetivo dos direitos e da sua dignidade.

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