Aracaju, 1 de abril de 2025
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DIA NACIONAL DE COMBATE AO COLESTEROL CONSCIENTIZA SOCIEDADE SOBRE PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

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Nesta quarta-feira, 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol serve como um importante alerta para a população sobre os riscos associados ao colesterol elevado. A data visa conscientizar a sociedade sobre a prevenção de doenças cardiovasculares e destaca a importância de manter os níveis de colesterol sob controle para evitar complicações graves à saúde.

O cardiologista e coordenador do eixo crítico do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), José Edvaldo, faz um alerta sobre os perigos do colesterol alto, ressaltando que esse é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

“Embora o colesterol seja uma substância necessária para o bom funcionamento do corpo, o excesso dele no sangue pode ser extremamente prejudicial. O colesterol elevado pode levar ao acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias, processo conhecido como aterosclerose, que estreita ou bloqueia as artérias, resultando em infartos e AVCs”, explica José Edvaldo.

O médico destaca que a prevenção é o caminho mais eficaz para evitar essas complicações. “A dieta ajuda no controle do colesterol, mas ela não faz efeito sozinha. Normalmente, a gente associa a dieta aos hábitos, principalmente a cessação do cigarro e a atividade física regular. Esses são fatores que ajudam no controle, além de reduzir, por exemplo, a ingestão de carnes vermelhas, dando preferência a carnes como frango e peixe, saladas e frutas”, destaca o cardiologista.

Outros cuidados

José Edvaldo explica que existem, ainda, medicamentos que ajudam o paciente a controlar o colesterol, a exemplo das estatinas, que são consideradas os principais fármacos utilizados para reduzir e estacionar os níveis de colesterol no sangue.

“As estatinas fazem parte do tratamento em todos os pacientes com potencial risco cardiovascular. Aqueles pacientes com tendência e com possibilidade, com história familiar de infarto e de AVC fazem uso da estatina, e é, sem dúvida, a medicação que tem mais efeito sobre o controle do colesterol. Ela tanto reduz o colesterol quanto estacionam os níveis de colesterol no sangue do paciente. Existem vários tipos de estatinas. O SUS inclusive fornece uma delas, que é a sinvastatina”, explicou.

É essencial que a população procure ter um acompanhamento regular e realize exames rotineiramente para garantir uma saúde de qualidade e evitar complicações futuras. “Muitas vezes, o colesterol alto não apresenta sintomas perceptíveis. Por isso, é essencial realizar exames periódicos para monitorar os níveis de colesterol no sangue. Pacientes com histórico familiar de doenças cardíacas ou colesterol elevado devem estar ainda mais atentos e seguir as orientações médicas rigorosamente”, acrescenta o médico.

Para o especialista, o controle do colesterol é uma questão de saúde pública e deve ser encarado com seriedade. Além disso, o colesterol pode estar relacionado a doenças que aumentam as chances de morte do paciente. “O colesterol tem relação, principalmente, com as doenças cardiovasculares, e entre elas a gente tem o infarto agudo miocárdio e o AVC, que mais matam no mundo. A associação diabetes, hipertensão e colesterol é um trio que a medicina moderna vem combatendo, porque sabemos dessa relação com a mortalidade e dessa relação com as complicações do AVC e do infarto”, alertou José Edvaldo.

Foto: Flávia Pacheco

 

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